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12 junho 2010

Posições paralelas

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Fernando MartaPara quem nos últimos tempos dava como certa uma posição de conformismo, inércia e letargia dos trabalhadores recentemente atingidos pelas aplaudidas (por alguns) medidas de austeridade, a manifestação do recente dia 29, a maior desde há várias décadas, que juntou conscientemente mais de 300 mil pessoas contra as políticas do PS e do PSD, é a prova provada de que os portugueses estão prontos para lutar pelos seus direitos, e preparados para avançar com todas as iniciativas legais possíveis, de forma a serem contrariadas as injustiças inscritas no Orçamento de Estado, no PEC e, mais recentemente, o Plano de Austeridade.

 

Sabido é já, que todas as medidas de congelamento e diminuição de salários, e aumento de impostos, levarão à diminuição do consumo, ao aumento da precariedade e do desemprego, ao avolumar das situações de pobreza, ainda que, por vezes, envergonhada, e à consequente agitação e crise social. O país, mesmo antes das consequências das recentes medidas do governo, que terão de ser derrotadas, conta com mais de meio milhão de trabalhadores que vivem com o salário mínimo nacional. É a política dos baixos salários que Sócrates e os seus apaniguados querem reforçar, como o têm feito desde há anos. Nos últimos cinco, o aumento real dos salários descontando a inflação, ficou-se pelos 0,3%, um dos mais baixos da Europa, o que é esclarecedor para definir de que lado está Sócrates e o PS. Paralelamente, as grandes fortunas aumentaram exponencialmente. Venderam-se carros, aviões, barcos e casas de luxo como há muito não se via.

Pese embora o fim das medidas anti-crise que visavam uma maior protecção aos desempregados, que continuam a aumentar de forma dramática, algumas das quais com um mês de duração (como a majoração do subsídio de desemprego) os apoios à banca foram recentemente prolongados, eles que vêm já desde 2008, alegadamente, devido às dificuldades decorrentes da crise. Ninguém diria que é a mesma banca que lucra 5 milhões de euros por dia, que aumenta “spreads” desmesuradamente, que, de forma usurária com a protecção do governo, provoca o desespero e a falência das famílias portuguesas.

Os números do desemprego são cada vez mais alarmantes, atingindo particularmente os jovens, e estigmatizando os que, sendo jovens para a aposentação (muitos por culpa do aumento da idade da reforma), são considerados demasiado velhos para algumas funções e, por isso, pouco produtivos para grande parte dos empresários portugueses. Para Sócrates e o PS, são apenas números. Entre os jovens, a taxa de desemprego cavalga para lá dos 21%, ou seja, um em cada cinco jovens com idade até aos 24 anos, não tem trabalho. Desempregados de longa duração, são já mais de 305 mil, os quais procuram emprego há mais de um ano. Também para estes, a resposta do governo é mais austeridade, mais privações e dificuldades.

Apesar das vozes que tentam conduzir os portugueses à resignação e ao desalento, o que se viu no dia 29 de Maio, foi fundamentalmente a demonstração inequívoca de que a conversa da repartição de sacrifícios não convence, nem muito menos paga contas. Essas, as contas, pedi-las-á o povo, mas tarde ou mais cedo, a este governo, e a todos que do país se queiram continuar a servir.

 

Artigo de opinião de Fernando Marta, publicado no jornal "A União" na sua edição do dia 10 de Junho de 2010

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