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01 novembro 2011

O próximo futuro

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José Decq MotaEstou a escrever este texto num dia, ainda relativamente quente, mas marcado por um vento muito forte e um mar tempestuoso. O vento forte faz lembrar a onda de retrocesso reaccionário que assola o nosso País e a Europa. O mar tempestuoso, aterrador para quem nele navega, assemelha-se ao ambiente de insegurança lançado na nossa sociedade por esses que querem fazer vingar o retrocesso da História. Só que para todos os marinheiros enfrentar o vento e vencer o mar é, sempre, o objectivo que se visa e do qual se quer sair vencedor! Assim terá que ser na nossa vida colectiva.

O nosso futuro mais próximo vai ser, certamente, difícil e vai exigir que todos pensemos, de modo muito aberto, naquilo que este tempo e esta situação exigem de nós. Não nos podemos conformar com as barbaras agressões que estão, diariamente, a ser feitas à nossa vida e à nossa inteligência; não podemos consentir que o longo e penoso trajecto já percorrido em direcção a uma maior dignificação da vida humana, seja anulado em favor do reforço de um imperialismo devastador, agora a agir num quadro global; não podemos aceitar que a nossa Nação pobre continue, como diz Mia Couto, a produzir ricos em vez de produzir riqueza; não podemos aceitar que os mecanismos de distribuição da riqueza criada continuem a ser permanentemente e brutalmente adaptados a uma feroz concentração do capital; não podemos continuar a pactuar com a estupidificação da sociedade que está a ser, há longo tempo, procurada por quem domina.

O nosso futuro mais próximo exige sagacidade para resistir, reforço do sentido colectivo para sobreviver, firmeza para lutar e determinação para vencer.

A grave crise económica em que nos lançaram nunca se resolverá da forma como, alegadamente, a troika, os partidos subscritores do “pedido de apoio” e o governo actual, dizem que se vai resolver. Por este caminho, que é o caminho para o passado, a situação nacional só se agravará e isto não é novidade para estes governantes que querem e estão a esmagar todos os dias a Constituição que nos rege.

Já expus neste mesmo espaço as orientações que penso ser necessário adoptar para alterar a situação (ver “Para onde vamos” de 21/10/2011), querendo hoje chamar a atenção dos leitores para algumas questões importantes:

Temos que saber exigir já aos níveis do poder que nos estão mais próximos (poder local e poder regional) o uso bem mais adequado, em muitos casos, dos recursos públicos, de forma a minorar, no grau possível, os impactos devastadores nesta economia isolada, insular e distante das medidas recessivas que estão a ser tomadas. Assim estruturaremos melhor a nossa resistência, saberemos valorizar melhor os escassos meios públicos e obrigaremos muitos decisores a abandonarem práticas políticas locais erradas e desadequadas.

Temos, naturalmente, que nos preocupar com a situação imediata de cada um de nós e das respectivas famílias, mas não podemos nem devemos virar a cara, a sensibilidade e a inteligência à situação colectiva das nossas comunidades, onde todos os dias se perdem empregos, se quebram rendimentos, se agravam e agudizam problemas sociais que afectam, cada vez mais, diversas e mais extensas camadas da sociedade. Assim conseguiremos perceber melhor a dimensão, gravidade e alcance negativo do que está a suceder e criar uma justa motivação para agir.

Temos que saber mostrar, em bloco e em força, que não nos deixamos manipular e usar, nem pelas “troikas” exteriores, nem pelas “troikas” internas e assim marcar, de forma veemente, a necessidade de se procurarem e trilharem outros caminhos. A Greve Geral marcada para o próximo dia 24 de Novembro e convocada pelas duas Centrais Sindicais, merece uma claríssima participação e merece, sem qualquer dúvida, o apoio de milhares de trabalhadores por conta própria e mesmo de milhares de micro, pequenos e médios empresários que correm o sério risco de serem riscados do mapa, uma vez que a política em curso visa levar a concentração do capital a um patamar nunca antes atingido. Assim transformaremos a revolta que cada um de nós sente em verdadeira e útil força de mudança.

Temos que persistir na luta, defendendo direitos legítimos, protegendo actividades e sectores essenciais, motivando os mais jovens, abrindo perspectivas transformadoras e envolvendo no objectivo comum de construir uma sociedade mais democrática, mais produtiva, mais justa, mais culta e mais livre, todos os que rejeitam este caminho de regresso ao passado. Assim abriremos um caminho democrático a mudanças verdadeiras, positivas e justas.

O próximo futuro será duro e difícil para a generalidade das pessoas, mas o pior que nos poderia acontecer seria ficarmos passivos, resignados e colaborantes com esta ofensiva brutal que quer fazer diminuir o nosso nível de vida (um do mais baixos da Europa), que quer esmagar direitos essenciais e históricos, que quer transformar a segurança social em prestações caritativas, que quer reduzir os serviços públicos de saúde e educação a serviços menores, que quer destruir as características democráticas e participativas do poder local, que quer reduzir drasticamente as autonomias regionais e que quer, antes de mais e acima de tudo, transformar as cidadãs e os cidadãos deste País em meras peças da brutal máquina de enriquecimento de uns tantos, que são muito poucos.

Enfrentar, resistir, lutar e vencer é possível! Vamos a isso, porque só assim conseguiremos ultrapassar o vento fortíssimo e o mar tempestuoso dos dias de hoje!

 

Artigo de opiniao de José Decq Mota, publicado em 1 de Novembro de 2011

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