Tal como vimos anteriormente, os Açores, fruto da situação geográfica, gozam de privilégio relativamente a outras paragens. Por um lado encontramo-nos na rota dos tunídeos migradores e por outro as águas límpidas que nos banham, bem como as correntes marítimas, fizeram com que estas Ilhas (mesmo sem plataforma) e alguns montes submarinos adjacentes, naturalmente fossem ricas em algumas espécies de peixes de otima qualidade (Cherne, Goraz, Pargo, Imperador, Abrotéa, Boca Negra, etc).
A partir dos anos 80, com importantes apoios do Governo Regional e da República, começaram a chegar à Região uma série de embarcações bem equipadas que vieram substituir, em parte, as pequenas lanchas e barcos artesanais de boca aberta. Os pescadores aumentaram substancialmente o esforço de pesca, devido a grande abundância de algumas espécies demersais. O poder político de então não tinha como objectivo a sustentabilidade do futuro das pescas destas Ilhas (quem viesse atrás que fechasse a porta); as leis que deveriam ter como primazia a salvaguarda dos nossos recursos, em quase nada contribuíram para tal.
Desde então, na pesca do Atum continua-se a apostar na quantidade em detrimento da qualidade. Nas últimas décadas em nada se evoluiu e, por incrível que pareça, nos Açores pesca-se aquilo que os outros não estão interessados, e de menor valor comercial – o Bonito.
Na pesca artesanal, os pescadores, com o uso dos mais modernos meios de ajuda à navegação e de detecção, conjugados com as técnicas de pesca herdadas do passado, foram adaptando-se e hoje estas pequenas empresas, com tripulações que variam entre os dois e os cinco “companheiros”, utilizando linhas de mão, são quase exclusivamente as únicas economicamente viáveis.
Mesmo herdada do passado, esta é, sem dúvida, uma nova pescaria rentável e de futuro. As traineiras e tripulações que pescam Atum terão também que se adaptar a outro tipo de pesca altamente rentável, que não o Bonito. Para tal, serão necessárias algumas modificações e, acima de tudo, os transportes (no caso aéreo) terão que estar ao serviço das novas exigências, ou seja, “tem que ser o avião a esperar pelo peixe e não o peixe pelo avião”.
A qualidade de apresentação ao comprador nos mercados de destino é fundamental, e só com qualidade se consegue preços da ordem dos 1.000 € o kilo pelos grandes Atuns, que ano após ano em suas migrações o nosso mar nos oferece. Assim, a indústria da pesca, desde que bem gerida, tenderá a ser cada vez mais um dos pilares fundamentais da economia Açoriana.
Desde então, na pesca do Atum continua-se a apostar na quantidade em detrimento da qualidade. Nas últimas décadas em nada se evoluiu e, por incrível que pareça, nos Açores pesca-se aquilo que os outros não estão interessados, e de menor valor comercial – o Bonito.
Na pesca artesanal, os pescadores, com o uso dos mais modernos meios de ajuda à navegação e de detecção, conjugados com as técnicas de pesca herdadas do passado, foram adaptando-se e hoje estas pequenas empresas, com tripulações que variam entre os dois e os cinco “companheiros”, utilizando linhas de mão, são quase exclusivamente as únicas economicamente viáveis.
Mesmo herdada do passado, esta é, sem dúvida, uma nova pescaria rentável e de futuro. As traineiras e tripulações que pescam Atum terão também que se adaptar a outro tipo de pesca altamente rentável, que não o Bonito. Para tal, serão necessárias algumas modificações e, acima de tudo, os transportes (no caso aéreo) terão que estar ao serviço das novas exigências, ou seja, “tem que ser o avião a esperar pelo peixe e não o peixe pelo avião”.
A qualidade de apresentação ao comprador nos mercados de destino é fundamental, e só com qualidade se consegue preços da ordem dos 1.000 € o kilo pelos grandes Atuns, que ano após ano em suas migrações o nosso mar nos oferece. Assim, a indústria da pesca, desde que bem gerida, tenderá a ser cada vez mais um dos pilares fundamentais da economia Açoriana.
Genuíno Madruga