Sob a centenária Sociedade de Indústrias Agrícolas dos Açores, SA
(SINAGA) há muito que pende, ameaçadora, a voragem insaciável da
“As instalações daquela agro-indústria estão implantadas em cerca de 90
mil metros quadrados envolvidos pela malha urbana de Ponta Delgada.
Um bem precioso e apetecível num tempo em que “ o que está a dar” são mesmo os empreendimentos habitacionais, turísticos e, os hiper e multifacetados espaços comerciais e de diversão.indústria” imobiliária.
Um bem precioso e apetecível num tempo em que “ o que está a dar” são mesmo os empreendimentos habitacionais, turísticos e, os hiper e multifacetados espaços comerciais e de diversão.indústria” imobiliária.
A administração da SINAGA apresentou à Câmara um projecto imobiliário, em Abril último, e, também, segundo a administração, foi dado a conhecer ao governo regional a intenção e o projecto. Diz também a administração que o seu objectivo não é encerrar a laboração mas, tão-somente, deslocalizá-la fora do perímetro urbano da cidade de Ponta Delgada ou para o concelho da Lagoa.
Fico com algumas dúvidas! Mesmo não pondo em causa a honorabilidade das anunciadas e públicas intenções! Mas, sabendo-se dos problemas e dos constrangimentos que a SINAGA tem relativamente à importação de matéria-prima e dos limites impostos à produção só posso mesmo é ter dúvidas, muitas dúvidas que este não seja o fim desta unidade industrial. E, se assim for, ficamos mais empobrecidos. Cerca de 100 trabalhadores e suas famílias ficarão sem actividade laboral, independentemente das soluções encontradas para a cessação da sua actividade. Cerca de 200 agricultores deixarão de produzir beterraba e um sem número de actividades comerciais que indirectamente ocorrem na envolvência desta indústria deixarão de se realizar. A diversidade da economia regional fica, igualmente, mais pobre, quer ao nível industrial, quer ao nível agrícola e comercial.
O que é que ganhamos!? Aumenta a densidade populacional de Ponta Delgada, à custa de importação de população dos espaços rurais, desta ilha ou, de outras ilhas, pois como é sabido o crescimento natural da população não é suficiente para tanta oferta habitacional e tantos “templos” de consumo. E, claro, ganhamos o “pacote” de problemas sociais e económicos que, normalmente, estão associados a modelos de crescimento urbano como aquele que caracteriza Ponta Delgada. Nada que as desejadas Polícias Municipal e Regional não resolvam. Digo eu! Porque outros dirão: - que importância tem isso face à modernização da velha urbe, é um preço a pagar.
Pois! Tá bem… Veremos se o custo não é demasiado alto. Digo eu!
Aníbal Pires no Açoriano Oriental em 28 de Julho 08
Fico com algumas dúvidas! Mesmo não pondo em causa a honorabilidade das anunciadas e públicas intenções! Mas, sabendo-se dos problemas e dos constrangimentos que a SINAGA tem relativamente à importação de matéria-prima e dos limites impostos à produção só posso mesmo é ter dúvidas, muitas dúvidas que este não seja o fim desta unidade industrial. E, se assim for, ficamos mais empobrecidos. Cerca de 100 trabalhadores e suas famílias ficarão sem actividade laboral, independentemente das soluções encontradas para a cessação da sua actividade. Cerca de 200 agricultores deixarão de produzir beterraba e um sem número de actividades comerciais que indirectamente ocorrem na envolvência desta indústria deixarão de se realizar. A diversidade da economia regional fica, igualmente, mais pobre, quer ao nível industrial, quer ao nível agrícola e comercial.
O que é que ganhamos!? Aumenta a densidade populacional de Ponta Delgada, à custa de importação de população dos espaços rurais, desta ilha ou, de outras ilhas, pois como é sabido o crescimento natural da população não é suficiente para tanta oferta habitacional e tantos “templos” de consumo. E, claro, ganhamos o “pacote” de problemas sociais e económicos que, normalmente, estão associados a modelos de crescimento urbano como aquele que caracteriza Ponta Delgada. Nada que as desejadas Polícias Municipal e Regional não resolvam. Digo eu! Porque outros dirão: - que importância tem isso face à modernização da velha urbe, é um preço a pagar.
Pois! Tá bem… Veremos se o custo não é demasiado alto. Digo eu!
Aníbal Pires no Açoriano Oriental em 28 de Julho 08