CDU AçoresCDU Açores

  • Entrada
  • Temas
    • Parlamento Regional
    • Assembleia da República
    • Parlamento Europeu
    • PCP
    • PEV
    • Economia
    • Trabalhadores
    • Serviços Públicos
    • Saúde
    • Educação e Cultura
    • Transportes e Turismo
    • Justiça
    • Acção Social
    • Ambiente e Mar
    • Outros temas
  • Ilhas
    • Santa Maria
    • São Miguel
    • Terceira
    • Graciosa
    • São Jorge
    • Pico
    • Faial
    • Flores
    • Corvo
  • Opinião
  • Contactar
    • Sedes da CDU
  1. Entrada
  2. Temas
  3. Geral
  4. Comunicado da Direção Regional do PCP

Temas

13 janeiro 2020

Comunicado da Direção Regional do PCP

  • Imprimir
  • Email
Twitter

conf doraa 21outA Direção da Organização Regional do PCP, reunida no dia 11 Janeiro de 2020, analisou a situação política e social regional e nacional, traçou as principais linhas de intervenção política, bem como as prioridades de trabalho do PCP nos Açores. Ficou ainda definido a realização do XI Congresso Regional do PCP para os dias 4 e 5 de Abril deste ano, na cidade da Horta, Ilha do Faial.

 COMUNICADO DE IMPRENSA

Reunião da DORAA do PCP – 11 de Janeiro de 2020

 

A Direção Regional do PCP Açores (DORAA) esteve reunida este Sábado, em Ponta Delgada, para analisar a situação política e social nacional e regional e definir as principais linhas de intervenção política e as prioridades de trabalho do PCP Açores.

A situação económica e social da Região é preocupante. Os Açores têm 80 mil pessoas a viver em situação de pobreza. Isso significa que 3 em cada 10 açorianos vivem com menos de 501 euros mensais, e mais de 16 mil pessoas sobrevivem com o Rendimento Social de Inserção, perfazendo um total de 6 mil famílias.

Relativamente à classe trabalhadora, o número de precários ronda os 23400, o que corresponde a 23% dos trabalhadores da Região. Isto demonstra bem o fracasso das políticas seguidas pelos sucessivos governos regionais e da República, com efeitos bem negativos na vida de povo açoriano e dos seus trabalhadores. Acentuaram-se também os fenómenos de concentração e centralização do investimento público, o que contribuiu para o aumento das assimetrias de desenvolvimento entre as várias ilhas da Região e entre concelhos dentro das mesmas ilhas.

O contínuo recuo dos direitos sociais e laborais, ainda que travados em larga medida com a queda do Governo PSD/CDS em 2015, continua a ser preocupante. Os contratos a prazo e sazonais tornaram-se a regra sem exceção nos novos contratos de trabalho, a par de múltiplas outras formas de trabalho precário e sem direitos, entre as quais a utilização abusiva e sistemática de trabalhadores em programas ocupacionais e/ou de estágio para desempregados e para quem procura o seu primeiro emprego.

Para o PCP/Açores, a defesa dos postos de trabalho dos trabalhadores portugueses na Base das Lajes é a contrapartida mais efetiva, senão única, face à utilização daquela infraestrutura pelos Norte-Americanos. Defendemos o estabelecimento de um contingente mínimo de trabalhadores portugueses, nunca podendo este contingente ser inferior a 450 pessoas.

O PCP/Açores lamenta e repudia a situação de 13 trabalhadores precários da Base das Lajes, alguns destes em funções desde 2001, que passam pelo drama de serem dispensados, tendo já sido concretizada a saída de dois deles, estando ainda prevista a saída de mais 2 nos próximos meses.

Estes trabalhadores não podem continuar a ver a sua vida ser suspensa. Estes trabalhadores não são descartáveis. Não é aceitável nem justo que um Estado estrangeiro venha impor precariedade no Estado português!

O combate à precariedade assume-se, neste contexto, como uma prioridade. A precariedade promove a insegurança e o empobrecimento dos trabalhadores e das suas famílias; é um foco de exploração e desigualdades e um elemento de fragilização da sociedade que põe em causa o desenvolvimento da Região e do País.

Os salários, também sofreram uma profunda retração, generalizando-se o salário mínimo para cada vez mais postos de trabalho, acentuando-se a enorme desigualdade salarial entre homens e mulheres e alargando-se mais o fosso entre os salários médios dos trabalhadores do continente português e os dos Açores. O salário mensal de um trabalhador açoriano é, em média, 110 eutos mais baixo quando comparado com o de qualquer outro trabalhador português

Apesar de não contemplar muitas situações de inatividade ou subemprego real, e de aparecer falseada por programas de formação profissional e programas ocupacionais, a taxa real do desemprego é alarmante. Os jovens até aos 35 anos representam mais de 30% do total dos desempregado. 1 em cada 3 jovens está desempregado, sendo esta situação um flagelo social gravíssimo, empurrando cada vez mais açorianos, em especial jovens, para a emigração.

Aumentaram as dificuldades das famílias e o custo de bens e serviços essenciais. Aumentam as dificuldades no acesso à saúde e restringe-se o acesso à educação e ao conhecimento, nomeadamente ao Ensino Superior.

O resultado de todos estes fatores é o alastrar de situações de carência económica grave e de pobreza, mesmo entre trabalhadores empregados, que têm de ser compensados por apoios do RSI, deixando uma fatia cada vez maior da população sem possibilidades de assegurar uma existência digna e sem perspetivas de futuro.

Passados quatro meses da passagem do furacão Lorenzo e da destruição do porto comercial das Lajes das Flores, o abastecimento de bens e mercadorias à Ilhas das Flores e Corvo encontra-se num estado lamentável, com muitos empresários a denunciarem a rutura de stocks de diversos produtos de primeira necessidade.

Neste período, o abastecimento de bens e mercadorias às Ilhas do grupo Ocidental foi claramente insuficiente, tendo o PCP alertado por diversas vezes para uma situação que poderia ter sido evitada através de um abastecimento regular.

As soluções encontradas nunca foram suficientes e sempre estiveram condicionadas, sendo que estas ilhas sofrem com os efeitos destas decisões governativas desastrosas.

A economia destas Ilhas não aguentará por muito mais tempo se não houver um meio eficaz de aprovisionamento. Falta,  por exemplo, assegurar o transporte das centenas de cabeças de gado vivo que os agricultores florentinos não conseguem exportar, apesar de estarem prontas para sair.

O PCP defende que é necessário e urgente adotar medidas para a resolução imediata desta situação e para evitar que o mesmo volte a acontecer.

O atual quadro parlamentar plural na Região é marcado negativamente pela existência de uma maioria absoluta que condiciona o diálogo democrático, menorizando o papel da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA).

A influência social e política do PCP nos Açores e a importância da eleição de deputados para a ALRAA é não só reconhecida, mas geralmente considerada fundamental para a democracia e para a autonomia regional.

Esse reconhecimento por parte da sociedade açoriana não tem tido a correspondente expressão eleitoral, por isso cabe-nos, desde logo, ultrapassar essas barreiras e intensificarmos a nossa ação junto do povo açoriano, demonstrando assim que o PCP e a CDU têm um papel fundamental e eficaz nos Açores.

A DORAA do PCP marcou para os dias 4 e 5 de Abril a realização do XI Congresso Regional do PCP na cidade da Horta, ilha do Faial.

A DORAA do PCP reafirma a necessidade, o compromisso e a prioridade de intervir política e institucionalmente sobre as questões do trabalho com direitos, do combate à precariedade laboral, do combate à pobreza e à exclusão social, da valorização salarial, dos rendimentos das famílias, dos complementos regionais da coesão, da justiça e do desagravamento fiscal, de dinamização do mercado interno, da fiscalidade e dos serviços públicos de qualidade e da tutela do ambiente.

Com o reforço do PCP, relativamente a qualquer um destes assuntos os açorianos poderão contar com uma intervenção firme e orientada para um crescimento real e equitativmente distribuído.

O PCP considera que o crescimento económico da Região passa forçosamente por aumentar o rendimento disponível das famílias, por aliviar os sacrifícios sobre os trabalhadores, por aumentar o poder de compra dos açorianos.

Ponta Delgada, 13 de Janeiro de 2020

A Direção Regional do PCP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tags: PCP, DORAA
  • Anterior
  • Seguinte

Mais recentes

PCP Açores acusa Governo de abandono dos Açorianos e exige fim da política de desastre social 15 abril 2025
Apresentação da lista da CDU pelo círculo eleitoral dos Açores às Eleições Legislativas 2025 04 abril 2025
Apresentação do primeiro candidato da CDU pelo Círculo dos Açores às Eleições Legislativas de 18 maio de 2025 30 março 2025
PCP/Açores defende medidas urgentes para combater injustiças e impulsionar o desenvolvimento da Graciosa 10 março 2025
CDU denuncia abandono da ilha das Flores e exige soluções 05 março 2025

Siga-nos no Facebook

Siga-nos no Facebook

Jornal «Avante!»

Jornal Avante! Órgão Central do PCP (todas as quintas-feiras nas bancas)

Boletim Informativo do PEV

Boletim Informativo Quinzenal do PEV
  • Entrada
  • Temas
    • Parlamento Regional
    • Assembleia da República
    • Parlamento Europeu
    • PCP
    • PEV
    • Economia
    • Trabalhadores
    • Serviços Públicos
    • Saúde
    • Educação e Cultura
    • Transportes e Turismo
    • Justiça
    • Acção Social
    • Ambiente e Mar
    • Outros temas
  • Ilhas
    • Santa Maria
    • São Miguel
    • Terceira
    • Graciosa
    • São Jorge
    • Pico
    • Faial
    • Flores
    • Corvo
  • Opinião
  • Contactar
    • Sedes da CDU