Ai está o chamado Ano Novo! Entrou, sorrateiro e mansinho, para vir “ocupar um espaço” onde predomina a incerteza, o medo do futuro e muitas formas de insegurança.
Aqui nos Açores iniciamos o ano a digerir a noticia que deixa de haver, no serviço publico regional de televisão, as rubricas de informação meteorológica e a de informação desportiva regional “Troféu”. Reparámos todos também que a RTP/A não teve programa de passagem de ano, limitando-se a emitir fotografias de paisagens e a pôr o relógio a indicar a hora certa. Podemos dizer que iniciamos o ano com a direção da RTP/A a pôr o canal regional em estado de “agonia”, retirando aspectos bem específicos da programação, para daqui a algum tempo vir dizer “que as audiências estão a diminuir”…. É assim que se começa um processo de desmantelamento!
Começamos este ano de eleições regionais, constatando que o sistema autonómico está a ser alvo de muitos ataques e constatando que a maioria dos dirigentes políticos regionais, ou fingem que não percebem isso, ou não mostram qualquer espécie de vontade e determinação para combater isso. Olhando para parte do quotidiano político regional, vemos um PS/Açores, viciado pelo exercício do poder regional, assustado com a possibilidade de “rebentarem” escândalos e a tentar gerir uma sucessão de liderança governativa com “o pai vivo”e vemos um PSD/Açores ansioso por voltar ao poder regional, mas espartilhado e manietado pelo facto de ser parte do partido que está a atacar ferozmente o sistema autonómico.
Para que 2012 não seja o ano negro cujos contornos se divisam, precisamos, nesta Região, de desenvolver uma acção política criativa, em defesa da Autonomia, de combate ao centralismo feroz que domina, dando conteúdo efectivo à ideia de que, aqui, a resolução democrática dos problemas só se concretiza no quadro do funcionamento pleno do sistema autonómico.
Artigo de opinião de José Decq Mota, publicado em 2 de Janeiro de 2012
Para que 2012 não seja o ano negro cujos contornos se divisam, precisamos, nesta Região, de desenvolver uma acção política criativa, em defesa da Autonomia, de combate ao centralismo feroz que domina, dando conteúdo efectivo à ideia de que, aqui, a resolução democrática dos problemas só se concretiza no quadro do funcionamento pleno do sistema autonómico.
Artigo de opinião de José Decq Mota, publicado em 2 de Janeiro de 2012