Em resultado da reflexão realizada pelo Grupo Municipal, eleitos nas
Freguesias e pela Comissão Coordenadora da CDU, pretendemos com esta
nota á Imprensa, repor a verdade e desfazer equívocos acerca do
funcionamento dos órgãos autárquicos da Ilha do Faial e do papel e
funções que a CDU neles desempenha.
Não é de hoje, a séria e premeditada tentativa de
“apagamento” do papel que a CDU e os seus Autarcas desempenham desde
Outubro de 2005 na gestão autárquica do Concelho da Horta.
É sempre de lembrar que esta participação na gestão da CMH, resulta da vontade expressa pelo Eleitorado, que tendo atribuído três Mandatos ao PS (incluindo a Presidência, por ser o Partido mais votado), dois ao PSD e dois á CDU, implicava o entendimento entre dois Partidos, sob pena de a CMH se tornar ingovernável.
Entenderam o PS e a CDU, após conversações sérias e claras afirmarem um acordo pós eleitoral, assinado pelos respectivos responsáveis políticos, dando deste, público conhecimento.
Entendeu o PSD estar numa oposição que, se pudesse inviabilizaria o funcionamento da autarquia. Fê-lo ao sondar a CDU, para que na Assembleia Municipal, com a composição da altura, constituir um acordo que permitisse a não aprovação dos documentos que fossem fundamentais para a gestão da Câmara Municipal da Horta.
A CDU não é uma força política de duas palavras. Perante um quadro de acordo sério e honesto em defesa do Município e dos Munícipes e um quadro maquiavélico de jogadas de bastidores, tomamos a atitude política e partidária que os nossos princípios determinam: a continuação, participando na gestão do Município do que defendíamos enquanto oposição, ou seja: a defesa intransigente da nossa terra, com trabalho, honestidade e competência e sem demagogia fácil e barata.
É óbvio, e lógico que continuam questões por resolver, no entendimento entre a CDU e o PS, mas que não restem dúvidas, que com as dificuldades muitas vezes impostas do exterior, o caminho percorrido tem sido positivo e tem sido possível porque, a CDU está na CM da Horta e porque o PS e a CDU, constituem a maioria e não qualquer um deles por si só – se alguém não sabe fazer contas, não somos certamente nós.
Dividem-se as opiniões sobre a Assembleia Municipal do dia 04 de Junho, cujo tema debatido foi: “O papel da CMH na Economia do Faial”. Há quem diga que foi “um debate de 5 horas e que não trouxe novidades” e houve quem afirmasse que: “as diferenças são muitas e essencialmente estratégicas”.
Por estranho que pareça a CDU está de acordo com as duas opiniões expressas. De facto não houve novidades, no sentido de verdadeiras propostas de alternativa ao papel da CM Horta na economia do Faial – o que foi dito já anteriormente tinha sido dito e redito em Assembleia Municipal e no Conselho de Ilha e foi sempre resultado do consenso entre as diferentes forças partidárias e instituições socio-económicas.
Pena é que os objectivos que têm merecido a unidade e o consenso, tivessem sido lançados nesta Assembleia Municipal (que não foi a última) como armas de arremesso, pretendendo atingir objectivos mal disfarçados de protagonismo único.
A CDU está de acordo com a afirmação de que as diferenças são muitas e essencialmente estratégicas, mas também políticas e ideológicas, acrescentamos nós.
De facto a CDU, defende que no plano autárquico a Câmara deve ter um papel dirigente, uma intervenção participativa na sociedade e uma actuação que se paute pelo espírito democrático da gestão eficaz e que, com as limitações referidas, permita a criação já em curso e a criar das infra-estruturas básicas e das estruturas que permitam que os Faialenses usufruam de melhor nível de vida e de mais bem-estar individual e colectivo.
Não nos revemos porém, nas posições daqueles que entendem dever ter uma Câmara dirigista, a pretender mandar regularmente e, submeter tudo e todos a essa vontade e querer, quer no Concelho da Horta, quer mesmo estravazando o próprio Concelho.
Temos um acordo pós-eleitoral firmado com o PS, a nível autárquico que respeitamos e em que somos respeitados.
Tal acordo não impede no entanto, á excepção das matérias escritas e assinadas que, quer o PS quer a CDU, expressem livremente a sua opinião sobre diferentes matérias, quer na área governação regional, nacional ou autárquica e sobre estas possam ter outros entendimentos.
Assim e no que respeita á Ilha do Faial entende a CDU – e disse-o claramente – que em termos económicos, devem ser as grandes áreas da economia reprodutiva, nomeadamente: a agro-pecuária e as pescas as principais prioridades, pela riqueza, trabalho e emprego que geram a montante e a jusante, mas igualmente pela margem de crescimento que têm.
O incremento do turismo é um objectivo importante, mas não constitui o objectivo estratégico principal, mais a mais, num momento de crise económica e social – em que se pode aguardar, com cautela, algum refluxo nesta área.
Outras matérias merecerão da CDU, futura reflexão, mas há uma que não podemos deixar de referir: tem sido uma constante e foi-o na Assembleia Municipal de 04 de Junho mais uma vez, levantada e só pela CDU, com veemência a questão fundamental de que não é possível melhorar o funcionamento da autarquia e da sociedade, sem que nesses objectivos participem também os trabalhadores.
Como conceber o desenvolvimento económico do Concelho, ignorando questões como a alta do custo de vida, a dificuldade do 1º emprego, o emprego precário e sem regras de protecção, o desemprego puro e simples que atinge jovens com maior ou menor qualificação profissional e sem acolher nesse desenvolvimento os mais pobres e carenciados, bem como os reformados e idosos com baixas pensões?
Não entender ou questionar o desenvolvimento sem a vertente social, sem as pessoas enquanto seres humanos, constitui o pecado capital das políticas liberais e ultraliberais que têm aprofundado e conduzido á chamada crise.
Mas nem a crise é para todos, muito menos os trabalhadores são os culpados da crise – foi isto que a CDU afirmou na Assembleia Municipal e acrescentou que os Faialenses não são infelizes, mas que há Faialenses infelizes.
É isto que distingue a CDU, das outras forças políticas – a defesa intransigente dos valores fundamentais para a nossa economia: a agro-pecuária e as pescas a par da defesa intransigente dos trabalhadores, dos mais pobres e desprotegidos socialmente.
Finalmente a CDU lamenta o facto de alguns Órgãos de Comunicação Social, relativamente a outras matérias discutidas na Assembleia Municipal ignorem as posições da CDU sobre as mesmas, com a desculpa que fazemos parte da maioria! Lembramos que essa maioria é plural e não formada por um só partido, mas por dois – o eleitorado para ser respeitado, tem que ouvir também a CDU.
Espera a CDU com esta nota á Imprensa ter reposto a verdade e ter desfeito equívocos que, mal ou bem intencionados, tentam confundir os Faialenses sobre o que é a CDU no trabalho autárquico e sobre o que é a CDU enquanto força politica de oposição firme, forte e verdadeira, a tudo e a todos que pretendam atingir, diminuindo, a Ilha do Faial e os que aqui habitam e trabalham.
Horta, 02 de Julho de 2008
A Comissão Coordenadora da CDU
Ilha do Faial
É sempre de lembrar que esta participação na gestão da CMH, resulta da vontade expressa pelo Eleitorado, que tendo atribuído três Mandatos ao PS (incluindo a Presidência, por ser o Partido mais votado), dois ao PSD e dois á CDU, implicava o entendimento entre dois Partidos, sob pena de a CMH se tornar ingovernável.
Entenderam o PS e a CDU, após conversações sérias e claras afirmarem um acordo pós eleitoral, assinado pelos respectivos responsáveis políticos, dando deste, público conhecimento.
Entendeu o PSD estar numa oposição que, se pudesse inviabilizaria o funcionamento da autarquia. Fê-lo ao sondar a CDU, para que na Assembleia Municipal, com a composição da altura, constituir um acordo que permitisse a não aprovação dos documentos que fossem fundamentais para a gestão da Câmara Municipal da Horta.
A CDU não é uma força política de duas palavras. Perante um quadro de acordo sério e honesto em defesa do Município e dos Munícipes e um quadro maquiavélico de jogadas de bastidores, tomamos a atitude política e partidária que os nossos princípios determinam: a continuação, participando na gestão do Município do que defendíamos enquanto oposição, ou seja: a defesa intransigente da nossa terra, com trabalho, honestidade e competência e sem demagogia fácil e barata.
É óbvio, e lógico que continuam questões por resolver, no entendimento entre a CDU e o PS, mas que não restem dúvidas, que com as dificuldades muitas vezes impostas do exterior, o caminho percorrido tem sido positivo e tem sido possível porque, a CDU está na CM da Horta e porque o PS e a CDU, constituem a maioria e não qualquer um deles por si só – se alguém não sabe fazer contas, não somos certamente nós.
Dividem-se as opiniões sobre a Assembleia Municipal do dia 04 de Junho, cujo tema debatido foi: “O papel da CMH na Economia do Faial”. Há quem diga que foi “um debate de 5 horas e que não trouxe novidades” e houve quem afirmasse que: “as diferenças são muitas e essencialmente estratégicas”.
Por estranho que pareça a CDU está de acordo com as duas opiniões expressas. De facto não houve novidades, no sentido de verdadeiras propostas de alternativa ao papel da CM Horta na economia do Faial – o que foi dito já anteriormente tinha sido dito e redito em Assembleia Municipal e no Conselho de Ilha e foi sempre resultado do consenso entre as diferentes forças partidárias e instituições socio-económicas.
Pena é que os objectivos que têm merecido a unidade e o consenso, tivessem sido lançados nesta Assembleia Municipal (que não foi a última) como armas de arremesso, pretendendo atingir objectivos mal disfarçados de protagonismo único.
A CDU está de acordo com a afirmação de que as diferenças são muitas e essencialmente estratégicas, mas também políticas e ideológicas, acrescentamos nós.
De facto a CDU, defende que no plano autárquico a Câmara deve ter um papel dirigente, uma intervenção participativa na sociedade e uma actuação que se paute pelo espírito democrático da gestão eficaz e que, com as limitações referidas, permita a criação já em curso e a criar das infra-estruturas básicas e das estruturas que permitam que os Faialenses usufruam de melhor nível de vida e de mais bem-estar individual e colectivo.
Não nos revemos porém, nas posições daqueles que entendem dever ter uma Câmara dirigista, a pretender mandar regularmente e, submeter tudo e todos a essa vontade e querer, quer no Concelho da Horta, quer mesmo estravazando o próprio Concelho.
Temos um acordo pós-eleitoral firmado com o PS, a nível autárquico que respeitamos e em que somos respeitados.
Tal acordo não impede no entanto, á excepção das matérias escritas e assinadas que, quer o PS quer a CDU, expressem livremente a sua opinião sobre diferentes matérias, quer na área governação regional, nacional ou autárquica e sobre estas possam ter outros entendimentos.
Assim e no que respeita á Ilha do Faial entende a CDU – e disse-o claramente – que em termos económicos, devem ser as grandes áreas da economia reprodutiva, nomeadamente: a agro-pecuária e as pescas as principais prioridades, pela riqueza, trabalho e emprego que geram a montante e a jusante, mas igualmente pela margem de crescimento que têm.
O incremento do turismo é um objectivo importante, mas não constitui o objectivo estratégico principal, mais a mais, num momento de crise económica e social – em que se pode aguardar, com cautela, algum refluxo nesta área.
Outras matérias merecerão da CDU, futura reflexão, mas há uma que não podemos deixar de referir: tem sido uma constante e foi-o na Assembleia Municipal de 04 de Junho mais uma vez, levantada e só pela CDU, com veemência a questão fundamental de que não é possível melhorar o funcionamento da autarquia e da sociedade, sem que nesses objectivos participem também os trabalhadores.
Como conceber o desenvolvimento económico do Concelho, ignorando questões como a alta do custo de vida, a dificuldade do 1º emprego, o emprego precário e sem regras de protecção, o desemprego puro e simples que atinge jovens com maior ou menor qualificação profissional e sem acolher nesse desenvolvimento os mais pobres e carenciados, bem como os reformados e idosos com baixas pensões?
Não entender ou questionar o desenvolvimento sem a vertente social, sem as pessoas enquanto seres humanos, constitui o pecado capital das políticas liberais e ultraliberais que têm aprofundado e conduzido á chamada crise.
Mas nem a crise é para todos, muito menos os trabalhadores são os culpados da crise – foi isto que a CDU afirmou na Assembleia Municipal e acrescentou que os Faialenses não são infelizes, mas que há Faialenses infelizes.
É isto que distingue a CDU, das outras forças políticas – a defesa intransigente dos valores fundamentais para a nossa economia: a agro-pecuária e as pescas a par da defesa intransigente dos trabalhadores, dos mais pobres e desprotegidos socialmente.
Finalmente a CDU lamenta o facto de alguns Órgãos de Comunicação Social, relativamente a outras matérias discutidas na Assembleia Municipal ignorem as posições da CDU sobre as mesmas, com a desculpa que fazemos parte da maioria! Lembramos que essa maioria é plural e não formada por um só partido, mas por dois – o eleitorado para ser respeitado, tem que ouvir também a CDU.
Espera a CDU com esta nota á Imprensa ter reposto a verdade e ter desfeito equívocos que, mal ou bem intencionados, tentam confundir os Faialenses sobre o que é a CDU no trabalho autárquico e sobre o que é a CDU enquanto força politica de oposição firme, forte e verdadeira, a tudo e a todos que pretendam atingir, diminuindo, a Ilha do Faial e os que aqui habitam e trabalham.
Horta, 02 de Julho de 2008
A Comissão Coordenadora da CDU
Ilha do Faial