É com manifesta preocupação que o PCP/Terceira encara a indiferença demonstrada pelo poder público competente perante a massiva proliferação de roedores (ratos e ratazanas) em toda ilha, a qual já não se encontra confinada somente ao meio rural, disseminando-se inclusive para os espaços urbanos. Trata-se de grave entorse à preservação da saúde pública, materializada na eminência de focos infeciosos de vária ordem, com perigo direto e real para a vida humana.
A política de desresponsabilização pela salvaguarda da saúde pública, que tem vindo a ser infelizmente seguida pelas autarquias, ilustra-se pela faculdade cometida aos proprietários em levar a cabo por sua iniciativa os necessários atos materiais a desenvolver no âmbito do processo de desratização, embora com instrumentos fornecidos gratuitamente pelas autarquias. Entendemos que esta matéria e as decisões que a ela se reportam, não devem ser configuradas à luz da vontade concreta e/ou individual de ninguém.
O PCP entende que, sendo esta uma matéria de natureza eminentemente pública, deverão as autarquias, em coligação com todas as demais entidades responsáveis, assumir o processo nas zonas rurais e urbanas dos concelhos, em todas as suas vertentes, designadamente com elaboração de um plano de desratização a executar com a maior brevidade possível.
Angra do Heroísmo,9 de Maio de 2016
O Secretariado de Ilha.