O PCP/S. Miguel apelou à participação dos trabalhadores do Hospital do Divino Espírito Santo na Greve Geral desta 5ª feira.
Salientando os problemas existentes no hospital, em particular a degradação das condições de trabalho e o agravamento da situação profissional e da precariedade dos vínculos laborais, a organização conclui que só a unida participação de todo o hospital na greve pode defender os seus postos de trabalho, melhorar as condições de vida e defender o Serviço Regional de Saúde.
Contra o Roubo no Subsídio de Natal!
Os trabalhadores do Hospital têm todas as razões para aderir à Greve Geral!
No Hospital do Divino Espírito Santo, as condições de trabalho pioram de dia para dia:
- crescem as ameaças e a imposição de realização de horas extra a auxiliares e enfermeiros;
- o congelamento “temporário” das carreiras já se mantém há 6 anos e foi agravado pelo actual governo;
- os contratos precários estão a generalizar-se, sendo permanente a ameaça de despedimento de pessoal;
- a decisão do tribunal de retirar o vínculo efectivo, passando-o a contrato de prestação de serviços, é uma afronta aos nossos direitos e dignidade;
- até já se pede aos auxiliares que tragam de casa materiais como detergente da loiça!
Esta situação afecta todo o Hospital e piora as condições de atendimento aos utentes. As propostas do governo para a saúde vão muito para além do ataque à dignidade do trabalho dos profissionais. A serem concretizadas porão em causa o serviço regional de saúde! Determinarão menor e pior acesso aos cuidados de saúde, fruto do empobrecimento das famílias. Basta ver que, desde que o Governo Regional introduziu as taxas moderadoras, cada vez menos pessoas utilizam os serviços de saúde. Será que deixaram de estar doentes?
O governo PSD/CDS-PP apenas veio agravar a nossa situação. Reduziu brutalmente o poder de compra do pessoal hospitalar (e vai continuar a fazê-lo, caso deixemos), pela redução de salários e pelo aumento generalizado do custo de vida. Vai alterar a forma como são pagas as horas mais penosas (tardes, noites, fins de semana e feriados) e as horas extraordinárias.
As intenções do governo só trarão mais desemprego, desde já pela não renovação de muitos contratos a termo.
Na verdade, nos hospitais e centros de saúde, o que os governos da república e da região querem fazer é PAGAR MENOS POR MAIS TRABALHO! Isto não é respeito pelos trabalhadores, isto não é dignificar as nossas profissões nem o serviço de saúde!
É o próprio Passos Coelho a dizer que o país tem de empobrecer e que teremos de receber menores salários. Alguém o ouviu dizer isto durante a campanha eleitoral? Querem fazer pensar que ter emprego é um luxo, quando na verdade é um direito que nos assiste. Se o país evoluísse com base nos salários baixos e no emprego sem direitos, seríamos o país mais desenvolvido da Europa.
Mas há uma resposta eficaz. A adesão de todos à Greve Geral é fundamental para segurar os nossos postos de trabalho e para defender a nossa dignidade.
Caso não o façamos agora, só podemos esperar pior futuro. O governo não parará por aqui. Quanto mais deixarmos, mais seremos atacados. Isto não é crise nem austeridade, é um roubo!