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01 dezembro 2009

Preparar terreno

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Fernando MartaTemos ouvido insistentemente nos últimos dias, a propósito dos aumentos salariais para o próximo ano, números e argumentos vários, mas na sua imensa maioria com um desgostoso denominador comum: deixar trabalhadores da administração pública e do sector privado a perder, por uma outra vez, poder de compra, como primeira medida para melhor acautelar os efeitos da crise que não se vai, e dos lucros que ainda hão-de vir.

 

Fazendo antever que a estabilidade no trabalho não é já um dado adquirido, e que, nesta fase, conservar um lugar no mercado é já não perecer ou sucumbir ao declínio nacional e internacional, é uma teoria que começa a fazer escola no discurso de muitos dos nossos empresários, nomeadamente de cada vez que ouvimos o patrão dos patrões, ou o presidente da Câmara do Comércio. Como diria a minha avô, antes pouco do que nenhum. Como pensarão estes senhores, quanto mais lucro, melhor.

Entretanto, neste clima de arremessar para os do costume o ónus da resolução dos problemas do país, Vítor Constâncio, o terceiro governador de bancos centrais mais bem pago do mundo, com cerca de 250 mil euros anuais (à sua frente, apenas os homónimos de Hong-Kong e Itália, e bem acima do presidente da Reserva Federal Norte-Americana), o tal que deixou descambar as contas de alguns dos maiores bancos portugueses, particularmente o BCP, o BPN ou o BPP, colocando em causa o próprio sistema bancário e financeiro nacional, não fosse, mais uma vez, o dinheiro dos contribuintes a resolver, amiúde, a situação, vem agora, este antigo secretário-geral do PS, aconselhar quem o quer ouvir, no sentido de, segundo ele, os aumentos salariais do ano de 2010 serem, quando muito, na ordem dos 1,5%, isto é, o valor da inflação estimada para o ano que se avizinha. O mesmo é dizer que, a ser desta forma tão generosa como Constâncio preconiza, os funcionários do Estado, e por consequência, os trabalhadores do sector privado não vão ter, de facto, qualquer aumento real.

Ainda em relação ao futuro, Constâncio preparava já os portugueses para mais um aumento de impostos, não para já, segundo ele, mas mais para 2013, para, e parafraseando o governador, “controlar o défice orçamental”, que se cifrará no final do corrente ano acima dos 8% do PIB. Esta história parece contada de novo, mas é já bem antiga, senão vejamos: accionistas e administradores de bancos, empresas financeiras e grandes grupos económicos cotados em bolsa, não têm parado de ver os seus lucros aumentar, por vezes exponencialmente, mesmo em tendo de crise (Santander, REN, Galp, CGD, BCP, EDP, PT, BES, BPI, Brisa), enquanto a maioria dos portugueses se encontra na mais grotesca miséria. Ao mesmo tempo, a crise estrutural da nossa economia, fruto da destruição do aparelho produtivo e da própria produção nacional, aliada à crise internacional, veio pôr a nu os negócios, os esquemas, as fraudes e as burlas que há muito os trabalhadores sentem no bolso. Por via disto, fecham-se fábricas, empresas, despedem-se trabalhadores da administração pública, cortam-se nas reformas e pensões, obrigam-se pessoas doentes a trabalhar, sendo que algumas, como aconteceu com alguns docentes bem há pouco tempo, acabam por morrer em serviço, oferece-se a precariedade laboral como uma modernidade, e regista-se que, ser-se um trabalhador explorado, já é bom, pois temos de pôr (mais uma vez) as contas em ordem, nestes tempos difíceis, mas com diferentes, muito diferentes aliás, graus de dificuldade. Quanto à solução, bem, essa parte é fácil. É um “dejá vu” que não deixa saudades; congelam-se salários e aumentam-se impostos a quem já não pode mais, e mantém-se os mesmos ise.blogspot.com/ntos da sua parte. É, sem qualquer dúvida, um filme que passa no canal Memória, mas que os portugueses estão já fartos de sintonizar.

 

Artigo de opinião de Fernando Marta, publicado no blog "Uma palavra para o progresso"

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