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27 julho 2011

Para lá do que se fala

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Mário AbrantesA juventude do Partido Trabalhista Norueguês (em acampamento de Verão na ilha massacrada), as três mais importantes universidades daquele país, e o governo norueguês, ao arrepio dos restantes governos europeus (co-responsabilizados aliás pelas injustiças de que padece o povo palestino), defendem a imediata constituição da Palestina como Estado independente, bem como o boicote e o embargo económico a Israel, considerando terrorista, e idêntica ao apartheid, a política deste país para com aquele povo. O governo norueguês retirou-se das empresas petrolíferas em que participava com Israel e abandonou as suas participações em empresas de material de guerra israelitas, sendo hoje diplomaticamente criticado por estes. O boicote a Israel é apoiado activamente por cerca de 40% de noruegueses, que se negam a comprar produtos de origem israelita.
No próprio dia e local do massacre, o ministro das relações exteriores norueguês discursava apelando ao fim imediato da ocupação da Palestina por Israel e ao derrube do muro da faixa de Gaza. O assassino A. B. Breivik, pelo seu lado, afirmou que a luta de Israel também é a sua luta…
Maria José Lera, professora da Universidade de Sevilha, aventa a hipótese de que, a este atentado/massacre, não seja alheia a mão secreta de Israel. É uma teoria, mas o certo é que operações criminosas desta dimensão não se resumem certamente à cabeça e à acção isolada de um louco qualquer…
Embora de tipo diferente, e acompanhado de mentiras tão grandes como as de Sócrates para o justificar, um outro massacre está a decorrer em Portugal, é o massacre aos direitos de quem trabalha!
Não é preciso ir à China, à Indonésia ou Singapura, no nosso país já se faz trabalho intensivo, pago pelo salário mínimo ou menos, sem segurança, sem formação, perigoso para a saúde, com horas não pagas e sem descanso semanal. Uma interessante investigação da revista “Proteste” do mês em curso dá nota disso mesmo, referindo-se ao que se passa com o fabrico das calças de ganga. Uma das conclusões mais significativas diz respeito à distribuição do custo de cada par de calças: 50% para o vendedor e para o IVA, 24% para a marca e publicidade, 13% para a embalagem e transporte, 12% para a matéria-prima e custos de produção e…1% para o trabalhador!
Longe vai 1975, com a criação do salário mínimo, as comissões de trabalhadores, a contratação colectiva, as carreiras ou o subsídio de turno, onde os rendimentos do trabalho absorveram 60 % da distribuição da riqueza e os do capital 40%. Com o imposto extraordinário de 2011 ficamos a saber que, fora as carradas de desempregados, entre aqueles que trabalham, 52% ganham o salário mínimo ou menos.
As novas leis laborais que PSD e CDS querem impor este Verão, não acrescentam um cêntimo ao combate ao défice. Elas apenas vão no sentido de agravar mais ainda a distribuição dos rendimentos para o lado do capital, em prejuízo do trabalho, facilitando os despedimentos e retirando, em simultâneo, direitos aos despedidos.
Quando o PSD, o CDS e o Presidente da República nos falam na necessidade destas medidas para combater o desemprego e criar postos de trabalho, porque será que fico com a sensação (inquietante) de que aquilo de que falam representa afinal uma tentativa de generalizar aos restantes sectores produtivos a possibilidade da existência de “postos de trabalho” com condições e rendimentos semelhantes aos das calças de ganga?      
 
Mário Abrantes
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