Os resultados constituem, no essencial, uma resposta adequada àqueles que provocaram, injustificadamente, as eleições e àqueles que, pelo que diziam, queriam que o Pedro Miguel voltasse ao tempo do bipartidarismo dominado pelo PSD.

O PSD provocou eleições e, conhecidos os resultados, perdeu a presidência da Junta e passou de 3 eleitos para 2.
O PSD fez um enorme esforço, porta a porta, para desacreditar a CDU e faze-la recuar para o tempo (até 97) em que tinha menos que 20 votos. Não conseguiu e a CDU manteve os mesmos dois eleitos que tinha.

Em 2005 o PSD teve 148 votos agora teve 128; o PS, que agora ganhou, teve 116 em 2005 e agora 146; a CDU teve em 2005 127 votos e agora 117.
O PS passou de dois eleitos para três; o PSD passou de três para dois; a CDU manteve os mesmos dois.

Com uma diferença apenas de 29 votos entre o 1º e o 3º, Pedro Miguel continua a ter 3 forças significativas e importantes para o seu progresso.

A abstenção foi idêntica à de 2005, o que quer dizer que os eleitores assumiram as suas próprias responsabilidades.
Acontece entretanto que o PSD, que destruiu a anterior Junta, não tem quaisquer condições para ser chamado à Junta.

Naturalmente que cabe ao partido vencedor – o PS – tomar a iniciativa no que respeita à próxima constituição da Junta de Freguesia. Entretanto e dado que há um acordo municipal entre o PS e a CDU, será lógico e natural que essas duas formações, com 5 lugares numa Assembleia de Freguesia de 7, se disponham a encontrar uma solução adequada para a Junta.

Se assim for a resposta fica dada.

José Decq Mota no Jornal Diário Insular em 1 de Abril de 08