As três letras que encimam esta crónica querem significar Clube Naval
da Horta.
É do conhecimento geral que o CNH, sendo como é uma importante
instituição faialense, também é uma importante instituição açoriana.
Por isso uso hoje os 1500 caracteres desta crónica para defender no prestigiado “Açoreano Oriental” a necessidade de ser encontrada uma solução adequada para as instalações do Clube Naval da Horta. O tema é actual na medida em que a APTO, SA (Administração Portuária) enviou ao CNH um ante-projecto de arranjo das instalações, mas nele nada se diz sobre o acesso ao mar, sobre espaço de parqueamento e sobre o imprescindível aumento significativo do espaço coberto. A construção da bacia Sul da Marina alterou toda a lógica daquele local e o CNH, actualmente instalado deficientemente no chamado Pavilhão Náutico, deixou de ter acesso directo ao mar. Entretanto apareceram várias e importantes empresas de actividades marítimo turísticas que foram ocupando a área circundante ao CNH, “bloqueando” aquele espaço. Tudo aquilo preciso de ser reordenado, sendo certo que o CNH precisa de instalações condignas e com acesso ao mar e as empresas precisam de espaço. Mais do que tentar “fazer passar” uma solução barata mas muito má, pede-se ao Governo Regional e à sua APTO, SA, que abram um processo de diálogo que gere soluções com futuro. A Horta merece esse esforço; o CNH pelo papel que tem e terá no desporto náutico e no turismo náutico merece também esse esforço. As soluções possíveis existem. Há que querer discuti-las.
José Decq Mota em “Crónicas de Aquém” no Açoriano Oriental em 12/05/05
