2013 – A abrir com sombras negras

jos_decq_mota_webInicia-se hoje um novo ano. Com o enquadramento que temos – um Governo a escaqueirar tudo o que visa a estabilidade e o progresso social; um Presidente que invoca “o interesse social” para deixar destruir o País; uma Maioria Parlamentar, onde a banca está muito representada, a funcionar como o “buldózer” do Governo – este novo ano apresenta-se como um jogo de sombras negras, preparadas para “engolir” rendimentos de quem trabalha e de quem vive de reformas e pensões.

 

Temos todos que estar preocupados com o que se está a passar. Fomos criados a acalentar a ideia de que “um novo ano tem que corresponder a uma vida nova”. Atrevo-me a dizer que essa vontade, instalada na nossa cultura, será essencial neste ano de 2013, que se apresenta tão falho de perspectiva de futuro. Para que haja vida nova em Portugal, tem que haver uma nova política governativa. Para que seja possível essa nova política é preciso fazer cair este governo ilegítimo e promover novas eleições. Dessas eleições tem que nascer uma alternativa destinada a defender o País e a sua independência, a desenvolver a economia, repor algum equilíbrio social e lançar as bases de um caminho onde a cooperação substitua a submissão, onde as medidas de austeridade não sirvam para empobrecer aceleradamente grande parte da sociedade e para, ao mesmo tempo, enriquecer, ainda mais, uma pequena parte dessa mesma sociedade.

Temos que iniciar este novo ano com convicções firmes. A convicção de que a democracia pode e tem que ser defendida e aprofundada nos planos político, económico, social, cultural e ambiental, tem que ser o ponto de partida para uma acção que consiga afastar as negras nuvens que toldam este ano que hoje se inicia.

Que em 2013 consigamos travar e inverter a desgraça que está a ser feita, é o voto que aqui deixo.

 

Artigo de opinião de José Decq Mota, publicado em 2 de janeiro de 2012