O coordenador Regional do PCP, Marco Varela e a primeira candidata pelo círculo eleitoral da Graciosa contataram diretamente os graciosenses e as organizações locais, escutaram as suas preocupações e aprofundaram o conhecimento dos problemas da Graciosa, com vista a levar a voz dos graciosenses à agenda política regional.
O coordenador do PCP lamenta encontrar problemas que se arrastam e continuam sem resposta por parte do Governo Regional, ano após ano, e diversas obras e infraestruturas essenciais ao desenvolvimento da ilha sempre adiadas, embora prometidas repetidamente à população da ilha, como o caso das obras de beneficiação da gare de passageiros da Graciosa ou a reabilitação de toda a zona do porto Afonso.
Outro dos alertas dados pela população é relativo ao desemprego jovem. A impossibilidade de fixação dos jovens na ilha continua a ser o problema mais grave da Graciosa. Esta é uma realidade que os muitos programas e medidas do Governo Regional não têm conseguido alterar. Pelo contrário, em resultado também de políticas nacionais, a situação agrava-se de dia para dia, e verifica-se na nossa Região um fenómeno de crescente concentração da população nas ilhas de maior dimensão, com enorme prejuízo para outras mais pequenas, como a Graciosa.
Continuam a existir problemas estruturais no setor dos transportes, que vão para lá do custo das passagens aéreas, e que se ligam à própria organização do serviço público prestado pela SATA. No entanto, dificuldades sentidas pelos graciosenses relacionadas
com o horário dos voos poderiam ser facilmente ultrapassadas se existir vontade política por parte do Governo Regional.
A primeira candidata ao Circulo Eleitoral da Graciosa referiu ainda que “a situação social da ilha continua a agravar-se, agora também por via dos múltiplos programas ocupacionais que servem sobretudo para esconder a dimensão real do desemprego e contribuem para que não haja criação de emprego real, mantendo muitos graciosenses numa situação de precariedade permanente, sem direitos, sem estabilidade laboral, com salários baixíssimos e sem qualquer perspetiva de emprego no futuro. Os pouco empregos disponíveis no sector público são quase sempre atribuídos à clientela política”