No âmbito da sua visita à ilha Terceira, o candidato pelas listas da CDU a deputado no Parlamento Europeu, Carlos Ribeiro, acompanhado de dirigentes da CDU/Terceira, fez várias visitas a associações, nomeadamente à associação ambientalista “Gê Questa”, ao Departamento de Ciências Agrárias, à associação das Mulheres dos Armadores e Pescadores da ilha Terceira, à Associação Agrícola, à União de Sindicatos de Angra. Reuniu ainda com a APTG - Administração dos Portos da Terceira e Graciosa. Pelo meio, estabeleceu contactos com as populações de Angra e da Praia, com a distribuição de documentos.
Entre muitas queixas dos vários interlocutores, são de registar o amento do desemprego no Arquipélago (mais de 5300 desempregados inscritos, um aumento de 24% em relação ao mesmo período do ano passado), bem como queixas em relação ao facto de muitas empresas, bem como a administração central e regional, não estarem, como deveriam, a pagar o salário mínimo regional (SMR), o que dificulta ainda mais a vida aos trabalhadores açorianos, já que o alto custo de vida nas ilhas, aliado ao facto dos trabalhadores açorianos ganharem menos do que os trabalhadores do continente, os coloca numa situação muito difícil.
Relativamente à base das Lajes, é lamentável que processos disciplinares discricionários, levantados aos trabalhadores que apresentaram queixa pelo incumprimento no aumento dos salários, continuem sem conhecer um fim, já que se estendem desde 2002. Nesta matéria, é vergonhoso que o Governo Regional e o Governo da República, tão céleres a resolver o défice do sistema financeiro, pactuem com esta situação que envolve trabalhadores portugueses, que o mais que fizeram, foi exigir o que lhes era devido.
No que toca à Universidade dos Açores, e ao pólo de Ciências Agrárias em particular, é lamentável a política de orçamento do Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior. De facto, os valores do orçamento disponibilizados pelo MCTES cobrem apenas 80% dos salários pagos, o que demonstra bem não só o sub-financiamento crónico do Ensino Superior protagonizado por este governo, como uma enorme falta de respeito pelos profissionais que trabalham numa Universidade dispersa por vários pólos, em 3 ilhas, o que leva a custos que outras universidades não têm.
Da Associação Agrícola da Ilha Terceira, ouvimos as críticas em relação ao preço do leite pago ao produtor, que tem levado a que muitos pequenos agricultores, dos mais de 800 associados, tenham sentido dificuldades acrescidas, pois a sua receita recuou bastante. No entanto, os preços do leite à venda ao público não só não desceram, como em alguns casos subiram, o que é de todo incompreensível, a não ser pelo facto da unidade industrial que detém o monopólio nas ilhas Terceira e Graciosa quererem, a todo o custo, ver aumentados os seus lucros. Ainda neste âmbito, a AAIT fez referência ao facto da fiscalização ao abrigo do POSEIMA ser bastante demorada, o que leva a atrasos na atribuição de subsídios. No que à revisão do POSEIMA diz respeito, a camarada Ilda Figueiredo apresentou, há pouco tempo no Parlamento Europeu, um programa de resposta que seria mais rápida, utilizando para isso os valores dos anos transactos, para efectuar os pagamentos aos agricultores, sendo efectuadas quaisquer alterações no decurso do processo, se disso houvesse necessidade.
A CDU/Terceira continuará a dar o seu contributo para o esclarecimento dos terceirenses, tendo para isso, várias actividades de campanha para as Europeias, nomeadamente distribuições de documentos, com vista a demonstrar às pessoas que vale a pena ir votar no dia 7 de Junho.