No passado sábado, dia 5 de Maio, realizou-se em Ponta Delgada, a
reunião plenária da DORAA do PCP. Para além dos membros da Direcção
Regional do PCP Açores, participaram também os membros do Conselho
Regional residentes na ilha de S. Miguel.
Esta reunião plenária da DORAA alargada aos membros do CRA fez um balanço à actividade política desenvolvida pela organização do PCP Açores, aprovou uma proposta de calendarização de Encontros da CDU Açores que abordarão áreas como a coesão social e económica, a integração europeia, a cultura, o desporto, o estado da economia regional ou os efeitos do novo quadro financeiro decorrente da Lei das Finanças Regionais e Locais e do QRESA, e procedeu à análise e discussão da situação política nacional e regional.
Este encontro com a comunicação social visa divulgar as principais conclusões da reunião no passado fim-de-semana. Conclusões que apresentamos num formato, necessariamente sucinto mas, onde procuramos dar destaque aos aspectos que pela sua pertinência, importância e actualidade política, consideramos serem do interesse da generalidade da opinião pública regional.
1. Organização e intervenção política
Sendo 2007 um ano pré-eleitoral PCP e a CDU Açores irão, ao longo deste ano, empenhar-se no contacto e diálogo com as populações, as organizações económicas, sindicais, sociais, culturais e desportivas com o objectivo de aprofundar a actualizar o conhecimento da realidade regional potenciando, assim, a sua capacidade de intervenção no espaço público regional e recolhendo contributos para a construção do seu programa eleitoral para as eleições de 2008. Estas actividades irão consubstanciar-se nos encontros "O Futuro em Debate" e em visitas do Coordenador Regional a todas as ilhas, onde manterá reuniões com organizações públicas e privadas e contactos com militantes e simpatizantes do PCP e da CDU Açores. As Comissões CDU de Ilha vão, igualmente promover um conjunto de acções, com vários formatos, que visam a preparação dos programas eleitorais de ilha que serão apresentados durante o primeiro semestre de 2008.
A DORAA do PCP aprovou, igualmente, o plano da visita do Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, à ilha de S. Miguel que se realiza no próximo dia 11, sexta-feira. Desta visita, cujo programa vai hoje ser divulgado integralmente, destacamos o seguinte:
. Visita à Cofaco, em Rabo de Peixe - Reunião com a administração e visita à fábrica; e um encontro com as trabalhadoras
. Visita à Fábrica do Chá Gorreana
. Visita à Ribeira Quente
Esta visita do Secretário-geral enquadra-se na actividade do PCP de permanente contacto com os trabalhadores, as populações e as realidades locais e regionais.
2. Situação política
2.1 Nacional
A situação política, económica e social continua a agravar-se e nem as manobras de diversão ou os "fait-divers", que a comunicação social nacional habilmente monta e desmonta, disfarçam a dura realidade do desemprego, da pobreza e da exclusão em que uma parte significativa da população portuguesa está mergulhada.
Nem isso, nem as tentativas de silenciar a voz da esquerda que conta, que incomoda. E de que é exemplo, mais recente, o último programa "Prós e Contras" da RTP 1. Só foram convidados Prós! Da direita e da esquerda mas, somente Prós. Além de que, a moderadora e autora do "Prós e Contras" situa-se ao centro dos Prós. As vozes que incomodam e que nem o fascismo conseguiu silenciar, mas que a RTP 1 tentou amordaçar, também pode ler-se censurar, fizeram-se ouvir no exterior. Mais de um milhar de pessoas manifestaram-se contra a exclusão do PCP daquele programa. Não há critérios editoriais e jornalísticos que justifiquem tamanha tentativa de silenciamento da voz da esquerda que conta. A voz do PCP!
A voz do PCP conta e incomoda porque não aceita estas inevitabilidades "sócráticas", nem aceita engenharias políticas que vilipendiam o trabalho, os trabalhadores e os preceitos constitucionais que garantem aos portugueses a liberdade, o trabalho com direitos, a saúde e a educação. Para além da continuada e interminável crise com que o país se debate começa a tornar-se visível o défice democrático instalado e que, com este governo e este primeiro-ministro se tem vindo a aprofundar. O silenciamento de quem ousa propor alternativas e as tentativas de coacção sobre dirigentes políticos e sindicais está a tornar-se uma perigosa rotina neste país. País onde os cravos floriram há 33 anos numa Revolução que trouxe para Portugal e para os portugueses a dignidade, a liberdade e a democracia agora amesquinhadas.
A contínua desvalorização do trabalho e dos trabalhadores e a ofensiva generalizada contra os direitos sociais e laborais dos trabalhadores do sector público e privado e a onda fundamentalista de destruição dos sectores sociais do estado vão merecer no dia 30 de Maio uma resposta adequada, como adequadas têm sido as lutas contra estas políticas e a exigência de uma ruptura democrática com o caminho seguido de um governo que elegeu o trabalho como inimigo e que pretende privatizar os sectores sociais do estado entregando-os à voragem dos grandes grupos económicos. O PCP Açores saúda todos os trabalhadores e as populações que no continente, na Madeira e nos Açores não se deixam silenciar e que lutam, não por previlégios mas, por direitos individuais e colectivos.
A anunciada Greve Geral do dia 30 de Maio surge como resultado da evolução natural da luta contra as políticas que conduziram o país à crise que sendo social e económica, mais do que financeira, é sobretudo uma crise de valores onde graça a corrupção e o tráfico de influências.
2.2 Regional
Sendo recorrente, como recorrentes são as políticas adoptadas e as práticas de exercício do poder na Região, a DORAA do PCP considera que também nos Açores as lutas, em defesa da dignidade humana que a Constituição da República consagra, têm toda a legitimidade e, sobretudo razões de sobra para que os trabalhadores açorianos adiram à Greve Geral de 30 de Maio, e que as populações demonstrem apoio e solidariedade a esta luta. Luta por conquistas civilizacionais que se traduzem em direitos reconhecidos universalmente, e não por privilégios como quem os detém tenta, a todo o custo e por todos os meios, fazer crer junto da opinião pública.
Os indicadores sociais e económicos da Região situam-nos no fundo da tabela do desenvolvimento das restantes regiões do país e da Europa. O aumento do custo de vida, que nem as taxas de inflação conseguem disfarçar, o desemprego estrutural que se instalou apesar de o governo insistir em escondê-lo por detrás de uma taxa virtual, como virtual é a política regional de coesão social e económica. Mas bem reais são as políticas levadas a cabo pelo governo regional que tendem, cada vez mais, a assemelhar-se ás do governo central nos efeitos que no presente e a prazo produzem no tecido social e económico regional.
São os trabalhadores que mais sentem os efeitos de uma política de concentração da riqueza com a diminuição do rendimento e dos direitos, são as populações que se vêm privadas dos serviços públicos e do direito ao não isolamento e à mobilidade mas são, também os micro, os pequenos e os médios empresários, empresas que efectivamente estruturam social e economicamente a Região, que vêem o seu futuro ameaçado por políticas económicas desadequadas à realidade da nossa economia.
Assim, a DORAA do PCP apela a todos os sindicatos e a todos os trabalhadores que se empenhem no esclarecimento dos motivos da Greve Geral e que se mobilizem para que, também aqui na Região, o dia 30 de Maio se traduza numa grande jornada de luta contra estas políticas.
A DORAA do PCP Açores apela à população para que demonstre a sua solidariedade e apoio aos trabalhadores em luta por uma Região e um País onde a justiça social e económica seja uma realidade.
Este encontro com a comunicação social visa divulgar as principais conclusões da reunião no passado fim-de-semana. Conclusões que apresentamos num formato, necessariamente sucinto mas, onde procuramos dar destaque aos aspectos que pela sua pertinência, importância e actualidade política, consideramos serem do interesse da generalidade da opinião pública regional.
1. Organização e intervenção política
Sendo 2007 um ano pré-eleitoral PCP e a CDU Açores irão, ao longo deste ano, empenhar-se no contacto e diálogo com as populações, as organizações económicas, sindicais, sociais, culturais e desportivas com o objectivo de aprofundar a actualizar o conhecimento da realidade regional potenciando, assim, a sua capacidade de intervenção no espaço público regional e recolhendo contributos para a construção do seu programa eleitoral para as eleições de 2008. Estas actividades irão consubstanciar-se nos encontros "O Futuro em Debate" e em visitas do Coordenador Regional a todas as ilhas, onde manterá reuniões com organizações públicas e privadas e contactos com militantes e simpatizantes do PCP e da CDU Açores. As Comissões CDU de Ilha vão, igualmente promover um conjunto de acções, com vários formatos, que visam a preparação dos programas eleitorais de ilha que serão apresentados durante o primeiro semestre de 2008.
A DORAA do PCP aprovou, igualmente, o plano da visita do Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, à ilha de S. Miguel que se realiza no próximo dia 11, sexta-feira. Desta visita, cujo programa vai hoje ser divulgado integralmente, destacamos o seguinte:
. Visita à Cofaco, em Rabo de Peixe - Reunião com a administração e visita à fábrica; e um encontro com as trabalhadoras
. Visita à Fábrica do Chá Gorreana
. Visita à Ribeira Quente
Esta visita do Secretário-geral enquadra-se na actividade do PCP de permanente contacto com os trabalhadores, as populações e as realidades locais e regionais.
2. Situação política
2.1 Nacional
A situação política, económica e social continua a agravar-se e nem as manobras de diversão ou os "fait-divers", que a comunicação social nacional habilmente monta e desmonta, disfarçam a dura realidade do desemprego, da pobreza e da exclusão em que uma parte significativa da população portuguesa está mergulhada.
Nem isso, nem as tentativas de silenciar a voz da esquerda que conta, que incomoda. E de que é exemplo, mais recente, o último programa "Prós e Contras" da RTP 1. Só foram convidados Prós! Da direita e da esquerda mas, somente Prós. Além de que, a moderadora e autora do "Prós e Contras" situa-se ao centro dos Prós. As vozes que incomodam e que nem o fascismo conseguiu silenciar, mas que a RTP 1 tentou amordaçar, também pode ler-se censurar, fizeram-se ouvir no exterior. Mais de um milhar de pessoas manifestaram-se contra a exclusão do PCP daquele programa. Não há critérios editoriais e jornalísticos que justifiquem tamanha tentativa de silenciamento da voz da esquerda que conta. A voz do PCP!
A voz do PCP conta e incomoda porque não aceita estas inevitabilidades "sócráticas", nem aceita engenharias políticas que vilipendiam o trabalho, os trabalhadores e os preceitos constitucionais que garantem aos portugueses a liberdade, o trabalho com direitos, a saúde e a educação. Para além da continuada e interminável crise com que o país se debate começa a tornar-se visível o défice democrático instalado e que, com este governo e este primeiro-ministro se tem vindo a aprofundar. O silenciamento de quem ousa propor alternativas e as tentativas de coacção sobre dirigentes políticos e sindicais está a tornar-se uma perigosa rotina neste país. País onde os cravos floriram há 33 anos numa Revolução que trouxe para Portugal e para os portugueses a dignidade, a liberdade e a democracia agora amesquinhadas.
A contínua desvalorização do trabalho e dos trabalhadores e a ofensiva generalizada contra os direitos sociais e laborais dos trabalhadores do sector público e privado e a onda fundamentalista de destruição dos sectores sociais do estado vão merecer no dia 30 de Maio uma resposta adequada, como adequadas têm sido as lutas contra estas políticas e a exigência de uma ruptura democrática com o caminho seguido de um governo que elegeu o trabalho como inimigo e que pretende privatizar os sectores sociais do estado entregando-os à voragem dos grandes grupos económicos. O PCP Açores saúda todos os trabalhadores e as populações que no continente, na Madeira e nos Açores não se deixam silenciar e que lutam, não por previlégios mas, por direitos individuais e colectivos.
A anunciada Greve Geral do dia 30 de Maio surge como resultado da evolução natural da luta contra as políticas que conduziram o país à crise que sendo social e económica, mais do que financeira, é sobretudo uma crise de valores onde graça a corrupção e o tráfico de influências.
2.2 Regional
Sendo recorrente, como recorrentes são as políticas adoptadas e as práticas de exercício do poder na Região, a DORAA do PCP considera que também nos Açores as lutas, em defesa da dignidade humana que a Constituição da República consagra, têm toda a legitimidade e, sobretudo razões de sobra para que os trabalhadores açorianos adiram à Greve Geral de 30 de Maio, e que as populações demonstrem apoio e solidariedade a esta luta. Luta por conquistas civilizacionais que se traduzem em direitos reconhecidos universalmente, e não por privilégios como quem os detém tenta, a todo o custo e por todos os meios, fazer crer junto da opinião pública.
Os indicadores sociais e económicos da Região situam-nos no fundo da tabela do desenvolvimento das restantes regiões do país e da Europa. O aumento do custo de vida, que nem as taxas de inflação conseguem disfarçar, o desemprego estrutural que se instalou apesar de o governo insistir em escondê-lo por detrás de uma taxa virtual, como virtual é a política regional de coesão social e económica. Mas bem reais são as políticas levadas a cabo pelo governo regional que tendem, cada vez mais, a assemelhar-se ás do governo central nos efeitos que no presente e a prazo produzem no tecido social e económico regional.
São os trabalhadores que mais sentem os efeitos de uma política de concentração da riqueza com a diminuição do rendimento e dos direitos, são as populações que se vêm privadas dos serviços públicos e do direito ao não isolamento e à mobilidade mas são, também os micro, os pequenos e os médios empresários, empresas que efectivamente estruturam social e economicamente a Região, que vêem o seu futuro ameaçado por políticas económicas desadequadas à realidade da nossa economia.
Assim, a DORAA do PCP apela a todos os sindicatos e a todos os trabalhadores que se empenhem no esclarecimento dos motivos da Greve Geral e que se mobilizem para que, também aqui na Região, o dia 30 de Maio se traduza numa grande jornada de luta contra estas políticas.
A DORAA do PCP Açores apela à população para que demonstre a sua solidariedade e apoio aos trabalhadores em luta por uma Região e um País onde a justiça social e económica seja uma realidade.