O próximo quadro europeu trará um significativo corte nos fundos de coesão, que virá agravar o cenário criado com o fim das cotas leiteiras. Em tanto um, como no outro, os eurodeputados residentes nos Açores - erradamente chamados de "eurodeputados dos Açores" - deixaram sozinhos os Açorianos e os deputados da CDU. Quando foi preciso, preferiram dar o seu apoio e o seu voto à grande agroindústria europeia, afogando os produtores regionais. Pelo contrário, a CDU, no Parlamento Europeu tal como cá, defendeu e continuará a defender o aumento dos fundos de coesão e a criação de um novo mecanismo de regulação da produção de leite.
É urgente corrigir a redução dos rendimentos dos produtores, que contrasta com o aumento dos lucros da grande indústria e da grande distribuição.
A redução nos fundos de coesão choca com o aumento de 11 vezes para o militarismo e a guerra.
Nota de imprensa
Catia Benedetti, candidata da CDU ao Parlamento Europeu, reuniu no dia 7 de maio de 2019 com a nova direção da Unileite – União das Cooperativas Agrícolas de Laticínios da Ilha de São Miguel. À nova direção foram endereçados especiais votos de sucesso, tendo em consideração tanto a importância desta indústria quanto as grandes responsabilidades que os novos dirigentes ora assumem. No decorrer da reunião foram focados e discutidos os possíveis cenários determinados pela atual conjuntura europeia e pelas diretrizes que irão inspirar o novo orçamento, antevendo-se, à semelhança dos últimos anos, tempos turbulentos para o setor.
O quadro financeiro plurianual 2020-2027 apresenta ainda traços de indefinição, com um expectável agravamento dos constrangimentos que já afetam a fileira do leite na Região. Como a CDU alertara há cinco anos, o fim das quotas teve gravíssimas consequências, pondo em causa a sustentabilidade de um setor que, ao longo dos anos, fez o maior esforço para melhorar a qualidade e a quantidade do leite e dos laticínios produzidos. A liberalização dos mercados comportou uma crescente dificuldade de escoamento do produto nacional, tornando o nosso país deficitário no único setor em que durante longo tempo garantira a sua autossuficiência.
A situação não pode naturalmente ser avaliada na sua globalidade sem tomar em consideração o papel dos grandes monopólios de distribuição alimentar, que encontram na liberalização do mercado o instrumento ideal para esmagarem os preços pagos à indústria, aumentando, assim, os seus lucros de forma vertiginosa.
A candidata reafirmou a posição intransigentemente contrária a tais políticas, que a CDU atempadamente denunciara, esforçando-se por esclarecer junto dos produtores os efeitos nefastos que não era possível ignorar, mas que, contudo, foram subestimados pelas restantes forças políticas nacionais. Exprimiu igualmente o desejo de que as mesmas assumam agora com clareza o erro cometido, juntando-se à CDU e a quantos grupos políticos em toda a Europa exigem o restabelecimento de instrumentos de regulação.