A semana passada a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores ocupou algum do seu tempo a discutir políticas ligadas ao Mar. Nada de mais natural num País e numa Região onde o mar foi, é e será decisivo na vida das populações, mesmo quando os responsáveis políticos não dão mostras de perceber isso.
Mais do que analisar esse debate, referindo ou diferenciando as posições que cada interventor assumiu, pretendo hoje deixar aqui duas ou três preocupações simples sobre essas importantes temáticas.
Mais do que analisar esse debate, referindo ou diferenciando as posições que cada interventor assumiu, pretendo hoje deixar aqui duas ou três preocupações simples sobre essas importantes temáticas.
Sendo o mar decisivo para nós, é evidente que os governos do Portugal democrático trataram, no essencial, muito mal quase tudo o que a ele diz respeito. Temos tanto mar, mas quase não temos Marinha Mercante. Temos tanto mar mas quase deram cabo da indústria de construção naval. Temos tanto mar mas cometeram o crime de quase destruir a pesca do alto. Temos tanto mar mas abdicaram vergonhosamente de gerir, com capacidade soberana, as nossas zonas de pesca. Temos tanto mar mas tem tardado a concretização de orientações que criem capacidades próprias de controlo e fiscalização. Temos tanto mar mas as actividades de investigação científica do meio marinho, sendo muito importantes e meritórias, estão longe de ter os apoios e a atenção que merecem e necessitam.
Tudo o que apontei é verdade e é muito grave. Não obstante isso existem no nosso Pais e na nossa Região sectores, instituições e pessoas que, percebendo a múltipla importância do mar, se empenham em lutar por novas políticas, por novas posturas e por novas perspectivas de aproveitamento, exploração sustentada e salvaguarda dos recursos marinhos.
Mais do que usar o Mar como emblema eleitoral, é indispensável realizar políticas consequentes em todas as áreas com ele relacionadas.
Horta, 31/1/2011
José Decq Mota
Tudo o que apontei é verdade e é muito grave. Não obstante isso existem no nosso Pais e na nossa Região sectores, instituições e pessoas que, percebendo a múltipla importância do mar, se empenham em lutar por novas políticas, por novas posturas e por novas perspectivas de aproveitamento, exploração sustentada e salvaguarda dos recursos marinhos.
Mais do que usar o Mar como emblema eleitoral, é indispensável realizar políticas consequentes em todas as áreas com ele relacionadas.
Horta, 31/1/2011
José Decq Mota