AS SONDAGENS - Um eleitor, abordado telefonicamente (se não tiver telefone fixo não é eleitor, já se sabe), pode fazer uso do segredo de voto, mas esse direito não lhe assiste. As sondagens apenas se referem a este eleitor como um daqueles que não responde, e de seguida, por extrapolação…votam por ele (geralmente num do partidos que recebem mais declarações de voto). Veja-se como: Em 100 telefonemas, se a sondagem registar 18 a dizer que votam PS, e 50 a dizer que não respondem ou não sabem, logo temos a maioria dos editores de informação a proclamar que o PS tem 36% das intenções de voto. Se, por acaso 18 outros telefonemas significarem declarações de voto no PSD, logo temos a maioria dos editores de informação a proclamar que existe um empate técnico, a 36%, entre dois partidos. Assim se nega o direito ao voto secreto e se desmobiliza, de forma acientífica e ilegítima, a possibilidade (real) de uma vitória eleitoral de outro partido qualquer, suportada nos 50% de inquiridos que, segundo as sondagens, não respondem ou não sabem…Não estou a inventar, estou simplesmente a relatar a forma como foi efectuada a comunicação pública dos dados da sondagem da RTP/Universidade Católica desta última 3ª feira… Já agora aproveito para dizer que a esmagadora maioria das anteriores sondagens, apresentam igualmente 50% (ou mais) de inquiridos que não respondem ou não sabem...
OS COMENTADORES – Caso paradigmático da estafada (mas útil para alguns) manipulação montada para estas eleições, foi a mesa de comentadores convidados pela RTP para se pronunciarem sobre o debate televisivo entre Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã. Que comentaram eles o tempo todo, com a preciosa ajuda do jornalista mediador? Sócrates disse isto, Passos Coelho aquilo e até o CDS teve direito a algumas colheradas…Nem uma referência aos temas prioritários e centrais do debate que antes tinha decorrido: os que assinaram e os que não assinaram o compromisso com o FMI/FEEF/BCE, bem como a natureza/conteúdo do memorando imposto ao país por essas assinaturas…
OS CANDIDATOS – Vota no 1º Ministro?? O voto dos açorianos decide, tão só, a eleição ou não deste ou daquele deputado pelos Açores à Assembleia da República. Das eleições decorrerá a nomeação posterior de um governo e de um 1º Ministro, mas não é possível de todo votar senão em deputados, neste caso, naqueles que se candidatam a esse cargo pelo círculo dos Açores…
CERTOS POLÍTICOS 1 – “O Governo não é o FMI para poder ajudar as autarquias em dificuldades financeiras”, disse César em S. Jorge. Ora é precisamente o facto de o Governo ser o FMI, desde a assinatura do compromisso, que o impede de ajudar as autarquias, já que a assinatura compromete qualquer governo onde entrem PS, PSD ou CDS, a cortar-lhes as transferências e até a extinguir algumas…Só resta saber se foi também o FMI que ajudou a aplicar as taxas moderadoras nos Açores, ou se esta medida foi metida a martelo pelo Governo Regional, aproveitando-se de forma iníqua da onda recessiva e restritiva avançada pelo FMI!
CERTOS POLÍTICOS 2 – Berta Cabral reconhece que o desemprego subiu 24,9% nos Açores, que os impostos vão subir, devido ao corte na Lei de Finanças Regionais, que o governo socialista cortou pensões, retirou abonos de família e cortou no rendimento social de inserção. Diz que é preciso criar emprego, apoiar os empresários e as famílias. A mesma Berta Cabral que, apontando o PSD como alternativa, está (desde a assinatura do memorando, pelo partido que lidera nos Açores) a propor-se aos eleitores como responsável futura pela criação de mais desemprego, mais subida de impostos, mais cortes nas finanças regionais e locais, mais cortes indirectos e directos nas pensões e rendimentos sociais, mais restrições nas áreas laborais e no crescimento económico…
A “AJUDA” – “Agora que os senhores (a troika) foram chamados, vamos perder ainda mais soberania e não percebo porque se fala de “ajuda”. A haver uma ajuda, essa ajuda é aos credores de Portugal” (Luís Pereira de Almeida – Economista). Dos 78 mil milhões, 30 são para juros e outro tanto para credores, 12 para a Banca (sem falar dos avales) e…noves fora nada!
Não será melhor, em 5 de Junho, os despeitados 50% de indecisos, votos secretos e sem resposta mandarem esta gente toda lavar cérebros para outra freguesia? De preferência uma daquelas que o FMI pensa extinguir, já agora…
OS CANDIDATOS – Vota no 1º Ministro?? O voto dos açorianos decide, tão só, a eleição ou não deste ou daquele deputado pelos Açores à Assembleia da República. Das eleições decorrerá a nomeação posterior de um governo e de um 1º Ministro, mas não é possível de todo votar senão em deputados, neste caso, naqueles que se candidatam a esse cargo pelo círculo dos Açores…
CERTOS POLÍTICOS 1 – “O Governo não é o FMI para poder ajudar as autarquias em dificuldades financeiras”, disse César em S. Jorge. Ora é precisamente o facto de o Governo ser o FMI, desde a assinatura do compromisso, que o impede de ajudar as autarquias, já que a assinatura compromete qualquer governo onde entrem PS, PSD ou CDS, a cortar-lhes as transferências e até a extinguir algumas…Só resta saber se foi também o FMI que ajudou a aplicar as taxas moderadoras nos Açores, ou se esta medida foi metida a martelo pelo Governo Regional, aproveitando-se de forma iníqua da onda recessiva e restritiva avançada pelo FMI!
CERTOS POLÍTICOS 2 – Berta Cabral reconhece que o desemprego subiu 24,9% nos Açores, que os impostos vão subir, devido ao corte na Lei de Finanças Regionais, que o governo socialista cortou pensões, retirou abonos de família e cortou no rendimento social de inserção. Diz que é preciso criar emprego, apoiar os empresários e as famílias. A mesma Berta Cabral que, apontando o PSD como alternativa, está (desde a assinatura do memorando, pelo partido que lidera nos Açores) a propor-se aos eleitores como responsável futura pela criação de mais desemprego, mais subida de impostos, mais cortes nas finanças regionais e locais, mais cortes indirectos e directos nas pensões e rendimentos sociais, mais restrições nas áreas laborais e no crescimento económico…
A “AJUDA” – “Agora que os senhores (a troika) foram chamados, vamos perder ainda mais soberania e não percebo porque se fala de “ajuda”. A haver uma ajuda, essa ajuda é aos credores de Portugal” (Luís Pereira de Almeida – Economista). Dos 78 mil milhões, 30 são para juros e outro tanto para credores, 12 para a Banca (sem falar dos avales) e…noves fora nada!
Não será melhor, em 5 de Junho, os despeitados 50% de indecisos, votos secretos e sem resposta mandarem esta gente toda lavar cérebros para outra freguesia? De preferência uma daquelas que o FMI pensa extinguir, já agora…
Mário Abrantes