O PCP Açores está de acordo com esta intervenção, embora questione como é que foi possível que uma empresa que recebe um volume significativo de apoios e incentivos tenha chegado a uma situação em que nem sequer consegue cumprir as suas obrigações para com os seus colaboradores.
As dúvidas sobre a boa gestão da SINAGA fazem questionar o valor elevado desta operação, em que para além dos 800 mil euros da aquisição, o orçamento regional irá assumir um passivo de mais de 4,5 milhões de euros.
O Deputado do PCP Açores questiona ainda o Governo sobre qual a estratégia concreta que pretende implementar para mais do que duplicar a quantidade de beterraba transformada e reduzir os custos operacionais em 750 mil euros por ano.
Para Aníbal Pires, os salários dos trabalhadores e a manutenção dos seus postos de trabalho devem ser a prioridade. “Há situações sociais que não podem esperar. É obrigação do Governo, ao assumir a condução da empresa, a reposição imediata de todos os salários e subsídios em atraso para com os trabalhadores. Interessa-nos também conhecer que planos existem para o futuro da SINAGA e consideramos que qualquer reestruturação deve respeitar integralmente os actuais direitos dos seus trabalhadores e não pode passar pela simples redução dos postos de trabalho”, afirmou o Deputado. “Temos de gerir melhor e valorizar este produto único no país”, acrescentou.