
Não obstante isso parece notar-se, na relação do governo da Republica com a Região Autónoma dos Açores, uma certa intenção de aguardar a realização, em Outubro próximo, das eleições regionais, para, só depois delas, tomar medidas já anunciadas e até já tomadas no que respeita à Madeira.
César, estridentemente, defende que a aparente “bonomia” do governo de Coelho e Gaspar para com os Açores, se deve ao facto “do governo dos Açores ser bom e o da Madeira não prestar”, mas sabe, tão bem quanto eu, que esses adiamentos de medidas fiscais desastrosas e da concretização da destruição total do serviço publico regional de televisão, se devem, exclusivamente, à intenção de facilitar, nas próximas eleições, o acesso do PSD/Açores ao poder regional.
Cesar, Berta e todos os outros líderes políticos regionais, em vez de estarem obcecados pela luta por um poder regional cada vez mais vazio e esvaziado, deviam antes concentrar os seus esforços em dois pontos concretos: a defesa do sistema constitucional da Autonomia, todos os dias posto em causa e a recusa, muito firme, de que venham a existir, antes ou depois de Outubro, medidas de agravamento fiscal, que seriam mesmo desastrosas, face ao quadro pesadíssimo que hoje já existe.
Só agindo assim se defende os Açores. O resto é conversa!
Artigo de opinião de José Decq Mota, publicado em 21 de março de 2012
César, estridentemente, defende que a aparente “bonomia” do governo de Coelho e Gaspar para com os Açores, se deve ao facto “do governo dos Açores ser bom e o da Madeira não prestar”, mas sabe, tão bem quanto eu, que esses adiamentos de medidas fiscais desastrosas e da concretização da destruição total do serviço publico regional de televisão, se devem, exclusivamente, à intenção de facilitar, nas próximas eleições, o acesso do PSD/Açores ao poder regional.
Cesar, Berta e todos os outros líderes políticos regionais, em vez de estarem obcecados pela luta por um poder regional cada vez mais vazio e esvaziado, deviam antes concentrar os seus esforços em dois pontos concretos: a defesa do sistema constitucional da Autonomia, todos os dias posto em causa e a recusa, muito firme, de que venham a existir, antes ou depois de Outubro, medidas de agravamento fiscal, que seriam mesmo desastrosas, face ao quadro pesadíssimo que hoje já existe.
Só agindo assim se defende os Açores. O resto é conversa!
Artigo de opinião de José Decq Mota, publicado em 21 de março de 2012