A imposição que o FMI, CE e BCE fazem a Portugal e que está traduzida no chamado Memorando de Entendimento, tem uma claríssima marca ideológica, que se detecta, de entre outros, pelos aspectos e pontos seguintes: o mercado é sempre melhor que o Estado; os mecanismos de defesa dos centros nacionais de decisão são liquidados; as privatizações são aceleradas, sem sequer se atender à situação actual dos mercados; são impostas muitas reduções nos serviços públicos de saúde, educação e outros; são facilitados e tornados muito mais baratos os despedimentos; é drástica e criminosamente diminuída a protecção social aos desempregados, são dramaticamente aumentados custos em transportes, energia e medicamentos.
Em troca de um empréstimo é imposta a implementação das teses neoliberais que têm como consequência inevitável o aumento das injustiças, a concentração da riqueza e a destruição do papel regulador e equilibrador do Estado.
Se somarmos às orientações atrás anotadas a postura de apoio fortíssimo à banca, com quadruplicação do financiamento que estava previsto e com o aumento muito substancial dos avales públicos, temos que concluir que a troika veio cá, como entidade colonizadora e que apoia a sua acção nos caciques financeiros e políticos que se venderam.
Ainda vamos ver bancos portugueses integrarem consórcios para concorrer à privatização de excelentes empresas públicas, pagando com dinheiro que lhes vai ser dado e que nós vamos pagar!
Quem chama a esta operação “ajuda externa” está, e sabe disso, a mentir com quantos dentes tem na boca. Estamos sim perante uma verdadeira ocupação do País, embora sem tropa, em que o ocupante aplica a sua vontade de forma discricionária.
Aos portugueses cabe defenderem-se do ocupante e derrotarem os seus obedientes e ardilosos agentes internos.
José Decq Mota
Se somarmos às orientações atrás anotadas a postura de apoio fortíssimo à banca, com quadruplicação do financiamento que estava previsto e com o aumento muito substancial dos avales públicos, temos que concluir que a troika veio cá, como entidade colonizadora e que apoia a sua acção nos caciques financeiros e políticos que se venderam.
Ainda vamos ver bancos portugueses integrarem consórcios para concorrer à privatização de excelentes empresas públicas, pagando com dinheiro que lhes vai ser dado e que nós vamos pagar!
Quem chama a esta operação “ajuda externa” está, e sabe disso, a mentir com quantos dentes tem na boca. Estamos sim perante uma verdadeira ocupação do País, embora sem tropa, em que o ocupante aplica a sua vontade de forma discricionária.
Aos portugueses cabe defenderem-se do ocupante e derrotarem os seus obedientes e ardilosos agentes internos.
José Decq Mota