Artigo de opinião de Mário Abrantes:
Poder-me-ão dizer que Durão Barroso foi nomeado presidente de uma das mais influentes instituições financeiras privadas do mundo como prémio pelos importantes serviços prestados ao sector enquanto detentor de cargos políticos, em particular enquanto Presidente da Comissão Europeia, desde 2004 até há um ano atrás. Não pretendendo negá-lo, atrevo-me no entanto a ir um pouco mais longe. Acho que, além de uma relação promíscua ocasional entre poder político e económico, esta nomeação revela que é tudo prata da mesma casa, e se a Goldman Sachs se empenhou ativamente em enterrar o mundo na crise que teve início em 2008 nos EUA, já antes Barroso estaria recrutado para prestar serviço, em cargos públicos, aos grandes interesses financeiros e bélicos instalados no mundo. O capital financeiro tansnacional não fez mais do que chamar agora para casa um dos seus homens de mão enviado durante mais de uma dezena de anos em comissão de serviço para postos de comando no sector público tanto português como plurinacional.
Durão Barroso enquanto 1º Ministro de Portugal foi o anfitrião da Cimeira das Lages em 2003 que desencadeou a invasão militar do Iraque, motivada na realidade pela busca do controlo do petróleo mundial por parte dos EUA, com as drásticas consequências para o mundo que esse ato implicou e que tem agora na crise dos refugiados a sua maior e mais obscena expressão. Ora é sabido, até pela boca de um dos participantes naquela cimeira – Tony Blair, que aquela invasão foi um ato premeditado baseado em fundamentos fictícios e, acrescento eu, constituiu um crime contra a humanidade de que Durão Barroso foi e é claramente cúmplice. Naquela circunstância o 1º Ministro de Portugal garantidamente não agiu como lhe competia a favor dos interesses do país que governava. Outros interesses presidiram portanto aos seus atos...
Em 2004 depois de se ter candidatado dois anos antes a cuidar de um país que afirmou “estar de tanga”, deserta do cargo de 1º Ministro em Portugal para ser conduzido ao de Presidente da Comissão Europeia, substituindo Romano Prodi. Mais uma vez, como ficou perfeitamente à vista, não foram os interesses e as responsabilidades inerentes ao cargo público que desempenhava aqueles que prevaleceram…
Durão Barroso pontuou numa Comissão Europeia onde o Pacto de Estabilidade e o Tratado Orçamental, visando controlar as finanças públicas e promover “reformas estruturais” (propositadamente nunca bem explicadas ou definidas), se revelaram como armas de criação de desigualdades e de empobrecimento, de atentado aos direitos laborais e à dignidade do trabalho, de retrocesso social e mesmo civilizacional em particular dos povos e países periféricos da UE. Durão Barroso pontuou numa Comissão Europeia onde à banca privada e à sua salvaguarda nunca faltaram as verbas necessárias, administradas pelo BCE (cujo presidente Mário Draghi “por acaso” também passou pela Golman Sachs), e onde relativamente aos países menos desenvolvidos, logo que os respetivos governos se propusessem a defender políticas diferentes das por ela determinadas, se reservou ao direito de gerir a respetiva soberania e a continuidade na União invetivando-os a “regressar ao caminho certo” com ameaças constantes de intervenção, de resgate ou, como agora de forma execrável com a aplicação discricionária de sanções.
As pouco invejáveis qualidades humanas de Durão Barroso já de si são bastante reveladoras da fonte de recrutamento preferencial da alta finança internacional, mas mais grave e preocupante que isso é verificar pelo exemplo da sua nomeação para a Goldman Sachs que, no final de contas, os patrões das finanças e os mercenários políticos ao seu serviço são todos membros da mesma família e vivem debaixo do mesmo teto onde a atual União Europeia se inclui, determinando no fundamental as orientações desta.
Poder-me-ão dizer que Durão Barroso foi nomeado presidente de uma das mais influentes instituições financeiras privadas do mundo como prémio pelos importantes serviços prestados ao sector enquanto detentor de cargos políticos, em particular enquanto Presidente da Comissão Europeia, desde 2004 até há um ano atrás. Não pretendendo negá-lo, atrevo-me no entanto a ir um pouco mais longe. Acho que, além de uma relação promíscua ocasional entre poder político e económico, esta nomeação revela que é tudo prata da mesma casa, e se a Goldman Sachs se empenhou ativamente em enterrar o mundo na crise que teve início em 2008 nos EUA, já antes Barroso estaria recrutado para prestar serviço, em cargos públicos, aos grandes interesses financeiros e bélicos instalados no mundo. O capital financeiro tansnacional não fez mais do que chamar agora para casa um dos seus homens de mão enviado durante mais de uma dezena de anos em comissão de serviço para postos de comando no sector público tanto português como plurinacional.
Durão Barroso enquanto 1º Ministro de Portugal foi o anfitrião da Cimeira das Lages em 2003 que desencadeou a invasão militar do Iraque, motivada na realidade pela busca do controlo do petróleo mundial por parte dos EUA, com as drásticas consequências para o mundo que esse ato implicou e que tem agora na crise dos refugiados a sua maior e mais obscena expressão. Ora é sabido, até pela boca de um dos participantes naquela cimeira – Tony Blair, que aquela invasão foi um ato premeditado baseado em fundamentos fictícios e, acrescento eu, constituiu um crime contra a humanidade de que Durão Barroso foi e é claramente cúmplice. Naquela circunstância o 1º Ministro de Portugal garantidamente não agiu como lhe competia a favor dos interesses do país que governava. Outros interesses presidiram portanto aos seus atos...
Em 2004 depois de se ter candidatado dois anos antes a cuidar de um país que afirmou “estar de tanga”, deserta do cargo de 1º Ministro em Portugal para ser conduzido ao de Presidente da Comissão Europeia, substituindo Romano Prodi. Mais uma vez, como ficou perfeitamente à vista, não foram os interesses e as responsabilidades inerentes ao cargo público que desempenhava aqueles que prevaleceram…
Durão Barroso pontuou numa Comissão Europeia onde o Pacto de Estabilidade e o Tratado Orçamental, visando controlar as finanças públicas e promover “reformas estruturais” (propositadamente nunca bem explicadas ou definidas), se revelaram como armas de criação de desigualdades e de empobrecimento, de atentado aos direitos laborais e à dignidade do trabalho, de retrocesso social e mesmo civilizacional em particular dos povos e países periféricos da UE.
Durão Barroso pontuou numa Comissão Europeia onde à banca privada e à sua salvaguarda nunca faltaram as verbas necessárias, administradas pelo BCE (cujo presidente Mário Draghi “por acaso” também passou pela Golman Sachs), e onde relativamente aos países menos desenvolvidos, logo que os respetivos governos se propusessem a defender políticas diferentes das por ela determinadas, se reservou ao direito de gerir a respetiva soberania e a continuidade na União invetivando-os a “regressar ao caminho certo” com ameaças constantes de intervenção, de resgate ou, como agora de forma execrável com a aplicação discricionária de sanções.
As pouco invejáveis qualidades humanas de Durão Barroso já de si são bastante reveladoras da fonte de recrutamento preferencial da alta finança internacional, mas mais grave e preocupante que isso é verificar pelo exemplo da sua nomeação para a Goldman Sachs que, no final de contas, os patrões das finanças e os mercenários políticos ao seu serviço são todos membros da mesma família e vivem debaixo do mesmo teto onde a atual União Europeia se inclui, determinando no fundamental as orientações desta.