De entre 10 candidatos, só um tem merecido "honras" de 1ª página nos jornais. O mesmo que nos canais televisivos informativos e generalistas (não apenas no que frequentou assiduamente durante 10 anos) aparece em constante destaque noticioso. E tudo isto com um hipocritamente proclamado orçamento de campanha presidencial mais baixo que os dos restantes. É caso para dizer: com jornais e televisões assim, para que precisa este candidato de orçamento de campanha? Que sinistra mancomunação anti-democrática e deformadora do pluralismo está por detrás desta comunicação social? Não será a mesma mão de quem, pretendendo ter ganho, queria pela convocação de novas eleições, anular as de 4 de Outubro? A mesma mão que chamou "golpe" à assunção democrática (com incidência governamental) da maioria parlamentar que se constituiu na Assembleia da República para viabilizar o actual governo? A mesma mão que norteou quem, no exercício do cargo que agora vai a votos, zelou pela continuidade de um governo anti-povo e anti-patriótico durante mais de 4 anos e pela prossecução de odiosas políticas que fizeram recuar o país quase 3 décadas?
Pode até ser diferente no sorriso, na simpatia ou no populismo daquele que está em fim de mandato, mas nem por isso este candidato será diferente no respeitante aos interesses que servirá, nem tão-pouco seria ele o presidente que tem faltado ao país...
Pode até ter sido um comunicador bem pago e de fortes audiências, popularizado pela tv, e transformado em "professor" que de tudo sabe muito, mas nem por isso será ele o presidente que tem faltado ao país. Antes pelo contrário, tal estatuto seria, como diz Sérgio Lavos num tweet a propósito, o combustível certo para uma magistratura de interferência e de confusão...
Fiado no seu inigualável suporte mediático, pode até auto-intitular-se como vencedor antecipado, mas precisamente pela carga anti-democrática e isenta de ética que tal espírito consubstancia, necessita de ser combatido e vencido pelas armas da democracia...
É outro o presidente que tem faltado ao país:
Um presidente que longe dos salões doirados da corte político-financeira e dos apoios de Passos e Portas, conheça as reais dificuldades e privações, por aqueles impostas, por que passam milhões de portugueses;
Um presidente que em lugar de ter sido um promotor de Cavaco e Silva (enquanto líder do PSD), ou que fez a defesa fanática dos cortes salariais e das isenções fiscais para banqueiros e grandes empresas transnacionais, venha a ser antes o que Cavaco Silva de facto nunca foi, um promotor da justiça social, da cidadania e da defesa do interesse e soberania nacionais;
Um presidente que, ao contrário do actual, assuma como prioridade da sua intervenção o cumprimento da Constituição da República Portuguesa colocando-a como eixo central do exercício dos poderes presidenciais.
Incluindo os atrás citados, há todo um conjunto de valores, posições e princípios inerentes ao exercício do cargo de Presidente da República que não combinam nem se coadunam com o actual ocupante do cargo e que, mesmo que de outra feição, continuarão a ser renegados por um seu eventual sucessor suportado pelas mesmas forças políticas.
A esperança que se reabriu em Portugal depois de 4 de Outubro passado não necessita na presidência da República de um fiscal, de um controlador ou de um potencial bloqueador, necessita isso sim de quem a cultive, acarinhe e ajude a concretizar. É esse o presidente que falta!
Pode até ter sido um comunicador bem pago e de fortes audiências, popularizado pela tv, e transformado em "professor" que de tudo sabe muito, mas nem por isso será ele o presidente que tem faltado ao país. Antes pelo contrário, tal estatuto seria, como diz Sérgio Lavos num tweet a propósito, o combustível certo para uma magistratura de interferência e de confusão...
Fiado no seu inigualável suporte mediático, pode até auto-intitular-se como vencedor antecipado, mas precisamente pela carga anti-democrática e isenta de ética que tal espírito consubstancia, necessita de ser combatido e vencido pelas armas da democracia...
É outro o presidente que tem faltado ao país:
Um presidente que longe dos salões doirados da corte político-financeira e dos apoios de Passos e Portas, conheça as reais dificuldades e privações, por aqueles impostas, por que passam milhões de portugueses;
Um presidente que em lugar de ter sido um promotor de Cavaco e Silva (enquanto líder do PSD), ou que fez a defesa fanática dos cortes salariais e das isenções fiscais para banqueiros e grandes empresas transnacionais, venha a ser antes o que Cavaco Silva de facto nunca foi, um promotor da justiça social, da cidadania e da defesa do interesse e soberania nacionais;
Um presidente que, ao contrário do actual, assuma como prioridade da sua intervenção o cumprimento da Constituição da República Portuguesa colocando-a como eixo central do exercício dos poderes presidenciais.
Incluindo os atrás citados, há todo um conjunto de valores, posições e princípios inerentes ao exercício do cargo de Presidente da República que não combinam nem se coadunam com o actual ocupante do cargo e que, mesmo que de outra feição, continuarão a ser renegados por um seu eventual sucessor suportado pelas mesmas forças políticas.
A esperança que se reabriu em Portugal depois de 4 de Outubro passado não necessita na presidência da República de um fiscal, de um controlador ou de um potencial bloqueador, necessita isso sim de quem a cultive, acarinhe e ajude a concretizar. É esse o presidente que falta!
Artigo de opinião de Mário Abrantes