A Representação Parlamentar do PCP Açores terminou mais uma visita oficial à ilha Graciosa, que decorreu entre os dias 23 e 26 de Março. O Deputado do PCP procurou, com esta estadia e os contatos que fez, aprofundar o conhecimento dos problemas da ilha, acompanhar a sua evolução e desenvolvimentos e, sobretudo, ouvir os graciosenses, cara a cara e de viva voz, com vista a levar as suas preocupações e a sua vontade ao Parlamento Regional.
Para além de múltiplos contactos informais, realizaram-se reuniões com a Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, as Juntas de Freguesia de São Mateus e de Guadalupe, com a Adega Cooperativa da ilha Graciosa e ainda uma visita à central térmica da EDA e ainda uma apresentação sobre o Projeto de energias renováveis que está a ser desenvolvido em parceria com a empresa Younicos.
Merece destaque, pela sua importância e natureza inovadora, o projeto de energias renováveis, parceria entre a EDA e a Younicos que visa reduzir a dependência dos combustíveis fósseis na produção elétrica. A introdução destas tecnologias traz enormes benefícios ambientais, nomeadamente em termos da libertação de CO2 na atmosfera, mas também grandes vantagens económicas, ao reduzir a vulnerabilidade em relação ao instável preço do petróleo nos mercados mundiais. No entanto, o PCP considera que é mais do que tempo que os benefícios trazidos pelas energias renováveis revertam também para os consumidores. O PCP recorda que os lucros da EDA têm tido um forte crescimento nos últimos anos, também graças à redução da aquisição de combustíveis. No entanto, o Governo Regional continua a recusar sistematicamente as propostas do PCP para atribuir um desconto imediato de 10% no custo da eletricidade às famílias e às empresas dos Açores e continua, anualmente, a distribuir milhões de euros em dividendos aos acionistas da EDA.
O PCP verifica, infelizmente, a total paralisação e adiamento de um conjunto de projetos estruturais para o desenvolvimento da ilha, que são prometidos e reprometidos, todos os anos, aquando das visitas do Governo Regional ou perto de atos eleitorais. Uma atitude que demonstra o abandono e o profundo desinteresse do Governo Regional do PS em relação à Graciosa e aos seus problemas.
Assim, é o caso da construção do novo matadouro, cuja obra que se espera seja adjudicada este ano, o que significa que, se tudo correr bem e o Governo Regional não optar por outras prioridades, apenas no ano eleitoral de 2016 os graciosenses verão inaugurado este novo equipamento.
Também esse é o caso gritante da construção da nova sede da Adega Cooperativa, que ano após ano é adiada, transitando do anterior quadro de apoio e continuando sem fim à vista, apesar dos esforços dos agricultores graciosenses. Lamentavelmente, apenas há cerca de um ano atrás é que o Governo Regional aprovou finalmente as indispensáveis candidaturas a financiamentos e apressou-se a fazer uma precipitada cerimónia de lançamento da primeira pedra da obra, primeira pedra que ficou solitária e inútil, como mais um monumento de uma desnorteada governação.
Também esse é o caso da recuperação dos pauís da praça central de Santa Cruz, uma obra múltiplas vezes prometida pela Câmara Municipal mas que continua sem qualquer desenvolvimento.
Outro exemplo é a situação escandalosa das termas do Carapacho, mais uma vez encerradas, mais uma vez em obras de prazo desconhecido, deixando em suspenso essa importante âncora do turismo graciosense.
Também as estradas da ilha se degradam, como é exemplo a estrada da Serra, sem que estejam garantidas as necessárias obras de reabilitação e manutenção.
Também o reprometidíssimo projeto da Marina da Barra continua paralisado e sem perspetiva de avançar. Depois de deixar terminar o anterior quadro comunitário de apoio sem nada fazer, o Governo Regional, vê-se agora a alterar as candidaturas e o projeto, o que conduz a novos demoras, novos atrasos e certamente a novas promessas para enganar os graciosenses.
Também nos transportes o Governo Regional mantém a Graciosa como uma ilha adiada. A desadequação dos horários e dos equipamentos face às necessidades e à procura do serviço de transporte aéreo causam enormes constrangimentos para quem quer chegar à ilha ou dela pretende sair não garantindo ligações mais céleres para quem viaja para o continente.
Também os horários dos navios da Atlânticoline não apresentam melhorias em relação aos anos anteriores, fazendo que com que o turismo da Graciosa continue estrangulado, bem como não se compreende que as ilhas do grupo central não disponham, ainda, de ligações marítimas de transporte de passageiros e carga rodada durante todo o ano.
O Governo Regional de Vasco Cordeiro continua a demonstrar que a sua prioridade política não é o desenvolvimento das ilhas mais pequenas e nomeadamente da Graciosa. Insistindo na política de centralização de recursos e investimentos nas ilhas de maior dimensão, o Governo Regional deixa por concluir projetos estruturantes e as populações veem adiados os investimentos necessários, que não até agora são apenas promessas por cumprir, que se repetem a cada ciclo eleitoral.
O PCP apela aos graciosenses para que se indignem, protestem e deem, também nas urnas, a resposta que se impõe a quem continua a por em causa o progresso da sua ilha. Na mudança política de que a Graciosa e os Açores precisam, os graciosenses podem contar, como sempre, com o PCP a seu lado.
Santa Cruz da Graciosa, 25 de Março de 2015
Para além de múltiplos contactos informais, realizaram-se reuniões com a Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, as Juntas de Freguesia de São Mateus e de Guadalupe, com a Adega Cooperativa da ilha Graciosa e ainda uma visita à central térmica da EDA e ainda uma apresentação sobre o Projeto de energias renováveis que está a ser desenvolvido em parceria com a empresa Younicos.
Merece destaque, pela sua importância e natureza inovadora, o projeto de energias renováveis, parceria entre a EDA e a Younicos que visa reduzir a dependência dos combustíveis fósseis na produção elétrica. A introdução destas tecnologias traz enormes benefícios ambientais, nomeadamente em termos da libertação de CO2 na atmosfera, mas também grandes vantagens económicas, ao reduzir a vulnerabilidade em relação ao instável preço do petróleo nos mercados mundiais. No entanto, o PCP considera que é mais do que tempo que os benefícios trazidos pelas energias renováveis revertam também para os consumidores. O PCP recorda que os lucros da EDA têm tido um forte crescimento nos últimos anos, também graças à redução da aquisição de combustíveis. No entanto, o Governo Regional continua a recusar sistematicamente as propostas do PCP para atribuir um desconto imediato de 10% no custo da eletricidade às famílias e às empresas dos Açores e continua, anualmente, a distribuir milhões de euros em dividendos aos acionistas da EDA.
O PCP verifica, infelizmente, a total paralisação e adiamento de um conjunto de projetos estruturais para o desenvolvimento da ilha, que são prometidos e reprometidos, todos os anos, aquando das visitas do Governo Regional ou perto de atos eleitorais. Uma atitude que demonstra o abandono e o profundo desinteresse do Governo Regional do PS em relação à Graciosa e aos seus problemas.
Assim, é o caso da construção do novo matadouro, cuja obra que se espera seja adjudicada este ano, o que significa que, se tudo correr bem e o Governo Regional não optar por outras prioridades, apenas no ano eleitoral de 2016 os graciosenses verão inaugurado este novo equipamento.
Também esse é o caso gritante da construção da nova sede da Adega Cooperativa, que ano após ano é adiada, transitando do anterior quadro de apoio e continuando sem fim à vista, apesar dos esforços dos agricultores graciosenses. Lamentavelmente, apenas há cerca de um ano atrás é que o Governo Regional aprovou finalmente as indispensáveis candidaturas a financiamentos e apressou-se a fazer uma precipitada cerimónia de lançamento da primeira pedra da obra, primeira pedra que ficou solitária e inútil, como mais um monumento de uma desnorteada governação.
Também esse é o caso da recuperação dos pauís da praça central de Santa Cruz, uma obra múltiplas vezes prometida pela Câmara Municipal mas que continua sem qualquer desenvolvimento.
Outro exemplo é a situação escandalosa das termas do Carapacho, mais uma vez encerradas, mais uma vez em obras de prazo desconhecido, deixando em suspenso essa importante âncora do turismo graciosense.
Também as estradas da ilha se degradam, como é exemplo a estrada da Serra, sem que estejam garantidas as necessárias obras de reabilitação e manutenção.
Também o reprometidíssimo projeto da Marina da Barra continua paralisado e sem perspetiva de avançar. Depois de deixar terminar o anterior quadro comunitário de apoio sem nada fazer, o Governo Regional, vê-se agora a alterar as candidaturas e o projeto, o que conduz a novos demoras, novos atrasos e certamente a novas promessas para enganar os graciosenses.
Também nos transportes o Governo Regional mantém a Graciosa como uma ilha adiada. A desadequação dos horários e dos equipamentos face às necessidades e à procura do serviço de transporte aéreo causam enormes constrangimentos para quem quer chegar à ilha ou dela pretende sair não garantindo ligações mais céleres para quem viaja para o continente.
Também os horários dos navios da Atlânticoline não apresentam melhorias em relação aos anos anteriores, fazendo que com que o turismo da Graciosa continue estrangulado, bem como não se compreende que as ilhas do grupo central não disponham, ainda, de ligações marítimas de transporte de passageiros e carga rodada durante todo o ano.
O Governo Regional de Vasco Cordeiro continua a demonstrar que a sua prioridade política não é o desenvolvimento das ilhas mais pequenas e nomeadamente da Graciosa. Insistindo na política de centralização de recursos e investimentos nas ilhas de maior dimensão, o Governo Regional deixa por concluir projetos estruturantes e as populações veem adiados os investimentos necessários, que não até agora são apenas promessas por cumprir, que se repetem a cada ciclo eleitoral.
O PCP apela aos graciosenses para que se indignem, protestem e deem, também nas urnas, a resposta que se impõe a quem continua a por em causa o progresso da sua ilha. Na mudança política de que a Graciosa e os Açores precisam, os graciosenses podem contar, como sempre, com o PCP a seu lado.
Santa Cruz da Graciosa, 25 de Março de 2015