Opinião

Mário AbrantesArtigo de opinião de Mário Abrantes

Com vista sobretudo a preservar as atuais políticas determinantes do rumo do país, está constituído um exército de agentes difusores do contorno e distorção da realidade que, utilizando os imensos meios políticos (governo, presidente e maioria parlamentar), financeiros e comunicacionais de que dispõe, prepara já com afinco o embate das próximas eleições legislativas.

Na verdade, perante uma realidade adversa à permanência no poder dos seus atuais detentores, permitindo augurar uma derrota eleitoral profunda da coligação PSD/CDS, mas também um resultado do PS condizente com a debilidade e incoerência das alternativas que apresenta, isto é, aquém das ambições de António Costa, do que se trata agora é de procurar a qualquer preço, com muita manobra, muita demagogia e muita propaganda, desenhar um cenário pré-eleitoral que melhore artificialmente as posições de cada um destes três partidos aos olhos dos eleitores impedindo-os de pensar sequer por um momento na viabilidade de opções que fujam dum quadro de poder dominado pelos subscritores do memorando, da continuidade das políticas da troika e do Tratado Orçamental da UE.

José Decq MotaArtigo de opinião de José Decq Mota

Num Arquipélago como este a questão dos transportes aéreos, das frequências, dos preços, das ligações directas com o exterior, são questões essenciais, sentidas por todos os habitantes de todas as ilhas.

Cedo foi reconhecido que os habitantes dos Açores tinham direito a dispor de um serviço público de transporte aéreo para o resto do território nacional, que, praticando preços minimamente acessíveis, evitasse que o custo da distância nos transformasse em portugueses irremediavelmente isolados.

Mário AbrantesArtigo de opinião de Mário Abrantes

Amarrados ao poder e à qualidade que lhe emprestam enquanto o ocupam, a escorregar para o lodaçal da mesquinhez, da incoerência, da mentira continuada, da incompetência, da asneira, da falta de ética ou de escrúpulos, e da promiscuidade políticas, assim vão os representantes máximos do poder político em Portugal.

Um Primeiro-ministro, que impõe um esmagador aumento da carga fiscal e contributiva aos mais humildes, idosos e trabalhadores, exercendo sobre eles o direito implacável de penhora ou de multa em caso de incumprimento, quando se descobre que afinal não cumpriu com as suas obrigações perante a segurança social e outras (como a apresentação das declarações de rendimentos), considera-se no direito absurdo de proclamar a sua honestidade pessoal e legitimar a continuidade no cargo apenas porque “humildemente” se assume como “imperfeito” enquanto cidadão, invocando o desconhecimento ou a falta de dinheiro…e porque (só) 3 anos após a notificação, quando se torna público o incumprimento, decide pagar parcialmente o montante em dívida.

José Decq MotaArtigo de opinião de José Decq Mota

Durante este meu descanso de Sábado não deixei de ver e ouvir notícias, pelo que, durante um telejornal, ouvi o Presidente da Republica classificar a questão que envolve o 1º Ministro e que diz respeito a um comprovado não pagamento de descontos obrigatórios para a Segurança Social, como sendo questões de “ jogadas político partidárias” em “pré - campanha eleitoral”!

Mário AbrantesArtigo de opinião de Mário Abrantes

Porque a política não é património dos que a emporcalham, isto é, de uma elite classista onde pontificam os corruptos à mistura com “sérios” defensores das classes possidentes e de interesses oligárquico/financeiros, sufocando a democracia, as liberdades e a justiça social. Porque a política deve constituir o fermento e a acção necessários ao fortalecimento do regime democrático e do desenvolvimento da sociedade num sentido mais justo e humano, isto é, no sentido dos interesses da esmagadora maioria dos cidadãos, não é em vão afirmar-se que, neste sentido, a democracia portuguesa (política, económica, social e cultural) pôde sempre contar tanto para ser conquistada como para ser preservada com o inestimável contributo de uma força política independente, radicalmente ligada, através da sua ação quase centenária, às classes laboriosas e ao povo português.

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