Foi difundida há dias pela agência Lusa uma notícia, segundo a qual as Empresas que asseguram a administração dos portos dos Açores irão ser alvo de um processo de fusão, a partir de Janeiro próximo. Dá a ideia que tal notícia caiu do Céu, pois não houve qualquer responsável da tutela que tenha feito declarações nesse sentido. A notícia é construída baseada em informações fornecidas por "fontes" que, para o público são completamente anónimas e, consequentemente, não avaliáveis na sua credibilidade.
Dada a forma como a notícia é construída e difundida é perfeitamente legítimo da minha parte considera-la um "balão de ensaio" e não uma notícia que corresponda a uma decisão já tomada por quem compete desencadear um processo deste tipo. Vamos a ver "como estes gajos reagem", terá pensado a tutela dos portos. Depois disto fácil terá sido arranjar a "fonte", "ligada ao processo" segundo a Lusa e mandar tal "fonte" soprar o palpite ao ouvido de um jornalista. Logo de seguida o jornalista redige um muito pequeno texto baseado no que lhe disseram e está lançado o "balão de ensaio"!
Pelo que vem nessa pequenina notícia essa fusão é justificada pelo "que se popa em administradores", mas nada é dito no que se acrescentaria em Delgados, Directores de Serviços ou Sectores e estrutura central da mega empresa. A verdade é que a noticia, tal como foi concebida, torneia o debate essencial a esta matéria, que é o de saber se a solução que existe é melhor ou pior que uma solução centralizada. Na minha opinião, tal como defendi na ALRAA quando as empresas portuárias foram criadas, a solução actual é boa porque corresponde fortemente à realidade que temos no plano geográfico e portuário.
Não mexam no que funciona bem!
12/12/2010
José Decq Mota