Boas Festas

jose_decq_motta.jpgAssuntos para comentar não faltam. Tivemos aí o Congresso do PSD/A, que afinal veio mostrar que quase todos os responsáveis daquele partido ainda tem a cabeça e as preocupações em 1995, ano em que Mota Amaral se foi embora.

Estamos em plena campanha das Presidenciais e, por aí, muitos parecem querer esquecer-se de tudo o que, de mau, Cavaco Silva fez em relação à Autonomia. Continuamos a estar à beira de um desastre ambiental no grupo central, com o caso do navio encalhado na Fajã da Praia do Norte, muito embora agora haja mais esperança de conseguir evitar isso. Fala-se pouco da actividade governativa regional o que pode querer dizer que há, demasiado desinteresse, ou pouca actividade governativa útil. Fala-se muito de política nacional e sente-se fortemente a preocupação e a revolta que todas as medidas contra quem trabalha geram. Olha-se para a União Europeia como quem olha para uma realidade muito distante e que já não gera o dinheiro que gerou. Cada um destes pontos que mencionei dava um artigo, mas prefiro hoje, simplesmente, registar aqui um sincero voto de Boas Festas associado à convicção que tenho de que a luta por um mundo melhor é cada vez mais necessária. Para que tenhamos um futuro que não seja nem comandado pelo passado, nem marcado pela acção do revanchismo, nem marcado com atentados ambientais, temos todos que procurar transferir para a vida o espírito verdadeiro da Festa natalícia. Boas Festas.

José Decq Mota em “Crónicas de Aquém” no Açoriano Oriental a 22-12-2005