Era uma vez um País, do hemisfério norte, à beira mar plantado, que depois de muitos anos de atraso, se tinha libertado do pensamento retrógrado de um ditador que tinha muitos tentáculos. Nesse País, nessa altura, ganhou-se alento e avançou-se muito. Acabou-se com a guerra; institui-se a democracia; criou-se o salário mínimo; democratizou-se o ensino; criou-se o serviço nacional de saúde; nacionalizaram-se sectores estratégicos da economia; redistribuiu-se, com maior justiça, a riqueza criada; reconheceram-se as especificidades das ilhas, que deixaram de ser “adjacentes” e passaram a ser Regiões Autónomas.
O tempo foi passando e as ideias que mais convinham a quem não queria qualquer avanço político, económico, social ou cultural foram-se instalando num poder, democrático na forma, mas cada vez mais manipulador na substancia. Então, esse País que foi de marinheiros, começou a “navegar à ré” e os seus governos começaram a tentar reduzir o impacto e o efeito de todas essas belas conquistas que tinham sido obtidas com a libertação.
A elite dirigente foi-se subjugando voluntariamente à vontade dominadora de quem mandava, de facto, no continente onde o País deste conto está situado. De passo em passo, o Povo foi sendo atraiçoado, os jovens foram ficando sem perspectiva de trabalho, a produção nacional foi sendo diminuída, o capital foi sendo concentrado e aos efeitos de toda essa política de desastre foi dado o nome de crise.
A crise empobreceu a maioria e tornou a vida muito insegura. A crise enriqueceu uma pequenina minoria que se tornou muito rica.
Este conto se acabasse aqui era muito triste. Mas como o Povo, apesar de se ter deixado enganar, era sábio, resolveu olhar para a História e retirou, mais uma vez, o País da sujeição em que ele estava, castigando todos os responsáveis.
Será isto que irá acontecer também em Portugal!
José Decq Mota
A elite dirigente foi-se subjugando voluntariamente à vontade dominadora de quem mandava, de facto, no continente onde o País deste conto está situado. De passo em passo, o Povo foi sendo atraiçoado, os jovens foram ficando sem perspectiva de trabalho, a produção nacional foi sendo diminuída, o capital foi sendo concentrado e aos efeitos de toda essa política de desastre foi dado o nome de crise.
A crise empobreceu a maioria e tornou a vida muito insegura. A crise enriqueceu uma pequenina minoria que se tornou muito rica.
Este conto se acabasse aqui era muito triste. Mas como o Povo, apesar de se ter deixado enganar, era sábio, resolveu olhar para a História e retirou, mais uma vez, o País da sujeição em que ele estava, castigando todos os responsáveis.
Será isto que irá acontecer também em Portugal!
José Decq Mota