são um objectivo central dos grandes e globais poderes económicos que, cada vez mais, dominam os poderes políticos. Os “ideólogos da modernidade” mais não fazem do que tentar recuperar, com roupagens de hoje, o grau de exploração da força de trabalho que se praticou após a revolução industrial. No chamado mundo desenvolvido, a exploração dos trabalhadores aumenta e as garantias sociais diminuem. No chamado 3º Mundo, o domínio férreo que é exercido pelas forças imperiais procura impedir qualquer perspectiva de libertação social. O neoliberalismo hoje dominador impõe concepções ultra-individualistas que visam dificultar a afirmação de uma consciência colectiva dos trabalhadores. Quem explora quer do trabalho o valor e a riqueza, mas para conseguir isso substitui a dignidade e as necessidades do trabalhador pela exploração. Com este quadro cru e de enorme violência as comemorações do Dia Internacional do Trabalhador e as lutas dos trabalhadores em geral assumem uma enorme importância. Vivemos numa democracia que se afasta cada vez mais da construção da justiça social. Contra isso teremos que lutar e teremos que conseguir que todos os dias sejam, verdadeiramente, um 1º de Maio!
José Decq Mota em "Crónicas D’Aquém" no Açoriano Oriental