Acabou, sábado passado, o programa da RDP/Açores, “Manhãs de Sábado”, do qual era primeiro responsável Mário Jorge Pacheco. Acabou no dia que completava 15 anos. Tanto quanto percebi por várias declarações que ouvi, os realizadores e colaboradores do programa mantinham a disponibilidade para o fazer, mas os responsáveis da rádio pública quiseram que ele terminasse. Na minha opinião essa decisão é condenável, roça a estupidez e empobrece muito seriamente a programação da rádio pública regional. Os responsáveis por esta decisão e todos os que a ela se poderiam opor e não o fizeram merecem a mais viva condenação!
O que era o “Manhãs de Sábado”?
Era mais ou menos isto: Ao longo de toda a manhã, de todos os sábados, o Mário Jorge Pacheco, sempre com um alinhamento cuidadoso, ia fazendo um programa preenchido com o melhor que há na música portuguesa e em especial da feita aqui nos Açores e ia estabelecendo ligação com colaboradores em todas as ilhas. Estávamos a ouvir, como acontecia comigo sempre que podia, e sentíamo-nos verdadeiramente parte desta Região, percebendo com clareza a extensão e dispersão territorial, a diversidade cultural, a qualidade humana e a vontade, que existe numa grande parte da população, de contribuir para um desenvolvimento sustentado do conjunto da Região. Para além das ilhas, também existiam contactos com as comunidades emigradas e descendentes, completando assim e bem a dimensão das nossas vivencias enquanto Região. Os temas eram muitos, a liberdade de cada colaborador permitia-lhes valorizar as suas criatividades e o resultado final era, em geral, excelente, estimulante e com muita utilidade para quem ouvia. Era bom, era muito valorizador da Região e das pessoas, mas acabou!
Deixo aqui expressa a admiração que dedico ao Mário Jorge Pacheco e a toda a sua equipa, sem excepção.
21/2/2011
José Decq Mota
Era mais ou menos isto: Ao longo de toda a manhã, de todos os sábados, o Mário Jorge Pacheco, sempre com um alinhamento cuidadoso, ia fazendo um programa preenchido com o melhor que há na música portuguesa e em especial da feita aqui nos Açores e ia estabelecendo ligação com colaboradores em todas as ilhas. Estávamos a ouvir, como acontecia comigo sempre que podia, e sentíamo-nos verdadeiramente parte desta Região, percebendo com clareza a extensão e dispersão territorial, a diversidade cultural, a qualidade humana e a vontade, que existe numa grande parte da população, de contribuir para um desenvolvimento sustentado do conjunto da Região. Para além das ilhas, também existiam contactos com as comunidades emigradas e descendentes, completando assim e bem a dimensão das nossas vivencias enquanto Região. Os temas eram muitos, a liberdade de cada colaborador permitia-lhes valorizar as suas criatividades e o resultado final era, em geral, excelente, estimulante e com muita utilidade para quem ouvia. Era bom, era muito valorizador da Região e das pessoas, mas acabou!
Deixo aqui expressa a admiração que dedico ao Mário Jorge Pacheco e a toda a sua equipa, sem excepção.
21/2/2011
José Decq Mota