Alberto João Jardim

jose_decq_motta.jpgOs três nomes que dão título a esta breve nota constituem o nome do titular de cargo político do Portugal Democrático cujo perfil menos se adapta ao regime democrático que constitucionalmente nos rege.

O Presidente do Governo Regional da Madeira habituou-se, ao longo dos anos, a mandar as mais espantosas atoardas a respeito de tudo e de nada. Habitou-se a ofender os continentais… por serem continentais; habituou-se a humilhar adversários regionais e nacionais… por serem adversários; habituou-se a falar grosso (e mal)… para calar os potenciais interlocutores. Com esse comportamento Alberto João Jardim transformou-se numa caricatura de político firme e contribui, junto dos sectores menos informados, para desvalorizar a Autonomia da Madeira em especial e o Sistema Autonómico em geral. Alberto João é incapaz de discutir política seja com quem for. Só é capaz de expressar, aos berros, as suas próprias opiniões. É urgente saber-se quais são os reais efeitos deste estilo e desta personalidade na governação da Região Autónoma da Madeira. Alberto João manda falar do aeroporto do Funchal, dos túneis da Madeira e dos viadutos a cota superior a 100 metros, com o mesmo ar de espanto, com que Salazar mandava os apaniguados louvar a Ponte sobre o Tejo! Só que isso nem transformou Salazar em democrata, nem resolveu os muitos problemas que Portugal tinha. Alberto João Jardim montou um “regime regional” marcado pela demagogia e pelo verbalismo, mas isso já cansa.

José Decq Mota em “Crónicas D’Aquém” no Açoriano Oriental de19-10-2006