A CDU deslocou-se à Graciosa, com a candidata da CDU residente nos Açores, Cátia Benedetti, a defender a valorização das produções específicas da ilha.
Da reunião com a Associação de Pescadores, ficou uma nota comum a todas as ilhas da região – são precisos apoios específicos para a pesca, não podendo ficar num fundo generalista, como o FEAMP, que desvaloriza a atividade piscatória.
Também a produção de vinho, com a recuperação das vinhas, e o estímulo de produtos emblemáticos, como o alho e a meloa, requerem outra atenção, que a política europeia não dá – nem pretende dar! As propostas da CDU de revisão da PAC e de aumento dos apoios às regiões ultraperiféricas teriam permitido maiores investimentos e o escoamento da produção, dinamizando a ilha.
A já antiga proposta da CDU de melhores transportes para a ilha, nomeadamente uma linha marítima, aliada às respostas que os produtores precisam, permitiria inverter o declínio populacional e económico da Graciosa, com melhores condições para a criação de emprego.
Nota de imprensa
Catia Benedetti, residente nos Açores e candidata da CDU ao Parlamento Europeu, passou o dia 9 de maio de 2019 na ilha da Graciosa. Durante a manhã esteve reunida com a Associação de Pescadores da Graciosa. À semelhança do que aconteceu nas reuniões tidas com representantes do setor noutra ilhas, foi criticada a inclusão dos apoios dedicados à pesca num fundo generalista como o FEAMP, e foi expresso o desejo que o setor volte a ser tratado de forma autónoma, em prol de uma maior transparência na utilização de fundos que demasiadas vezes não chegam a beneficiar os profissionais da pesca. Foi igualmente sublinhado o alto grau de especificidade que a atividade apresenta em cada uma das ilhas, exigindo-se, por consequência, uma gestão de efetiva proximidade. De realçar a exigência de formação de novos profissionais, para que as próximas gerações possam dar continuidade a uma atividade que, juntamente com a agricultura, representa o real o pilar económico da Região.
A visita às instalações da Adega Cooperativa Agrícola da Ilha Graciosa, recentemente remodelada, foi a ocasião para reiterar a alta qualidade que a produção local pode alcançar, como ficou comprovado pela colheita de 2018, e as perspetivas de desenvolvimento que é agora preciso reforçar: impõe-se recuperar as vinhas abandonadas para aumentar a produção, bem como estimular a comercialização de cultivos emblemáticos como o alho o a meloa, exigindo-se uma estratégia de promoção mais eficaz do que um ou outro evento esporádico.
Foi finalmente ouvido o Núcleo Empresarial da Ilha Graciosa, voltando a estar os transportes no centro das atenções: é especialmente preciso um serviço regular de transporte marítimo que melhore a acessibilidade e ajude a reverter um percurso de isolamento que não é certamente uma fatalidade, mas sim o resultado de escolhas penalizadoras da realidade local, em si mesma portadora de excelentes possibilidades de desenvolvimento.
O dia foi também preenchido com numerosos contatos com a população, igualmente propensa a identificar na deficiente acessibilidade o maior constrangimento existente, o que mais dificulta não só o crescimento económico como o próprio dia-a-dia das pessoas, contribuindo significativamente para o saldo demográfico negativo que tanto preocupa os habitantes.