JCP/Açores por Herlanda Amado no 8º congresso Regional do PCP

8_congresso_regional_pcp.jpgEm nome da Organização Regional dos Açores, da Juventude Comunista Portuguesa, saúdo todos os Camaradas Delegados e através deles todas as ilhas, e todos os amigos e convidados, presentes no 8º Congresso Regional dos Açores do Partido Comunista Português.

Camaradas Quando há 3 anos me dirigi ao 7º Congresso foi com enorme satisfação e orgulho que o fiz. Satisfação por poder pela primeira vez usar da palavra e reafirmar as minhas convicções, enquanto jovem comunista, perante tão grande colectivo, e orgulho por pertencer a uma tão grande e unida família. Não são meras palavras, são antes, sentidas e profundas. No anterior Congresso falei-vos da JCP enquanto estrutura, das suas dificuldades organizativas, mas acima de tudo dos nossos objectivos, enquanto Juventude revolucionária. As dificuldades expostas na altura, não estão completamente resolvidas. Continuamos a estruturar-nos em Núcleos de Ilha, e esses Núcleos em estreita ligação às Organizações Locais do Partido, têm conseguido trabalhar. Hoje é um facto visível por todos, que nem todas as delegações têm jovens. Aqui não se aponta o dedo a ninguém, nem aos Núcleos, nem às Organizações locais do partido, mas temos, todos nós, que estar atentos a esta falha. É visível o rejuvenescimento de Delegações presentes, comparativamente ao anterior Congresso, mas é também visível o envelhecimento de outras.

Camaradas Um dos grandes objectivos apontados em 2002, a realização do 1º Congresso Regional da JCP/Açores, concretizou-se nos dias 24 e 25 de Julho do passado ano na Ilha das Flores, mais precisamente no Concelho das Lajes realizámos o nosso primeiro Congresso, que contou com a participação de cerca de meia centena de jovens, 23 dos quais das restantes ilhas do Arquipélago. Durante a longa viagem, até ao nosso destino, foram-se travando conhecimentos, trocando experiências; o entusiasmo era evidente e a expectativa muita. Após dois dias reunidos naquela ilha, aparentemente longínqua, tantas vezes esquecida por quem nunca deveria esquecê-la, convivemos harmoniosamente e trabalhámos muito, para que o principal objectivo que nos unia, se concretizasse. Delineámos trabalho, definimos tarefas e no regresso às organizações era notório a vontade de trabalhar. Camaradas Oito meses e meio depois do nosso 1º Congresso, seria de esperar que mais trabalho tivesse sido feito. Passo a citar algumas das deliberações tomadas sobre o capítulo

III – JCP AÇORES E O FUTURO IMEDIATO:

• Actualizar, núcleo por núcleo, o ficheiro da organização e lançar de imediato uma campanha de recrutamentos de novos militantes. Essa actualização foi praticamente inexistente, no todo Regional, sendo que a nível de novos recrutamentos, à excepção de duas Ilhas essa iniciativa não se concretizou.

• Criar um esquema permanente de angariação de quotização, de registo e prestação de contas, quer a nível de núcleo quer a nível regional. Até ao momento a quotização na Região é praticamente nula. Os motivos que levam ao pagamento de quota do Partido, excluindo-se o da J, prender-se-á à falta de dinamização. É urgente mudarmos a nossa forma de trabalhar na dinamização desta actividade, que em nada nos deve envergonhar, pois o pagamento da quota é um meio de sobrevivência da nossa organização.

• Estabelecer formas dinâmicas e criativas de trabalho com os jovens, de divulgação de posições e de transmissão para a juventude em geral, das propostas da JCP. Lançámos em 2003 o “Intervir”, boletim que começou por se mensal, depois por falta de colaboradores, visto serem sempre os mesmos, e meios, passou a trimestral, e sem que nos tenhamos dado conta o “Intervir” não interveio até hoje. A decisão de lançar um boletim que fosse da e para a Juventude Açoriana, e nele constassem as propostas da JCP, foi acarinhada pelo colectivo Partidário e bem aceite no seio da juventude que o recebeu. Se queremos ser interventivos não nos podemos “esconder” atrás das adversidades que muitas vezes encontramos no nosso caminho. E reedição do “Intervir” é uma prioridade.

• Manter uma estreita cooperação com o PCP/Açores quer a nível regional, quer a nível de ilha. Das deliberações tomadas, neste capítulo, podemos dizer que esta foi a mais conseguida, não querendo com isto dizer que antes do Congresso não era assim. A cooperação entre a PCP e a JCP, a nível regional e local, foi mais conseguida numas ilhas do que em outras, mas com bom resultados. Camaradas No capítulo IV da Resolução Política aprovada em Julho lê-se – A JCP AÇORES E AS ELEIÇÕES REGIONAIS DE 2004, são de salientar os seus 3 pontos:

• Apelar a todos os militantes e simpatizantes da JCP para que apoiem de forma activa e organizada as candidaturas CDU de cada ilha.

• Encarregar os núcleos de ilha da JCP de dinamizar comissões de juventude CDU, muito amplas, que apoiem as candidaturas, que contribuam para o dinamismo e criatividade da campanha e que sejam suporte específico do trabalho das candidaturas jovens que integrarão todas as listas.

• Considerar o trabalho de preparação das eleições de Outubro de 2004 como tarefa prioritária é o que se coloca à JCP/Açores depois do I Congresso.

• Estes três pontos citados, foram concretizados, numas ilhas mais que outras, mas dou-vos uma garantia absoluta, trabalhámos para aumentar a influência do nosso Partido junto da Juventude, não nos calámos um único segundo durante a campanha eleitoral para as Legislativas de 2004, e realizámos iniciativas que cativassem a Juventude a aproximar-se de nós. Tenho a convicção profunda que conseguimos que muitos jovens interiorizassem a nossa mensagem. A culpa não foi nossa enquanto colectivo partidário, mas sim daqueles que, com mensagens deturpadas, conseguiram enganar os eleitores açorianos. Fomos o colorido dessa campanha, à semelhança de outras. Camaradas Depois de vos ter exposto o que foi o trabalho da Organização da JCP nos Açores, falo-vos agora dos nossos objectivos futuros. Continuar a aumentar a nossa influência junto da Juventude Açoriana; reforçar o colectivo Partidário na Região, aumentado o número de militantes jovens no Partido; trabalharmos, como temos feito, para que os eleitos da CDU aumentem significativamente nas Autarquias locais, e pela nossa frente temos a batalha das Autárquicas; e já pensando no futuro, trabalhar incansavelmente para recuperarmos o nosso Grupo Parlamentar.

Fazemos lá muita falta, não somos nós que o afirmamos, mas as pessoas que agora o sentem – só nos damos conta do bem que temos, quando o perdemos – para o bem da população açoriana e para o reforço da democracia nesta Região, lutaremos para recuperar um lugar que é nosso por direito. A Democracia e a pluralidade política, só serão recuperadas quando o Grupo Parlamentar do PCP voltar a dar trabalho, a muitos dos descansam actualmente. Aproveitem as vossas férias, serão apenas de 4 anos. Camaradas Já basta de palavras! Temos que passar das palavras aos actos! Ao sairmos daqui no domingo, vamos todos começar a trabalhar para o bem desta Região, da Democracia e Pluralidade, e para o reforço do nosso Partido. Sempre trabalhámos, e em condições mais adversas do que estas em que nos encontramos, pela justiça, pelas causas justas e pelos outros. Os que contam connosco. Então falta-nos o quê? Apenas arregaçar as mangas e lutar por quem precisa! Desistir? NUNCA! Lutar? SEMPRE! Mãos à obra Camaradas!!! Viva o 8 Congresso Regional

Viva à Juventude Comunista Portuguesa

Viva o Partido Comunista Português