Disse-me há dias um empresário que, em sociedade com outros
empresários, pretendia construir ou adquirir um navio de pesca de 30
metros, para operar nesta área do Atlântico,
onde está a ZEE portuguesa contigua aos Açores e que, agora tem um nome qualquer dado pela UE.
Os interessados informaram-se junto das entidades competentes de quais seriam os apoios a que teriam direito e a resposta foi, pelo menos surpreendente: na Região só é apoiado o investimento em embarcações ate 20 metros!
No dia em que os armadores espanhóis resolveram parar, como protesto, estavam nas imediações dos Açores 47 navios espanhóis de 30 metros ou mais. Para mim foi impressionante e esmagador ver cerca de 20 desses navios no porto da Horta, pois tal significa que os recursos que por cá existem estão a ser intensamente explorados por outros, que não nós.
Teoricamente esses navios andam a pescar para além das 100 milhas da costa, mas a inexistência de apoios comunitários aplicados pela Região a navios idênticos, impede-nos de pescar ai. Por outras palavras, as 100 milhas de fora foram apropriadas por outros e o nosso Governo conforma-se com isso e, ainda por cima, ajuda a criar espaço para espanhol pescar, uma vez que não apoia a construção de navios que possam entrar mais no incerto Atlântico.
Defendo que se pratique uma pesca sustentada, mas defendo também que somos nós que devemos usufruir desses recursos.
Por este caminho daqui a dias não precisamos de Subsecretário das Pescas, a não ser que fique a representar as zonas pesqueiras de Espanha.
No dia em que os armadores espanhóis resolveram parar, como protesto, estavam nas imediações dos Açores 47 navios espanhóis de 30 metros ou mais. Para mim foi impressionante e esmagador ver cerca de 20 desses navios no porto da Horta, pois tal significa que os recursos que por cá existem estão a ser intensamente explorados por outros, que não nós.
Teoricamente esses navios andam a pescar para além das 100 milhas da costa, mas a inexistência de apoios comunitários aplicados pela Região a navios idênticos, impede-nos de pescar ai. Por outras palavras, as 100 milhas de fora foram apropriadas por outros e o nosso Governo conforma-se com isso e, ainda por cima, ajuda a criar espaço para espanhol pescar, uma vez que não apoia a construção de navios que possam entrar mais no incerto Atlântico.
Defendo que se pratique uma pesca sustentada, mas defendo também que somos nós que devemos usufruir desses recursos.
Por este caminho daqui a dias não precisamos de Subsecretário das Pescas, a não ser que fique a representar as zonas pesqueiras de Espanha.
23/7/08
José Decq Mota em "Crónicas D’Aquém" no Açoriano Oriental