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Assim sendo, o PSD tem muita dificuldade em afirmar-se “como oposição” porque realmente não se opõe nem à flexigurança, nem à desarticulação da Administração Pública, nem à política financeira que dá cobertura à duplicação, este ano, do valor das 100 maiores fortunas nacionais. Assim, o PSD fica reduzido à mera luta pelo poder e os seus militantes escolhem agora um caminho, elegendo Menezes, que surpreendeu muita gente. O PSD/Açores, entretanto, com dificuldades de afirmação por razões que ainda se ligam aos 20 anos de domínio regional, apoiava claramente (70%) o candidato derrotado. Estou convicto de que a futura direcção nacional do PSD irá apoiar, como é seu dever, a direcção do PSD/Açores, mas estou também convicto de que irá fazer bastante para ter uma influência directa mais próxima na estrutura partidária regional.
Será que nas “directas” dos Açores irá aparecer “um Menezes”?
Será que haverá “um Menezes” para aparecer? Ou será que a eleição de Luís Filipe Menezes para Presidente do PSD irá motivar alguém a defender internamente de forma eficaz as posições do PSD/Açores?
O que é que Luís Filipe Menezes e a sua direcção (a eleger ainda) pensam da proposta de Estatuto?
O que é que Luís Filipe Menezes pensa da própria Autonomia Regional ? Os próximos meses serão esclarecedores. A novela continua e os tempos serão incertos para todo o PSD.
José Decq Mota
Edição do Açoriano Oriental de quinta-feira, 04 de Outubro de 2007