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  3. Três gerações à rasca
02 março 2011

Três gerações à rasca

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Mário AbrantesAtravessando-as, nelas se entrosando e delas alimentando as suas fileiras, por três gerações passou já, intervindo continuada e persistentemente na sociedade portuguesa desde Março de 1921, um partido político português que no próximo domingo comemora o seu 90º aniversário.
Estando a falar de um partido político igual aos outros perante a lei hoje em vigor, só por esta constância, não é definitivamente um partido igual aos outros aquele de que, afinal, estamos a falar. Trata-se de um partido que, em lugar de desaparecer, atravessou vivo, activo e revigorado um período de 48 anos de proibição da própria existência e de violentas perseguições aos seus membros clandestinos, isto é, atravessou um período de 48 anos fora da lei e contra o sistema.
Da geração à rasca que foi assumindo colectivamente consciência da parvoíce que foi a degeneração da 1ª República, a ascensão e implantação do fascismo português, a repressão, a exploração e a perda das liberdades públicas fundamentais, o partido de que estamos a falar, recebeu no seu seio os elementos mais destacados. E através deles, com a sua luta sistemática e, em muitos casos, heróica, qual escola de cidadania plena, ajudou a forjar a consciência colectiva da geração seguinte: a geração à rasca com a ida para a guerra colonial ou, em alternativa ao cumprimento do serviço militar obrigatório, a fuga para o estrangeiro, isto é, a geração dos anos 60/70.
Muitos dos que hoje militam nas fileiras do PCP, são jovens da luta contra a guerra colonial, oriundos desta geração profundamente à rasca. Tão à rasca que não tiveram outra alternativa senão servir-se da própria farda para se libertarem, e com eles o país, em 25 de Abril de 1974.
Falamos então de um partido que vive paredes meias com as gerações à rasca, com elas convive e com elas trava amizade. Tornou-se por isso definitivamente, por mais críticas de que possa ser alvo, um partido incapaz de criar gerações à rasca, já que foram estas, ao longo do tempo, que o foram criando a ele. Uma condicionante mais, que reforça a ideia do seu carácter diferenciado dos restantes.
A seguir às canções do Zeca, do Adriano e do Fanhais, vem a dos Deolinda e outros, separando e unindo ao mesmo tempo os protestos de duas gerações. A actual, isto é, a geração dos recibos verdes, do trabalho precário e sem futuro ou dos estágios mal pagos e não remunerados, decidiu sair à rua nas Portas da Cidade, tal como em outras praças do Continente, via Facebook e Twiter, em 12 de Março próximo. É a consciência colectiva da parvoíce em que caíram a tomar forma.
E mesmo que uma tal acção de protesto, não tenha por impulsionador específico qualquer partido político, não se pretenda por isso conotá-la com uma qualquer iniciativa anárquica, anti-partidos e sem qualquer objectivo ou consequência. Ela é expressão pura e simples de um legítimo movimento social de protesto que, juntamente com outros, implicarão, respostas políticas mais ou menos acertadas, por parte dos poderes e dos partidos instituídos.
De entre estes últimos, de acordo com a história recente, vai uma aposta que, com um deles pelo menos (um “velhote” de 90 anos), alguns dos manifestantes travarão seguramente, num dia próximo, relações de amizade e cumplicidade suficientes para lhe insuflar vida e acção por mais 30 anos?
 
Mário Abrantes
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