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31 agosto 2009

O Problema

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Mário AbrantesSempre me ensinaram que, para resolver um problema, é meio caminho andado ser capaz de enunciá-lo primeiro.

E o problema da política norte-americana, perante os seus e perante o Mundo, tem sido o facto de nunca se ter apresentado como tal, isto é, como um problema, e antes como um modelo a copiar e a expandir além fronteiras…

Algo me parece estar, no entanto, a mudar a ocidente. Embora com poucos (e pouco temerários) afloramentos por parte dos nossos órgãos de informação, quem esteve mais atento apercebeu-se, por aquilo que neles ouviu e viu esta semana, que os EUA vivem momentos difíceis e de indignas revelações. Confirmam-nos internamente, por um lado, que o perigo do terrorismo no mundo foi empolado por George Bush…para se promover eleitoralmente! Entretanto, muitos estado-unidenses, tal como o seu procurador-geral, manifestam-se perturbados com as recentes confirmações da tortura e da crueldade praticados, não ocasionalmente por este ou aquele militar ou agente mais estressado, mas sistemática e deliberadamente pela CIA, a pretexto do combate ao terrorismo, junto dos detidos nas prisões internacionais controladas pelos EUA. E se se fala de comportamento sistemático e deliberadamente cruel da CIA, fala-se, bem entendido, de orientações oficiais ou oficiosas da administração norte-americana. É precisamente este reconhecimento que está a perturbar o norte-americano comum, bem como importantes instituições jurídicas do país. Obama que inicialmente não sancionou a destruição deliberada dos vídeos da tortura e manifestou vontade de manter estas revelações em segredo, viu-se forçado pelo próprio movimento que o suportou (e ainda suporta) a deixá-las assomar à luz do dia! Para a pátria que se julgava dos direitos humanos é o início da enunciação do problema. E é bom este sinal para os EUA, pois não são uns quaisquer anti-americanistas a acusar, é o próprio país a verificá-lo.

Igualmente bom é, sem dúvida, para um Mundo militarmente vigiado por 800 bases norte-americanas e mais umas tantas da NATO, quais dispendiosos super cruzados da democracia, verificar que algo de errado se passa no país dos seus creditados guardiães.

Uma Nação que se apresenta, em simultâneo com as consequências negativas da política de expansão militar, em pré-colapso financeiro derivado da política neo-liberal, é uma Nação que não orgulha certamente quem nela vive e nas suas virtudes acreditava. Mas depara-se-lhe entretanto outra verdade que a (agora desacreditada) bondade da posição militar dominante antes ofuscava: Em simultâneo com o colapso da banca e o domínio absoluto de dois ou três grandes grupos económicos, conforme nos relata Diniz Borges num interessante artigo do Correio dos Açores, a disparidade económica interna acentua-se e revela-se a níveis nunca antes atingidos, com os 400 norte-americanos mais ricos a possuírem mais rendimentos que um conjunto de 150 milhões de outros compatriotas seus (263 milhões de dólares) e a pagarem cada vez menos impostos, enquanto 90% da população vê baixar os seus rendimentos, sem aumentos salariais significativos desde 1979, endividando-se contínua e irremediavelmente até ao pescoço.

O sonho americano espalhado pelo Mundo parece estar a acordar para uma inesperada verdade que entretanto, bem longe do Iraque ou do Afeganistão, se foi enroscando ali mesmo aos pés da cama. Afinal há um problema! Esse problema é interno e é aí que deverá ser resolvido. Da lógica das coisas e das potencialidades positivas que sempre existiram entre o seu povo, brotarão sem dúvida, cedo ou tarde, soluções mais justas e duradouras para a vida dos cidadãos norte-americanos e da sua grande Nação.

 

Artigo de opinião de Mário Abrantes para o jornal "Diário dos Açores", publicado a 27 de Agosto de 2009

 

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