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23 dezembro 2010

Quem vê caras não vê corações

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Mário Abrantes

Caso raro foi a oportunidade (e a vontade) que tive de assistir a um debate televisivo até ao fim. Refiro-me ao programa da RTP "Prós e Contras" da semana passada. A baixeza, a falta de rigor e de humildade, a prosápia balofa, o chavão ou o insulto, que levam tantos, muitas vezes falando contra si mesmos ou renegando o seu direito e dever de cidadania, a dizer-se fartos dos políticos, que estes são todos iguais, que a política é porca e não interessa a ninguém, estiveram ausentes nessa noite. Presentes na mesa quatro pessoas que, embora de formação e ideias diversas, emprestaram à política muita dignidade e elevação. Falo-vos de Adriano Moreira, que já foi presidente do CDS e deputado na Assembleia da República, António Barreto, que foi do PS e Ministro da Agricultura, José Barata-Moura, do PCP e mandatário do candidato Francisco Lopes, e José da Cruz Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa.

Apetecia-me discorrer sobre algumas coincidências de opinião observadas. Por exemplo, no respeitante a uma grande questão nacional, omissa do discurso político corrente, qual seja a necessidade prioritária de orientar e consertar esforços no país para o crescimento económico no sector produtivo. Por exemplo, no respeitante à constatação de que o exercício do poder político em muitas circunstâncias, tanto a nível nacional como internacional, está pervertido porque surripiado aos órgãos democráticos e representativos e assumido por órgãos ad-hoc ligados a interesses egoístas de países mais poderosos ou do polvo financeiro sem rosto.

Mas destaco antes, de entre as suas diversas opções reformadoras para o restabelecimento dos valores e da prática da Democracia, colocadas com muito interesse por Adriano Moreira, a opinião por ele aventada da absoluta necessidade de que os cidadãos conheçam com precisão a identidade daqueles que elegem para os diversos níveis do poder.

Percebo que com isso se visa atingir um objectivo importante da Democracia: a responsabilização efectiva dos eleitos perante os eleitores. De facto o anonimato da decisão não serve (aí estão os "mercados" para o confirmar), mas, em minha modesta opinião, não será apenas por a cara que eu elejo ser a cara que, em política, executa ou delibera, que a Democracia se restaura. Aliados à cara deverão estar o histórico político que com ela se entrelaça; a coerência do exemplo (e da prática) que se deu antes e que se dá agora; deverão estar aqueles com quem a cara priva e os respectivos aliados (não de circunstância, mas estratégicos); as formações e associações políticas em que se integra; ideias e programas forjados colectivamente e com objectivos concretos, sólidos e duradouros, em lugar de ideias luminosas e programas avulsos, descartáveis a qualquer instante.

Que melhor exemplo senão o das eleições presidenciais para justificar as razões da minha discordância com Adriano Moreira. Eis aqui um caso em que não se vota em partidos mas em caras, e entretanto: Denunciando a situação insustentável do país, nem por isso o actual eleito se eximiu de trocar os interesses nacionais pelos dos mercados financeiros. Manifestando a sua preocupação com a pobreza, nem por isso o actual eleito se desobrigou da cumplicidade na criação de milhares de novos desempregados e pobres em Portugal. Declarando a sua fidelidade à Constituição, nem por isso o actual eleito deixou de pôr persistentemente em causa o exercício legítimo da Autonomia dos Açores.

Na verdade, cada cara esconde um coração, e nem sempre este bate certo com ela…

UM BOM NATAL!

Mário Abrantes

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