Uma das questões centrais que se colocam aos poderes é a de adequar as
regras de enquadramento e o investimento (público e privado) à
necessidade de serem criados postos de trabalho.
Neste século XXI, século das altas tecnologias é crescente o número de
jovens com dificuldade de encontrar trabalho.
É enorme o número de jovens que apenas consegue encontrar trabalho com um grande grau de precariedade. É crescente e significativo o número de jovens licenciados ou diplomados com cursos técnicos que têm dificuldade em encontrar o 1º emprego. A situação é muito preocupante e mais preocupante é na medida em que se percebe que as linhas orientadoras de quem governa não tem o combate a esta questão no centro das suas preocupações. Os neoliberais europeístas “tipo América de Bush” que nos governam tem hoje como preocupação central no que toca ao trabalho, aumentar a jornada de trabalho, aumentar os dias de trabalho e aumentar a duração da vida de trabalho. Os nossos governantes, fiéis seguidores dos dogmas de pacotilha que servem os grandes grupos económicos, pouco fazem para que o crescimento económico tenha utilidade social directa. O que é defendido são os interesses da economia financeira especulativa e tudo o mais é sacrificado. Vi ontem jovens portugueses a protestar contra o desemprego e a precariedade. Estou firmemente com eles porque é preciso mudar rapidamente de políticas.
José Decq Mota em “Crónicas D’Aquém” no Açoriano Oriental em 30/03/2006
