
Esta reunião plenária da DORAA alargada aos membros do CRA fez um balanço à actividade política desenvolvida pela organização do PCP Açores, aprovou uma proposta de calendarização de Encontros da CDU Açores que abordarão áreas como a coesão social e económica, a integração europeia, a cultura, o desporto, o estado da economia regional ou os efeitos do novo quadro financeiro decorrente da Lei das Finanças Regionais e Locais e do QRESA, e procedeu à análise e discussão da situação política nacional e regional.
Este encontro com a comunicação social visa divulgar as principais conclusões da reunião no passado fim-de-semana. Conclusões que apresentamos num formato, necessariamente sucinto mas, onde procuramos dar destaque aos aspectos que pela sua pertinência, importância e actualidade política, consideramos serem do interesse da generalidade da opinião pública regional.
1. Organização e intervenção política
Sendo 2007 um ano pré-eleitoral PCP e a CDU Açores irão, ao longo deste ano, empenhar-se no contacto e diálogo com as populações, as organizações económicas, sindicais, sociais, culturais e desportivas com o objectivo de aprofundar a actualizar o conhecimento da realidade regional potenciando, assim, a sua capacidade de intervenção no espaço público regional e recolhendo contributos para a construção do seu programa eleitoral para as eleições de 2008. Estas actividades irão consubstanciar-se nos encontros "O Futuro em Debate" e em visitas do Coordenador Regional a todas as ilhas, onde manterá reuniões com organizações públicas e privadas e contactos com militantes e simpatizantes do PCP e da CDU Açores. As Comissões CDU de Ilha vão, igualmente promover um conjunto de acções, com vários formatos, que visam a preparação dos programas eleitorais de ilha que serão apresentados durante o primeiro semestre de 2008.
A DORAA do PCP aprovou, igualmente, o plano da visita do Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, à ilha de S. Miguel que se realiza no próximo dia 11, sexta-feira. Desta visita, cujo programa vai hoje ser divulgado integralmente, destacamos o seguinte:
. Visita à Cofaco, em Rabo de Peixe - Reunião com a administração e visita à fábrica; e um encontro com as trabalhadoras
. Visita à Fábrica do Chá Gorreana
. Visita à Ribeira Quente
Esta visita do Secretário-geral enquadra-se na actividade do PCP de permanente contacto com os trabalhadores, as populações e as realidades locais e regionais.
2. Situação política
2.1 Nacional
A situação política, económica e social continua a agravar-se e nem as manobras de diversão ou os "fait-divers", que a comunicação social nacional habilmente monta e desmonta, disfarçam a dura realidade do desemprego, da pobreza e da exclusão em que uma parte significativa da população portuguesa está mergulhada.
Nem isso, nem as tentativas de silenciar a voz da esquerda que conta, que incomoda. E de que é exemplo, mais recente, o último programa "Prós e Contras" da RTP 1. Só foram convidados Prós! Da direita e da esquerda mas, somente Prós. Além de que, a moderadora e autora do "Prós e Contras" situa-se ao centro dos Prós. As vozes que incomodam e que nem o fascismo conseguiu silenciar, mas que a RTP 1 tentou amordaçar, também pode ler-se censurar, fizeram-se ouvir no exterior. Mais de um milhar de pessoas manifestaram-se contra a exclusão do PCP daquele programa. Não há critérios editoriais e jornalísticos que justifiquem tamanha tentativa de silenciamento da voz da esquerda que conta. A voz do PCP!
A voz do PCP conta e incomoda porque não aceita estas inevitabilidades "sócráticas", nem aceita engenharias políticas que vilipendiam o trabalho, os trabalhadores e os preceitos constitucionais que garantem aos portugueses a liberdade, o trabalho com direitos, a saúde e a educação. Para além da continuada e interminável crise com que o país se debate começa a tornar-se visível o défice democrático instalado e que, com este governo e este primeiro-ministro se tem vindo a aprofundar. O silenciamento de quem ousa propor alternativas e as tentativas de coacção sobre dirigentes políticos e sindicais está a tornar-se uma perigosa rotina neste país. País onde os cravos floriram há 33 anos numa Revolução que trouxe para Portugal e para os portugueses a dignidade, a liberdade e a democracia agora amesquinhadas.
A contínua desvalorização do trabalho e dos trabalhadores e a ofensiva generalizada contra os direitos sociais e laborais dos trabalhadores do sector público e privado e a onda fundamentalista de destruição dos sectores sociais do estado vão merecer no dia 30 de Maio uma resposta adequada, como adequadas têm sido as lutas contra estas políticas e a exigência de uma ruptura democrática com o caminho seguido de um governo que elegeu o trabalho como inimigo e que pretende privatizar os sectores sociais do estado entregando-os à voragem dos grandes grupos económicos. O PCP Açores saúda todos os trabalhadores e as populações que no continente, na Madeira e nos Açores não se deixam silenciar e que lutam, não por previlégios mas, por direitos individuais e colectivos.
A anunciada Greve Geral do dia 30 de Maio surge como resultado da evolução natural da luta contra as políticas que conduziram o país à crise que sendo social e económica, mais do que financeira, é sobretudo uma crise de valores onde graça a corrupção e o tráfico de influências.
2.2 Regional
Sendo recorrente, como recorrentes são as políticas adoptadas e as práticas de exercício do poder na Região, a DORAA do PCP considera que também nos Açores as lutas, em defesa da dignidade humana que a Constituição da República consagra, têm toda a legitimidade e, sobretudo razões de sobra para que os trabalhadores açorianos adiram à Greve Geral de 30 de Maio, e que as populações demonstrem apoio e solidariedade a esta luta. Luta por conquistas civilizacionais que se traduzem em direitos reconhecidos universalmente, e não por privilégios como quem os detém tenta, a todo o custo e por todos os meios, fazer crer junto da opinião pública.
Os indicadores sociais e económicos da Região situam-nos no fundo da tabela do desenvolvimento das restantes regiões do país e da Europa. O aumento do custo de vida, que nem as taxas de inflação conseguem disfarçar, o desemprego estrutural que se instalou apesar de o governo insistir em escondê-lo por detrás de uma taxa virtual, como virtual é a política regional de coesão social e económica. Mas bem reais são as políticas levadas a cabo pelo governo regional que tendem, cada vez mais, a assemelhar-se ás do governo central nos efeitos que no presente e a prazo produzem no tecido social e económico regional.
São os trabalhadores que mais sentem os efeitos de uma política de concentração da riqueza com a diminuição do rendimento e dos direitos, são as populações que se vêm privadas dos serviços públicos e do direito ao não isolamento e à mobilidade mas são, também os micro, os pequenos e os médios empresários, empresas que efectivamente estruturam social e economicamente a Região, que vêem o seu futuro ameaçado por políticas económicas desadequadas à realidade da nossa economia.
Assim, a DORAA do PCP apela a todos os sindicatos e a todos os trabalhadores que se empenhem no esclarecimento dos motivos da Greve Geral e que se mobilizem para que, também aqui na Região, o dia 30 de Maio se traduza numa grande jornada de luta contra estas políticas.
A DORAA do PCP Açores apela à população para que demonstre a sua solidariedade e apoio aos trabalhadores em luta por uma Região e um País onde a justiça social e económica seja uma realidade.
Este encontro com a comunicação social visa divulgar as principais conclusões da reunião no passado fim-de-semana. Conclusões que apresentamos num formato, necessariamente sucinto mas, onde procuramos dar destaque aos aspectos que pela sua pertinência, importância e actualidade política, consideramos serem do interesse da generalidade da opinião pública regional.
1. Organização e intervenção política
Sendo 2007 um ano pré-eleitoral PCP e a CDU Açores irão, ao longo deste ano, empenhar-se no contacto e diálogo com as populações, as organizações económicas, sindicais, sociais, culturais e desportivas com o objectivo de aprofundar a actualizar o conhecimento da realidade regional potenciando, assim, a sua capacidade de intervenção no espaço público regional e recolhendo contributos para a construção do seu programa eleitoral para as eleições de 2008. Estas actividades irão consubstanciar-se nos encontros "O Futuro em Debate" e em visitas do Coordenador Regional a todas as ilhas, onde manterá reuniões com organizações públicas e privadas e contactos com militantes e simpatizantes do PCP e da CDU Açores. As Comissões CDU de Ilha vão, igualmente promover um conjunto de acções, com vários formatos, que visam a preparação dos programas eleitorais de ilha que serão apresentados durante o primeiro semestre de 2008.
A DORAA do PCP aprovou, igualmente, o plano da visita do Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, à ilha de S. Miguel que se realiza no próximo dia 11, sexta-feira. Desta visita, cujo programa vai hoje ser divulgado integralmente, destacamos o seguinte:
. Visita à Cofaco, em Rabo de Peixe - Reunião com a administração e visita à fábrica; e um encontro com as trabalhadoras
. Visita à Fábrica do Chá Gorreana
. Visita à Ribeira Quente
Esta visita do Secretário-geral enquadra-se na actividade do PCP de permanente contacto com os trabalhadores, as populações e as realidades locais e regionais.
2. Situação política
2.1 Nacional
A situação política, económica e social continua a agravar-se e nem as manobras de diversão ou os "fait-divers", que a comunicação social nacional habilmente monta e desmonta, disfarçam a dura realidade do desemprego, da pobreza e da exclusão em que uma parte significativa da população portuguesa está mergulhada.
Nem isso, nem as tentativas de silenciar a voz da esquerda que conta, que incomoda. E de que é exemplo, mais recente, o último programa "Prós e Contras" da RTP 1. Só foram convidados Prós! Da direita e da esquerda mas, somente Prós. Além de que, a moderadora e autora do "Prós e Contras" situa-se ao centro dos Prós. As vozes que incomodam e que nem o fascismo conseguiu silenciar, mas que a RTP 1 tentou amordaçar, também pode ler-se censurar, fizeram-se ouvir no exterior. Mais de um milhar de pessoas manifestaram-se contra a exclusão do PCP daquele programa. Não há critérios editoriais e jornalísticos que justifiquem tamanha tentativa de silenciamento da voz da esquerda que conta. A voz do PCP!
A voz do PCP conta e incomoda porque não aceita estas inevitabilidades "sócráticas", nem aceita engenharias políticas que vilipendiam o trabalho, os trabalhadores e os preceitos constitucionais que garantem aos portugueses a liberdade, o trabalho com direitos, a saúde e a educação. Para além da continuada e interminável crise com que o país se debate começa a tornar-se visível o défice democrático instalado e que, com este governo e este primeiro-ministro se tem vindo a aprofundar. O silenciamento de quem ousa propor alternativas e as tentativas de coacção sobre dirigentes políticos e sindicais está a tornar-se uma perigosa rotina neste país. País onde os cravos floriram há 33 anos numa Revolução que trouxe para Portugal e para os portugueses a dignidade, a liberdade e a democracia agora amesquinhadas.
A contínua desvalorização do trabalho e dos trabalhadores e a ofensiva generalizada contra os direitos sociais e laborais dos trabalhadores do sector público e privado e a onda fundamentalista de destruição dos sectores sociais do estado vão merecer no dia 30 de Maio uma resposta adequada, como adequadas têm sido as lutas contra estas políticas e a exigência de uma ruptura democrática com o caminho seguido de um governo que elegeu o trabalho como inimigo e que pretende privatizar os sectores sociais do estado entregando-os à voragem dos grandes grupos económicos. O PCP Açores saúda todos os trabalhadores e as populações que no continente, na Madeira e nos Açores não se deixam silenciar e que lutam, não por previlégios mas, por direitos individuais e colectivos.
A anunciada Greve Geral do dia 30 de Maio surge como resultado da evolução natural da luta contra as políticas que conduziram o país à crise que sendo social e económica, mais do que financeira, é sobretudo uma crise de valores onde graça a corrupção e o tráfico de influências.
2.2 Regional
Sendo recorrente, como recorrentes são as políticas adoptadas e as práticas de exercício do poder na Região, a DORAA do PCP considera que também nos Açores as lutas, em defesa da dignidade humana que a Constituição da República consagra, têm toda a legitimidade e, sobretudo razões de sobra para que os trabalhadores açorianos adiram à Greve Geral de 30 de Maio, e que as populações demonstrem apoio e solidariedade a esta luta. Luta por conquistas civilizacionais que se traduzem em direitos reconhecidos universalmente, e não por privilégios como quem os detém tenta, a todo o custo e por todos os meios, fazer crer junto da opinião pública.
Os indicadores sociais e económicos da Região situam-nos no fundo da tabela do desenvolvimento das restantes regiões do país e da Europa. O aumento do custo de vida, que nem as taxas de inflação conseguem disfarçar, o desemprego estrutural que se instalou apesar de o governo insistir em escondê-lo por detrás de uma taxa virtual, como virtual é a política regional de coesão social e económica. Mas bem reais são as políticas levadas a cabo pelo governo regional que tendem, cada vez mais, a assemelhar-se ás do governo central nos efeitos que no presente e a prazo produzem no tecido social e económico regional.
São os trabalhadores que mais sentem os efeitos de uma política de concentração da riqueza com a diminuição do rendimento e dos direitos, são as populações que se vêm privadas dos serviços públicos e do direito ao não isolamento e à mobilidade mas são, também os micro, os pequenos e os médios empresários, empresas que efectivamente estruturam social e economicamente a Região, que vêem o seu futuro ameaçado por políticas económicas desadequadas à realidade da nossa economia.
Assim, a DORAA do PCP apela a todos os sindicatos e a todos os trabalhadores que se empenhem no esclarecimento dos motivos da Greve Geral e que se mobilizem para que, também aqui na Região, o dia 30 de Maio se traduza numa grande jornada de luta contra estas políticas.
A DORAA do PCP Açores apela à população para que demonstre a sua solidariedade e apoio aos trabalhadores em luta por uma Região e um País onde a justiça social e económica seja uma realidade.