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Açores em risco: PCP alerta para o rumo desastroso das políticas em curso

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Cópia de Post 11 p divulgação acções contacto e recolha assinaturas 1A Direção Regional do PCP Açores (DORAA) reuniu-se no dia 21 de junho, na cidade da Horta, para analisar a situação política e social da Região e do País e para traçar as principais linhas de intervenção política do Partido.

No país e na Região, o agravamento das desigualdades e injustiças torna-se cada vez mais evidente, refletindo-se num crescente desequilíbrio social.

Na Assembleia da República, o Governo do PSD e CDS-PP apresentou o seu programa, com opções políticas que contam com o apoio de partidos como o Chega, a Iniciativa Liberal e o PS. Nada de novo: o programa expressa claramente os objetivos da política de direita — manter salários e pensões baixos, desinvestir nos serviços públicos, e avançar com uma estratégia de privatizações.

Em vez de enfrentar os problemas, os Governos — tanto nacional como regional — tratam-nos como oportunidades de negócio. Nos Açores, diante de cada novo problema, contratam-se estudos em vez de se procurarem soluções concretas, facilitando o caminho para a privatização.

Não basta anunciar intenções e investimentos com pompa e circunstância. Há muita propaganda e poucos resultados. Os problemas reais dos açorianos — nos transportes aéreos e marítimos, na saúde e no custo de vida — exigem ação, investimento e cumprimento. Mas isso está longe de acontecer.

As queixas por falta de pagamento multiplicam-se em praticamente todos os setores. A resposta do Governo Regional resume-se a prometer que “vai pagar”, sem esclarecer como ou quando. Um exemplo gritante é o atraso nos apoios à pesca, que compromete o funcionamento das associações de pescadores e o pagamento dos salários dos seus trabalhadores. E este é apenas um dos muitos exemplos.

A situação social e económica degrada-se diariamente. Não há rumo. Apenas opções desastrosas de uma política de direita, que nos últimos quatro anos tem estado obcecada pelo poder, traçando um caminho neoliberal que impede o desenvolvimento sustentável da Região, desvaloriza o setor produtivo e aposta numa nova monocultura: o turismo. Sem uma aposta nos sectores produtivos não haverá desenvolvimento económico da Região, combate às desigualdades sociais ou equilíbrios financeiros das contas públicas.

Na Assembleia Legislativa Regional, assiste-se à degradação do debate político e à ausência de discussão séria sobre os problemas concretos da Região. Permite-se tudo ao Chega — desde declarações chocantes até ameaças políticas. Isso diz tudo sobre a subordinação da coligação PSD-CDS-PPM ao Chega, a quem permite impor a sua agenda reacionária: mas isto acontece porque na realidade ambos convergem nos objetivos — privatizações, retirada de direitos, baixos salários e destruição dos serviços públicos.

A DORAA saúda a luta dos trabalhadores da EDA, dos Matadouros da Região e de todos os trabalhadores do setor privado que, com o apoio do SITACEHTT,

entregaram um abaixo-assinado na ALRAA com mais de 3.900 assinaturas, exigindo o aumento do acréscimo regional ao salário mínimo nacional de 5% para 10%.

Estamos — e continuaremos a estar — ao lado dos trabalhadores, dos jovens e do povo. Porque todos têm direito a um futuro digno na sua terra e a uma vida melhor.

DORAA

23/06/2025

Tags: PCP, DORAA