Na visita a Santa Clara, ficaram evidentes a degradação e o abandono a
que a freguesia está votada, tanto pela Câmara de Ponta Delgada, como
pelo Governo Regional. Exemplo disto é o diferendo entre a Câmara e o
Governo sobre a posse do antigo matadouro, impedindo a sua
requalificação.
É visível a falta de interesse e entusiasmo da Câmara, que para além de não colaborar na resolução dos problemas, não entrega à Junta de Freguesia a gestão dos bens camarários, nem dá andamento a projectos já aprovados e orçamentados, de interesse da freguesia.
Na visita, para além da observação de alguns dos locais mais problemáticos da freguesia, contactou-se também com a população, tomando contacto com os problemas diários que sentem. De forma muito resumida, salientamos os seguintes aspectos, que requerem atenção e resolução urgentes:
- Os depósitos de combustíveis da Bencom, que estando previsto para breve o início da sua desactivação, têm na saúde e segurança públicas e no bem-estar da população um impacte que justificava há muito a sua resolução;
- A requalificação da avenida que vai de Santa Clara até à Relva, que está interrompida até 2010, apesar de estar orçamentada para execução desde 2007;
- A degradação de vários edifícios, nomeadamente de edifícios históricos, como a Casa Cor de Rosa na Rua Direita do Ramalho, onde nos foi dado apreciar, com um lindo mural de azulejos pintados pelo pintor Micaelense Victor Câmara, muito próximo duma degradação irreparável, e o Castelinho, fortificação abandonada, que com pouco dispêndio poderia ser transformado num núcleo museológico, dignificando assim a edificação mais antiga da zona e da cidade;
- A melhoria do parque escolar, nomeadamente com a escola do Carvão e do Ramalho;
- A ausência de estruturas sociais, tais como parques infantis, zonas verdes, etc.;
- A falta de passeios e de passadeiras, em particular na zona do Ramalho;
- O ordenamento viário da zona em frente ao antigo aeroporto, no edifício da ANA;
- A arbitrariedade na autorização, por parte da ANA, na construção de edifícios;
- A ineficácia do serviço prestado pelo Minibus na freguesia, causada pelo facto de Santa Clara ficar no extremo do percurso deste transporte público, chegando já cheio, e por o tempo de espera ser muito superior aos quinze minutos por autocarro, anunciados pela Câmara de Ponta Delgada;
- Na zona da 2ª Rua de Santa Clara, a degradação geral das infra-estruturas ali existentes e o perigo para as residências que existem mesmo na orla marítima são por demais evidentes e agravadas por um diferendo desnecessário entre o Governo e a Câmara Municipal, afim de dar uma utilidade àquele edifício;
- Também urge corrigir a degradação dos edifícios da antiga fábrica dos Castros e Trindade, a fábrica de lacticínios de Santa Clara;
- Não é compreensível que, ao mesmo tempo que se realojam os moradores junto à orla marítima, se autorize a implementação duma nova Industria naquela zona dada como perigosa pelo LNEC;
- A finalização das obras de saneamento da Rua João do Rego de Baixo;
- A aceleração da abertura da sede da AMI;
- Por fim, o edifício que serve de sede aos Alcoólicos Anónimos está em degradação, apesar de ser um imóvel com óptimas condições para ser utilizado de várias formas.
A CDU e o PCP/Açores assumem o compromisso com a freguesia de Santa Clara de fazer todos os esforços ao seu alcance para que os Santaclarenses tenham uma freguesia moderna e actual, com as infra-estruturas adequadas a uma vida com qualidade, plenamente integrada no conjunto urbano da cidade de Ponta Delgada.