Opinião

MAbrantes2Não negando os efeitos colaterais positivos para a dinamização turística e mesmo para o reforço da mobilidade dos residentes nas restantes ilhas (cujo sistema de encaminhamento gratuito é exclusivamente garantido pela SATA), foi sobretudo em Ponta Delgada que, juntando os novos visitantes e o reforço da mobilidade dos residentes em S. Miguel, incidiu o acréscimo de quase um milhão de passageiros, originados pela abertura do aeroporto desta cidade às companhias de baixo custo (em 2015) e também pelo incremento dos voos concorrenciais da SATA (e da TAP) com o Continente.
A SATA passou a ser assim o garante absoluto da extensão colateral para as restantes ilhas desse acréscimo de visitantes, ao mesmo tempo que se teve de manter como garante da mobilidade inter-ilhas (a custo zero nos casos de encaminhamento), com o Continente e com as Comunidades, dos residentes e dos emigrantes açorianos. Daqui se tira que, com o novo modelo de transporte aéreo (e a condenável deserção da TAP do serviço público nos Açores) a decisiva importância estratégica da SATA para o Arquipélago, para a sua economia e para a sua coesão, não só se manteve como se reforçou e muito. Tira-se também (e aí estão as empresas de baixo custo a atestá-lo), que o interesse comercial e lucrativo da exploração do transporte aéreo nos Açores incide sobretudo na exploração da rota entre Lisboa e Ponta Delgada.​
Obviamente que há muito a fazer para que a SATA continue a ser uma empresa pública, regional e forte, tanto no mercado nacional como internacional, mas facilmente se deduz também que não é possível assegurar em quaisquer circunstâncias a rentabilidade financeira de um complexo de rotas que estão ao seu cuidado (serviço público incluído), de que as companhias de baixo custo apenas compartilham a parte comercialmente rentável, ainda para mais com a garantia de verem cobertos pelo Estado (por nós portanto) os diferenciais entre os cada vez mais frequentes elevados preços das passagens e os preços máximos pagos pelos residentes ou estudantes açorianos.
Assim, se fosse por diante a privatização da SATA, cuja apologia foi abusivamente feita nos Açores pelo Secretário de Estado Sérgio Monteiro do ex-Governo de Passos Coelho e Paulo Portas, no ato público de inauguração do novo modelo de transporte aéreo, em março de 2015, e tem sido veiculada por alguns agentes económicos sedeados em Ponta Delgada, significaria em minha opinião que mais tarde ou mais cedo, fatalmente, a companhia aérea açoriana deixaria de o ser verdadeiramente e passaria a investir sobretudo, tal como a Ryanair ou a EasyJet, no destino de Ponta Delgada e nas rotas desta cidade com o exterior, deixando progressivamente, e de forma democraticamente não escrutinável pelos cidadãos e instituições públicas, de cumprir os atuais e estratégicos compromissos de transporte aéreo com os Açores e os açorianos, ou exigindo do poder político regional e nacional um sobre esforço financeiro muito superior ao atual para os continuar a garantir.
Dada a ambiguidade e indefinição das atuais posições oficiais sobre esta matéria por parte da maioria das diferentes forças políticas concorrentes às próximas legislativas regionais, incluindo o próprio partido do governo, seria muito útil portanto que estas forças se pronunciassem clara e publicamente, antes do dia 16 de outubro próximo, sobre aquilo que é de facto uma questão incontornável, relacionada com o nosso futuro coletivo.
Aqui deixo o desafio a quem de direito... ​

 

Artigo de opinião de Mário Abrantes

MAbrantes2Com manifesta intenção eleitoralista, o dr. Mário Fortuna, em nome da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, (ladeado por Jorge Rita em nome da Federação Agrícola dos Açores e por Francisco Pimentel em nome da UGT-Açores) veio na passada semana apregoar em conferência de imprensa que o "modelo de desenvolvimento dos Açores está esgotado" e defender um outro modelo, por ele considerado mais desejável para a Região, que fosse redutor do setor público e essencialmente assente no setor privado.
Curiosamente, três dias depois num forum sobre políticas sociais realizado no Porto, Passos Coelho, em nome do PSD, veio ele por sua vez apregoar em relação àquelas políticas que "o modelo atual falhou" e que é preciso "redesenhar as políticas sociais".
Foi certamente coincidência involuntária e indesejável de "modelos" para o PSD-Açores que assim ficou de rabo de fora, pois o discurso que lhe conviria de momento deixar velado por detrás da sua fachada eleitoral virada antes para a "salvação da lavoura" ou para as suas infindáveis preocupações com a saúde dos açorianos, e que acabou por sair da boca de Mário Fortuna, Passos Coelho encarregou-se de clarificar.
Na verdade, nada disto é novo. Já de há anos a esta parte vimos ouvindo da boca de Fortuna esta mesma narrativa que, diga-se de passagem, começa também ela a ficar esgotada. Porém nem por isso nos deixa (mais uma vez) de merecer uma apreciação crítica, pois está umbilicalmente ligada às nefastas políticas neo-liberais recentemente postas em prática na governação nacional pelo PSD e pelo CDS. Aprendemos (amargamente) nos anos recentes, com esse governo, que para previligiar o setor privado há que "redesenhar" o setor público, em particular a sua componente social, subtraindo-lhe verbas, pessoal, equipamentos, instalações, cortando pensões e outras participações, e privando os cidadãos de serviços e rendimentos essenciais, constitucionalmente consagrados. O exemplo mais fresco veio da educação e foi o do negócio que o Estado tinha fechado com uns tantos colégios privados em benefício exclusivo destes últimos e da desigualdade do acesso à escola. Mas para além das políticas funestas e inconstitucionais aplicadas à educação, o desastre foi no mínimo de igual monta ao nível da saúde e da segurança social como é de todos sabido (e convem não esquecer para as regionais de Outubro próximo).
E se o discurso do "esgotamento do modelo" encaixa bem no PSD para se procurar afirmar como alternativa de governo nos Açores, lamento se lhe estrago o arranjinho mas julgo poder contrapor que esse modelo não está "esgotado" simplesmente porque...ele não existe! O que tem caracterizado o essencial das governações socialistas desde há 16 anos, altura em que o PS alcançou e foi renovando no arquipélago a maioria absoluta, é a navegação à vista. E se isso permite resolver alguns problemas de circunstância, impede no entanto o salto qualitativo e estratégico que se impõe dar nestas ilhas, após os recuos forçados dos últimos anos na coesão e no desenvolvimento harmónico regionais. Na ausência do "modelo esgotado" que Fortuna pretende combater, resta um vazio das ideias repetidas e sem cabimento ou emerge então a dúvida legítima sobre se o alcance da apregoada alternativa não se referirá antes ao "redesenho" do Estatuto Político-Administrativo dos Açores ou da Constituição Portuguesa, o que aliás não seria uma coisa do outro mundo, como pelo seu lado muito bem demonstraram as sucessivas inconstitucionalidades em que incorreu a governação da coligação PSD/CDS durante o seu recente mandato no país, e a tentativa de revisão constitucional de última hora que ensaiou após os resultados eleitorais de Outubro passado.
Chegados a este ponto, percebe-se bem como encaixa o modelo neo-liberal de Fortuna no fim das quotas leiteiras, na liberalização do mercado do leite na UE e na desproteção específica do sector agro-pecuário açoriano, não se percebe é como encaixa nesse modelo a Federação Agrícola dos Açores.
Mais do que pelas palavras, pelos atos (a que se assistiu no mandato de Coelho e Portas), percebe-se bem como encaixa o modelo neo-liberal de Fortuna no aumento do desemprego, no ataque à função pública e à sua remuneração complementar, não se percebe é onde encaixa nesse modelo a UGT/Açores.
Ou por aqui andarão também alguns gatos escondidos...

 

Artigo de opinião de Mário Abrantes

MAbrantes2Poder-me-ão dizer que Durão Barroso foi nomeado presidente de uma das mais influentes instituições financeiras privadas do mundo como prémio pelos importantes serviços prestados ao sector enquanto detentor de cargos políticos, em particular enquanto Presidente da Comissão Europeia, desde 2004 até há um ano atrás. Não pretendendo negá-lo, atrevo-me no entanto a ir um pouco mais longe. Acho que, além de uma relação promíscua ocasional entre poder político e económico, esta nomeação revela que é tudo prata da mesma casa, e se a Goldman Sachs se empenhou ativamente em enterrar o mundo na crise que teve início em 2008 nos EUA, já antes Barroso estaria recrutado para prestar serviço, em cargos públicos, aos grandes interesses financeiros e bélicos instalados no mundo. O capital financeiro tansnacional não fez mais do que chamar agora para casa um dos seus homens de mão enviado durante mais de uma dezena de anos em comissão de serviço para postos de comando no sector público tanto português como plurinacional.
Durão Barroso enquanto 1º Ministro de Portugal foi o anfitrião da Cimeira das Lages em 2003 que desencadeou a invasão militar do Iraque, motivada na realidade pela busca do controlo do petróleo mundial por parte dos EUA, com as drásticas consequências para o mundo que esse ato implicou e que tem agora na crise dos refugiados a sua maior e mais obscena expressão. Ora é sabido, até pela boca de um dos participantes naquela cimeira – Tony Blair, que aquela invasão foi um ato premeditado baseado em fundamentos fictícios e, acrescento eu, constituiu um crime contra a humanidade de que Durão Barroso foi e é claramente cúmplice. Naquela circunstância o 1º Ministro de Portugal garantidamente não agiu como lhe competia a favor dos interesses do país que governava. Outros interesses presidiram portanto aos seus atos...
Em 2004 depois de se ter candidatado dois anos antes a cuidar de um país que afirmou "estar de tanga", deserta do cargo de 1º Ministro em Portugal para ser conduzido ao de Presidente da Comissão Europeia, substituindo Romano Prodi. Mais uma vez, como ficou perfeitamente à vista, não foram os interesses e as responsabilidades inerentes ao cargo público que desempenhava aqueles que prevaleceram...
Durão Barroso pontuou numa Comissão Europeia onde o Pacto de Estabilidade e o Tratado Orçamental, visando controlar as finanças públicas e promover "reformas estruturais" (propositadamente nunca bem explicadas ou definidas), se revelaram como armas de criação de desigualdades e de empobrecimento, de atentado aos direitos laborais e à dignidade do trabalho, de retrocesso social e mesmo civilizacional em particular dos povos e países periféricos da UE. Durão Barroso pontuou numa Comissão Europeia onde à banca privada e à sua salvaguarda nunca faltaram as verbas necessárias, administradas pelo BCE (cujo presidente Mário Draghi "por acaso" também passou pela Golman Sachs), e onde relativamente aos países menos desenvolvidos, logo que os respetivos governos se propusessem a defender políticas diferentes das por ela determinadas, se reservou ao direito de gerir a respetiva soberania e a continuidade na União invetivando-os a "regressar ao caminho certo" com ameaças constantes de intervenção, de resgate ou, como agora de forma execrável com a aplicação discricionária de sanções.
As pouco invejáveis qualidades humanas de Durão Barroso já de si são bastante reveladoras da fonte de recrutamento preferencial da alta finança internacional, mas mais grave e preocupante que isso é verificar pelo exemplo da sua nomeação para a Goldman Sachs que, no final de contas, os patrões das finanças e os mercenários políticos ao seu serviço são todos membros da mesma família e vivem debaixo do mesmo teto onde a atual União Europeia se inclui, determinando no fundamental as orientações desta.

 

Artigo de opinião de Mário Abrantes

MAbrantes2Artigo de opinião de Mário Abrantes: 
Poder-me-ão dizer que Durão Barroso foi nomeado presidente de uma das mais influentes instituições financeiras privadas do mundo como prémio pelos importantes serviços prestados ao sector enquanto detentor de cargos políticos, em particular enquanto Presidente da Comissão Europeia, desde 2004 até há um ano atrás. Não pretendendo negá-lo, atrevo-me no entanto a ir um pouco mais longe. Acho que, além de uma relação promíscua ocasional entre poder político e económico, esta nomeação revela que é tudo prata da mesma casa, e se a Goldman Sachs se empenhou ativamente em enterrar o mundo na crise que teve início em 2008 nos EUA, já antes Barroso estaria recrutado para prestar serviço, em cargos públicos, aos grandes interesses financeiros e bélicos instalados no mundo. O capital financeiro tansnacional não fez mais do que chamar agora para casa um dos seus homens de mão enviado durante mais de uma dezena de anos em comissão de serviço para postos de comando no sector público tanto português como plurinacional.
Durão Barroso enquanto 1º Ministro de Portugal foi o anfitrião da Cimeira das Lages em 2003 que desencadeou a invasão militar do Iraque, motivada na realidade pela busca do controlo do petróleo mundial por parte dos EUA, com as drásticas consequências para o mundo que esse ato implicou e que tem agora na crise dos refugiados a sua maior e mais obscena expressão. Ora é sabido, até pela boca de um dos participantes naquela cimeira – Tony Blair, que aquela invasão foi um ato premeditado baseado em fundamentos fictícios e, acrescento eu, constituiu um crime contra a humanidade de que Durão Barroso foi e é claramente cúmplice. Naquela circunstância o 1º Ministro de Portugal garantidamente não agiu como lhe competia a favor dos interesses do país que governava. Outros interesses presidiram portanto aos seus atos...
Em 2004 depois de se ter candidatado dois anos antes a cuidar de um país que afirmou “estar de tanga”, deserta do cargo de 1º Ministro em Portugal para ser conduzido ao de Presidente da Comissão Europeia, substituindo Romano Prodi. Mais uma vez, como ficou perfeitamente à vista, não foram os interesses e as responsabilidades inerentes ao cargo público que desempenhava aqueles que prevaleceram…
Durão Barroso pontuou numa Comissão Europeia onde o Pacto de Estabilidade e o Tratado Orçamental, visando controlar as finanças públicas e promover “reformas estruturais” (propositadamente nunca bem explicadas ou definidas), se revelaram como armas de criação de desigualdades e de empobrecimento, de atentado aos direitos laborais e à dignidade do trabalho, de retrocesso social e mesmo civilizacional em particular dos povos e países periféricos da UE. Durão Barroso pontuou numa Comissão Europeia onde à banca privada e à sua salvaguarda nunca faltaram as verbas necessárias, administradas pelo BCE (cujo presidente Mário Draghi “por acaso” também passou pela Golman Sachs), e onde relativamente aos países menos desenvolvidos, logo que os respetivos governos se propusessem a defender políticas diferentes das por ela determinadas, se reservou ao direito de gerir a respetiva soberania e a continuidade na União invetivando-os a “regressar ao caminho certo” com ameaças constantes de intervenção, de resgate ou, como agora de forma execrável com a aplicação discricionária de sanções.
As pouco invejáveis qualidades humanas de Durão Barroso já de si são bastante reveladoras da fonte de recrutamento preferencial da alta finança internacional, mas mais grave e preocupante que isso é verificar pelo exemplo da sua nomeação para a Goldman Sachs que, no final de contas, os patrões das finanças e os mercenários políticos ao seu serviço são todos membros da mesma família e vivem debaixo do mesmo teto onde a atual União Europeia se inclui, determinando no fundamental as orientações desta.
Poder-me-ão dizer que Durão Barroso foi nomeado presidente de uma das mais influentes instituições financeiras privadas do mundo como prémio pelos importantes serviços prestados ao sector enquanto detentor de cargos políticos, em particular enquanto Presidente da Comissão Europeia, desde 2004 até há um ano atrás. Não pretendendo negá-lo, atrevo-me no entanto a ir um pouco mais longe. Acho que, além de uma relação promíscua ocasional entre poder político e económico, esta nomeação revela que é tudo prata da mesma casa, e se a Goldman Sachs se empenhou ativamente em enterrar o mundo na crise que teve início em 2008 nos EUA, já antes Barroso estaria recrutado para prestar serviço, em cargos públicos, aos grandes interesses financeiros e bélicos instalados no mundo. O capital financeiro tansnacional não fez mais do que chamar agora para casa um dos seus homens de mão enviado durante mais de uma dezena de anos em comissão de serviço para postos de comando no sector público tanto português como plurinacional.

MAbrantes2Depois de toda a pressão ilegítima, subliminar, intimidatória e chantagista que foi feita externa e internamente tanto pelos chamados mercados financeiros como pelos diversos membros do diretório da União Europeia e pelos mídía ao seu serviço com vista a atemorizar o eleitorado britânico caso optasse pela saída da União Europeia, este, apesar de tudo isso, respondeu com uma afirmação de soberania e de vontade autónoma, manifestando a intenção expressa de deixar a União.
Com a verdade dos factos em cima da mesa nem por isso se verificou a catástrofe prognosticada pelos apologistas da desgraça nem tão pouco a Europa deixou de ser a Europa. Já a Suiça e a Noruega também por referendo rejeitaram a integração e nada indica, até hoje, que tal facto os tenha de alguma forma prejudicado do ponto de vista sócio-económico. E se a União Europeia com a próxima saída do Reino Unido (com ou sem Escócia) não ficará igual, não terá sido por culpa dos britânicos, nem da sua xenofobia contra os emigrantes. Da parte do Reino Unido o que aconteceu foi um legítimo ato de soberania e democracia, rejeitando em final de contas permanecer num enquadramento supra-nacional comandado por um diretório não eleito que é responsável por um continuado sufoco daqueles dois valores e de erradas políticas geo-estratégicas e para os refugiados que, essas sim, têm alimentado fortemente em toda a Europa a xenofobia e o racismo, e têm contribuído para a desagregação da UE.
Também de Espanha, após as eleições de domingo e apesar da vitória do PP sem maioria absoluta, sopram desde dezembro passado ventos de mudança por uma outra Europa que os jornais procuraram confundir comparando resultados com sondagens em vez de resultados com resultados, falando na derrota do Podemos aliado à Esquerda Unida, quando na realidade este partido continuou a garantir a forte implantação conquistada em Dezembro e que acabou com a bipolarização no país vizinho. É justo ver na confiança atribuída a esta aliança de esquerda uma manifestação objetiva do eleitorado espanhol por maior soberania, respeito por quem trabalha e pela reabilitação dos valores democráticos no seio da UE, contra uma oligarquia dirigente toda-poderosa que abandonou os valores da coesão e da solidariedade para substituí-los pelo distanciamento dos cidadãos, pelo princípio sacralizado da supremacia dos interesses do capital financeiro sobre quaisquer outros, fazendo-os valer pelo recurso continuado às ameaças sobre os povos e à sua legítima vontade, à submissão dos países membros pela chantagem da dívida e respetivos juros, à austeridade e às sanções económicas...
É esta Europa enquanto super-estrutura que, conforme se passou com o referendo do Reino Unido ou com a reafirmação eleitoral do Podemos em Espanha, está a ser posta em causa e, quer seja pela sua eventual desagregação ou pelo possível afastamento (voluntário ou involuntário) de alguns dos seus países membros, é da mais elementar prudência que, no caso português, não sejamos surpreendidos pela subsequente desintegração da união monetária ou a saída involuntária da moeda única.
Sem temores de ameaças chantagistas, exercendo a nossa vontade soberana e democrática, e até por uma questão de simples bom-senso político, não é tarde para que no nosso país nos batamos pela renegociação da dívida pública e estejamos preparados para uma eventual saída do Euro, venha ela a consumar-se ou não.
Sem respeito pela soberania dos estados-membros nem pela democracia no seu funcionamento, a União Europeia estará a prazo inevitavelmente condenada...
Artigo de opinião de Mário Abrantes

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