Transportes e Turismo

Os "benefícios" do processo de privatização da SATA já se refletem nos Açores…

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Os transportes são um setor estratégico primordial para a nossa Região, mas as políticas adotadas a nível regional, acompanhadas pelo Governo da República e negociadas com a União Europeia, e a imposição de uma reestruturação feita à medida dos interesses privados fizeram com que justamente este setor se tornasse um dos principais fatores de estrangulamento das atividades económicas.

Desde o início do processo, o Governo Regional filtra a informação que pretende divulgar. Pretende, assim, proteger um negócio apetecível para os interesses privados, tendo em conta que a dívida da SATA será paga pelo Governo Regional, mas isso é altamente lesivo para os interesses dos açorianos. Segundo o Governo Regional, esta seria a melhor solução, ou a solução inevitável, estando tudo assegurado. O único fato indesmentível é que, com a entrada de capital privado em posição dominante, será a busca pelo lucro imediato do investidor — e não mais o interesse da Região — que decidirá o destino da companhia.

Ao contrário do que o Governo Regional afirma, garantindo que estavam salvaguardados os interesses da Região, dos açorianos e dos trabalhadores, o que se verifica é o encerramento das lojas da SATA fora dos aeroportos; o fim dos lanches nas ligações entre os Açores e o continente; atrasos no pagamento dos subsídios de férias dos trabalhadores; aumento substancial do preço cobrado para carga, especialmente de produtos frescos; falta de lugares, tanto nas ligações interilhas quanto nas ligações com o continente; e preços das passagens de difícil acesso para muitos residentes nos Açores. E ainda não foi concretizada a privatização da Azores Airlines (SATA Internacional) nem do Handling (pessoal de terra).

O Governo Regional insiste em seguir um caminho perigoso, que ameaça seriamente o legítimo direito à mobilidade dos açorianos e as suas perspetivas de progresso econômico.

A perda do controle público sobre a companhia dará continuidade a uma política que a condiciona negativamente, agravando ainda mais a situação atual. Os interesses privados constituirão mais uma barreira ao desenvolvimento equilibrado do arquipélago e à criação de oportunidades nas diferentes ilhas, contribuindo para o encerramento de empresas e o aumento do desemprego.

O PCP reafirma que só mantendo a SATA pública será possível garantir a sua manutenção ao serviço da Região, dos açorianos, da diáspora e de quem nos visita, fazendo com que esta trabalhe para a coesão e o desenvolvimento equilibrado de que os Açores precisam.

O PCP Açores continuará a lutar por uma SATA pública, pela concretização de uma política que salve a companhia e lhe permita cumprir a sua missão, e apela aos açorianos que, defendendo a sua companhia regional, defendam também o seu direito à mobilidade e à autonomia.

A DORAA do PCP

Tags: PCP, DORAA, SATA