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A Madeira em foco

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José Decq MotaSó pode ficar espantado com a revelação de que o Governo da Região Autónoma da Madeira contraiu ilegalmente divida publica desde 2004, quem sempre tentou ignorar ou camuflar a natureza do regime regional protagonizado por Jardim. Muito embora o quadro constitucional que rege a vida pública na Madeira seja claramente democrático, a prática política lá desenvolvida representa a maior e mais longa distorção à democracia praticada em Portugal depois do 25 de Abril.

Alberto João Jardim convenceu-se, há muitos anos, que está acima de qualquer lei; construiu aquilo a que chamou “Madeira Nova”, que mais não é do que um sistema de políticos empresários que se aproveitam até ao cêntimo de tudo quanto lá se faz; ignorou totalmente os verdadeiros problemas do Povo, mas montou um complexo sistema de dependências que gera um farto apoio eleitoral; construiu pontes, túneis, aeroporto e portos, mas nada quis fazer para corrigir, de forma sistemática, gritantes assimetrias sociais.


Agora Jardim ficou nu! O Banco de Portugal e o INE vieram dizer, num dia em que os ministros das finanças da zona euro estavam reunidos e que o 1º Ministro se avistava com o Presidente francês, que o governo da Madeira tinha “escondido”, desde 2004, a contracção de dívidas contra a lei de finanças regionais aprovada nesse ano, num montante de mais de mil e trezentos milhões de euros!

As borradas feitas por esse verdadeiro grande manipulador e pequeno ditador regional, que é Alberto João Jardim, prejudicam muito seriamente a Autonomia, prejudicam o País e prejudicam, antes de tudo, os madeirenses, que têm direito a um verdadeiro processo de desenvolvimento. Estou à espera do que vai dizer o Presidente da Republica!

Horta, 18 de Setembro de 2011

José Decq Mota