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  3. A segunda linha da resistência
04 setembro 2009

A segunda linha da resistência

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Mário AbrantesA montanha pariu um rato. Estamos a falar, caro leitor, da montanha de publicidade prévia que precedeu a apresentação pública (a semana passada) do programa eleitoral do PSD às próximas eleições para a Assembleia da República.

 

- Num país em recessão, com um nível de desemprego já alarmante para o seu futuro próximo e que, apesar disso, continua a subir sem qualquer travão político;

- Num país onde se tem executado uma política modelar de degradação da actividade produtiva, em particular das pequenas e médias empresas, tanto no sector primário como secundário, abrindo as fronteiras à importação de praticamente tudo;

- Num país onde os direitos e condições sociais perdem dignidade em marcha acelerada e inversamente proporcional à “dignidade” das desigualdades e à impunidade da corrupção;

- Num país onde a Democracia Económica e Social definha de dia para dia e se distancia dos seus mais directos e legítimos beneficiários: os trabalhadores no activo e aqueles que se reformam;

- As propostas políticas “alternativas” apresentadas pelo PSD mais se assemelham a uma mudança de rótulo, acompanhada de um desagradável toque “old fashion”, na essência política que tem vindo a ser sistematicamente aspergida sobre a sociedade portuguesa.

Trata-se afinal de suspender o TGV e o alargamento da rede de auto-estradas; reintroduzir o chumbo escolar por faltas; inviabilizar a liberalização do casamento homossexual; do alargamento das uniões de facto, e pagar os magistrados à tarefa. São estas as “grandes” diferenças palpáveis…Nada que, perante uma eventual maioria relativa do PS ou do PSD, obstaculize a tentação de qualquer dos dois para a formação posterior de um governo de bloco central, como já certas vozes autorizadas (e angustiadas com a perspectiva de outras eventuais alianças) se apressam a augurar.

Insistir na desintervenção estatal em áreas estratégicas como a economia, saúde, a água ou o apoio social, na sequência das privatizações do actual governo; falar em revisão da avaliação dos professores, depois da actual ministra se propor fazê-lo para o ano; insistir no não aumento dos impostos (e depois dizer que afinal foi necessário subir o IVA…); apresentar a construção do novo aeroporto, em vez de cadenciada por fases, cadenciada por módulos!!; insistir no combate (estéril) ao desemprego, tal como constantemente ouvimos da boca do Primeiro-ministro, isto nada tem a haver com diferenças. “Isto” são semelhanças profundas de política…a que se juntam, e não é de somenos, as semelhanças em relação à política europeia.

O PSD, expectativas criadas à parte, afinal não veio manifestar qualquer espécie de interesse em mudar as políticas estratégicas dum país que anseia a mudança. Perante a emergência desta, diria mais, parece antes querer defender-se dela…

A ansiada mudança, só possível sem maiorias absolutas, ainda terá de enfrentar portanto a eventual resistência, em segunda linha, do recurso ao bloco central. Para os usufrutuários da actual política instalada em Portugal (cada vez menos, mas cada vez mais poderosos), um governo PS/PSD torna-se obviamente a saída mais segura. Não será no entanto inevitável, nem a única saída possível para ausência de maiorias absolutas de qualquer dos dois partidos. E, como fica claro, o bloco central, será tanto mais facilmente removível quanto maior “massa” política apresentarem as opções não abstencionistas do eleitorado à esquerda...

 

Artigo de opinião de Mário Abrantes, publicado no jornal "Diário dos Açores", a 3 de Setembro de 2009

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