Esta Horta pequena, mas muito visitada e conhecida deu ao longo da História um sério contributo para o desenvolvimento e identidade dos Açores. Dotada de um porto natural definido por dois promontórios e protegido a leste e a norte e nordeste por outras ilhas, a Horta nasceu e cresceu por causa disso. A partir dali fez-se comércio, repararam-se embarcações, abrigaram-se navios de todo o tipo. ali amarraram cabos submarinos essenciais às comunicações e amararam os aviões anfíbios da primeira metade do século XX. Ali, nesse porto desta cidade, passam anualmente muitíssimas centenas de embarcações de recreio de todo o Mundo. O porto fez a Cidade e a Cidade precisa do porto. Por isso os faialenses aguardam com expectativa a clarificação da posição do Governo Regional sobre o reordenamento e crescimento do porto da Horta. Esta Horta com 173 anos, implantada numa ilha com excelentes aptidões agrícolas, com diversos motivos de interesse, com proximidade a outras ilhas, está no caminho certo do desenvolvimento. Não se pode é aceitar que possa haver quem queira impedir ou dificultar isso.
José Decq Mota em “Crónicas D’Aquém” no Açoriano Oriental de 6 de Julho de 2006