A Comissão CDU de Santa Maria não podia deixar de demonstrar a sua
preocupação quanto à eventual descida de categoria do aeroporto de
Santa Maria em consequência da redução dos serviços de socorros e de
combate a incêndios.
De acordo com notícias veiculadas em alguns órgãos de comunicação social recentemente, a ANA terá decidido baixar de seis para cinco a categoria dos serviços de socorro e combate a incêndios do aeroporto de Santa Maria, levando a que aviões de grande porte fiquem impedidos de escalar esta ilha.
No entender da CDU, esta medida virá agravar ainda mais a perda de importância estratégica de que a ilha tem vindo a ser alvo, não contribuindo em nada para o desenvolvimento local.
Numa altura em que finalmente se viu garantido um velho e justo anseio dos marienses, o da existência de voos directos com Lisboa; numa altura em que este movimento poderá vir a ter desenvolvimentos favoráveis à ilha com aumentos de número de voos semanais caso a procura o justifique, esta medida constitui um grave retrocesso que não pode deixar de merecer o nosso repúdio.
A acção de empresas públicas em ilhas como esta, no nosso entender, deve basear-se essencialmente em prol do desenvolvimento local, constituindo factor mobilizador para esse desenvolvimento e não criar impasses sistemáticos, baseando-se em critérios economicistas.
Por outro lado, não podemos deixar de notar algumas alterações que têm sido efectuadas no exterior do aeroporto, nomeadamente a retirada de bancos e de vasos de plantas, sem que saiba ao certo o que está previsto – se é que o está – colocar na zona e descaracterizando aquela que há largos anos é a imagem de marca de Santa Maria.
A CDU de Santa Maria compromete-se a continuar a luta pelo desenvolvimento desta ilha.
Quanto aos resultados eleitorais de ontem, temos a salientar a derrota da direita, esperando que o futuro governo do PS saiba interpretar a vontade de mudança expressa pelos portugueses e inverta o rumo que tem levado a política nacional.
Os últimos anos caracterizaram-se por sucessivas políticas de ataques aos sistemas públicos de segurança social, saúde e educação; aos direitos e conquistas dos trabalhadores; e por políticas laborais assentes na baixa qualificação dos trabalhadores e nos baixos rendimentos, espera-se agora uma viragem e a implementação de políticas mais justas, que realmente defendam os direitos e interesses das populações.