Li há dias, aqui no Diário Insular, uma reflexão do seu ilustre
Director, Dr. José Lourenço, que me merece inteiro aplauso e apoio. Essa oportuna reflexão visava responder aos que, à boca grande ou à
boca pequena, andam a defender ou prometer a construção de um cais para
navios de cruzeiro na Baia de Angra do Heroísmo.
O Dr. José Lourenço, com o bom senso próprio das pessoas inteligentes, recusa a ideia e lembra que na ilha Terceira existe o porto da Praia da Vitória.
Admito que no imenso porto da segunda cidade terceirense possam vir a ser criadas melhores condições para esta actividade específica, pois espaço é o que lá não falta. Mas também é bom lembrar, neste tempo de Portas do Mar, que o turismo marítimo em navios de cruzeiro tem os seus melhores mercados em zonas do mundo onde a geografia possibilita que o cruzeiro seja organizado com escalas que não obrigam a muitos dias seguidos de mar. Para aqui se chegar são sempre precisos vários dias e isso leva a que a maior parte dos cruzeiros que aqui vêm são acoplados a viagens de posicionamento que o navio tem que fazer. Os Açores, nos anos mais próximos, terão navios de cruzeiro, como têm há muitos anos, mas não serão em número que espante e, tenho a certeza, nenhum promotor se vai espantar com as Portas do Mar!
Deixemos a bela Baia de Angra como já está e tenhamos a certeza de que não há ninguém com bom senso que, embora desembarcando a 25 km, não queira ir ver a cidade açoriana que é Património Mundial.
È preciso bom senso para definir as prioridades do investimento e acho que, nas questões portuárias, já se confundiu demasiadamente necessidades de investimento com vaidades desmedidas.
José Decq Mota no Jornal “Diário Insular” em 30 de Setembro de 2008
Admito que no imenso porto da segunda cidade terceirense possam vir a ser criadas melhores condições para esta actividade específica, pois espaço é o que lá não falta. Mas também é bom lembrar, neste tempo de Portas do Mar, que o turismo marítimo em navios de cruzeiro tem os seus melhores mercados em zonas do mundo onde a geografia possibilita que o cruzeiro seja organizado com escalas que não obrigam a muitos dias seguidos de mar. Para aqui se chegar são sempre precisos vários dias e isso leva a que a maior parte dos cruzeiros que aqui vêm são acoplados a viagens de posicionamento que o navio tem que fazer. Os Açores, nos anos mais próximos, terão navios de cruzeiro, como têm há muitos anos, mas não serão em número que espante e, tenho a certeza, nenhum promotor se vai espantar com as Portas do Mar!
Deixemos a bela Baia de Angra como já está e tenhamos a certeza de que não há ninguém com bom senso que, embora desembarcando a 25 km, não queira ir ver a cidade açoriana que é Património Mundial.
È preciso bom senso para definir as prioridades do investimento e acho que, nas questões portuárias, já se confundiu demasiadamente necessidades de investimento com vaidades desmedidas.
José Decq Mota no Jornal “Diário Insular” em 30 de Setembro de 2008